Ao paramos por um minuto para refletir quando andamos pelas ruas de Neves, nos dias atuais, notaremos como a cidade mudou durante esta década. Duas coisas muito marcantes são o aumento da quantidade de carros circulando pela cidade e uma maior diversidade de pontos comerciais. Tais exemplos são efeitos de um "enriquecimento" do município, conquistado nos últimos anos, resultante de uma política econômica nacional bem sucedida.
Ribeirão das Neves está, cada vez mais, emancipada comercialmente da capital mineira. O velho paradigma, de que só se pode achar "as coisas" no centro de Belo Horizonte, está caindo por terra. O comércio é muito mais variado e rico do que antes. O cidadão nevense, que ainda não se deu conta disso, deveria se dar o trabalho de procurar o que precisa aqui em Neves, antes de recorrer às vizinhanças.
Outro termômetro da economia é o aumento da procura por pontos comercias. A oferta de imóveis comerciais está em ascensão, mas ainda não tem conseguido se adequar à demanda e ao fomento de novos negócios.
A inibição da ocupação desordenada nas periferias da cidade gerou uma significativa valorização imobiliária: a cidade só tem a ganhar quando o valor de suas terras e imóveis tem aumentos reais. Essa valorização atrai mais capital, recursos e investimentos para a cidade. Um exemplo desse tipo de investimento é o crescimento da oferta de apartamentos residenciais, que só pôde aparecer depois que comprar um lote se tornou mais caro.
A política de Neves deve fazer frente ao crescimento econômico do município, viabilizando seu desenvolvimento com a oferta de uma infraestrutura adequada, como por exemplo: acessos rápidos e de boa qualidade à BR-040, manutenção adequada da pavimentação da cidade, execução de obras para desafogar o trânsito na região central, execução de obras de saneamento básico, etc.
Ribeirão das Neves tem "a faca e o queijo" nas mãos para acompanhar o crescimento econômico nacional.
As palavras Direita e Esquerda são usadas para caracterizar grupos e pessoas (partidos, organizações, associações, Governos, Deputados, Senadores, Vereadores etc.). Detenhamos-nos um pouco sobre esse assunto.
Direita e Esquerda, no mencionado uso, são termos que nasceram na Revolução Francesa (a partir de 1789, quando os deputados conservadores se sentavam à direita do orador, e os progressistas, à esquerda. Daí a oposição, que veio se definindo melhor através dos tempos.
Explicitando: o direitistas são conservadores, isto é, se apegam ao passado e às tradições, quando esse apego convém a seus objetivos; pretendem manter a distinção de classes sociais; opõem-se a mudanças que contrariem seus interesses; defendem leis que consagram seus privilégios.
Os esquerdistas são progressistas, isto é, pregam ideias avançadas: defendem a igualdade de direitos, deveres e oportunidades para todos; insistem na necessidade de mudar o passado que garante privilégios de uma minoria e de alterar as leis que se baseia o statu-quo; sonham com a possibilidade de reconstruir a História, de inventar um Futuro de Justiça e Amor.
O confronto Direita/Esquerda sempre existiu, em todos os tempos, muito antes de surgirem os nomes. Dois exemplos: no Antigo Testamento, os Profetas defendiam o Povo contra os Poderes sacerdotal e civil e contra os falsos profetas; no Novo Testamento, vemos Jesus enfrentando os mesmos Poderes, em nome da Dignidade de um Povo oprimido.
Em todos os tempos, houve, há e haverá os que lutam – e morrem até – pela Dignidade Humana: essa é a Esquerda que se Encontra na Caminhada do Reino que Jesus anunciou.
Cuidado: há uma “esquerda” de falsos profetas, os que se rotulam de esquerdistas para captar a simpatia dos eleitores, mas ficam no rótulo. É de novo a mesma história do joio e do trigo...
Até a década de 1960, a aprendizagem e os métodos de ensino eram tratados com uma abordagem psicológica, centrada no aluno. O não aprendizado do aluno era explicado pelas deficiências na capacidade intelectual e física do aluno, ou então pela falta de empenho dos mesmos nos estudos. No período descrito acima, o êxito ou o fracasso escolar cabia só ao educando.
Dos anos 60 até a década de 1980, as discussões sobre o fracasso escolar passaram a orientar-se mais pela abordagem sociológica. A situação econômica, assim como as características do grupo social a qual pertenciam os alunos, fundamentaram as explicações sobre o sucesso e o fracasso escolar. Nesse período, o fracasso deixa de ser responsabilidade do aluno e passa pelo social - o aluno não aprende porque é pobre, não tem alimentação adequada, não há incentivo da família, etc.
Nos períodos explicitados acima, a causa da dificuldade de aprendizagem não questiona o processo pedagógico, ou seja, o responsável pelo fracasso escolar está fora, e não dentro da escola. O "problema" está com o aluno ou com a situação social na qual está inserido.
O campo atual da pesquisa em ensino-aprendizagem procura compreender e identificar características bem-sucedidas da prática pedagógica desenvolvida na sala de aula, envolvendo o professor, aluno e o conhecimento produzido na relação entre eles.
As mediações feitas pelo professor são fundamentais para a construção do conhecimento do aluno. Em sala de aula é importante incentivar, problematizar e criar um espaço que favoreça a aprendizagem. O ritmo de cada aluno deve ser respeitado, mas, ao mesmo tempo, deve-se incentivá-lo para que supere suas limitações. Nas escolas da rede estadual de Minas, desde 2003, tem se trabalhado com os cadernos do CEALE (Orientações para Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização - crianças de 06 a 08 anos. Agora em 2010, serão lançadas as Orientações para Organização do Ciclo Complementar de Alfabetização - crianças de 9 e 10 anos.
Um movimento cultural iniciado a partir de uma lista de discussão na internet está tomando forma em Ribeirão das Neves. No próximo sábado (15), às 16hs, artistas, produtores locais, estudantes, comunicadores e simpatizantes de vários segmentos culturais do município se reúnem na Casa de Cultura para dialogar e pensar em alguma forma de transformação cultural para a cidade. É o primeiro "Observatório Cultura Neves", um espaço para um debate sobre o atual momento da cultura da cidade e definição de metas e estratégias de mudanças da atual realidade. Participe!
Observatório Cultura Neves
15 de janeiro de 2011, às 16 horas
Casa de Cultura - Rua José Casimiro Nogueira, 72, B. Várzea Alegre
Temos uma expressão corporal singular desde o ventre materno. O feto usa gestos do próprio corpo para se comunicar. Podemos concluir, portanto, que o corpo fala, sente, por meio das expressões corporais.
Na idade escolar infantil, é bastante trabalhada a corporeidade e a ludicidade. No ensino fundamental, a escola deixa a desejar como espaço de aprendizagem democrática comprometedora com a construção de novas alternativas de desenvolvimento da corporeidade e ludicidade. No ensino médio e no superior, nem se fala na possibilidade de trabalho didático com o corpo e com a ludicidade. Observa-se, portanto, que essa prática é pouco difundida tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Para que isso ocorra, a instituição escolar precisa ser um espaço privilegiado da prática da participação, do respeito à pluralidade, sensível à criatividade dos sujeitos do processo educacional. Esses aspectos seriam de grande valia para um método inovador, construtivo e prazeroso na matemática, no português e em todas as áreas do conhecimento.
O processo de construção de uma nova sociedade deve colocar à disposição dos alunos diferentes quadros de referência para a leitura do mundo, permitindo que se dê o processo dialético de construção-reconstrução do conhecimento.
Na ludicidade, aprendemos a conviver, a ganhar e perder, a esperar a vez, a lidar com as frustrações, a conhecer e a explorar o mundo. As atividades lúdicas têm papel fundamental na estruturação do psiquismo do ser humano. É no ato de brincar que utilizamos elementos da fantasia e da realidade. É por meio da ludicidade que desenvolvemos não somente a imaginação, mas também fundamentamos afetos, elaboramos conflitos e ansiedades, exploramos habilidades, e, à medida que assumimos múltiplos papéis, fecundamos diversas competências cognitivas e interativas.
As brincadeiras são sempre um meio conducente para a transformação do desenvolvimento da aprendizagem do ser humano. Elas promovem uma qualidade de vida saudável, uma vivência ecológica e nos dá a percepção do equilíbrio do mundo que nos rodeia.
Vamos nos reportar a Ribeirão das Neves da década de 1990. Quem, da época, não se lembra, lá na Esplanada, dos jogos de vôlei e de futebol? Do estádio Ailton de Oliveira, que recebia vários times? E nós estávamos lá, sempre comparecendo às atividades! E as quadrilhas ensaiadas pelo nosso mestre Dr. Otto? Quanta saudade! Ganhamos até a competição "Arraial de Belô". E as gincanas que movimentavam os jovens e ajudavam na participação ativa da sociedade? E a equipe Cachambó, da qual participei e vencemos com toda raça e alegria! Havia ludicidade! Os jovens nevenses tinham o que fazer, participavam, brincavam, mexiam-se... Movimentavam-se...
E agora? O que nossos representantes legais têm feito para tirar os jovens da apatia, das drogas, da reclusão, da depressão que abate jovens de diferentes classes sociais? Basta entender que a ludicidade é um instrumento de estimulação prático utilizada em qualquer etapa do desenvolvimento da psicomotricidade. É uma forma global de expressão que envolve todos os domínios da natureza. Ela traz grandes benefícios do ponto de vista físico, intelectuale social. Ela facilita a convivência entre a pessoas.
Os jogos e brincadeiras estão presentes em todas as fases da vida do ser humano, tornando-lhes especial a existência. O lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas. É relevante resgatar o lúdico não somente nas aulas de Educação Física, de modo que esse processo trabalhe também com a diversidade cultural da nossa cidade. Com isso aprendemos a verdadeira finalidade da educação física, que é desenvolver e fortificar o corpo sob o ponto de vista estático e dinâmico, contribuir para o aperfeiçoamento total do indivíduo. Concluindo, deixo meu recado: NEVES, MEXA-SE!
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