No verão, não importa o destino da viagem, a exigência por cuidados básicos com a saúde deve estar sempre presente. Todo viajante deve ter em mente que a prevenção não pode tirar férias e, dependendo para onde está se deslocando, é preciso tomar alguns cuidados, para evitar doenças. Por isso, informações e orientações para manter a saúde devem fazer parte do planejamento de viagem.
Algumas medidas devem ser previstas com antecedência como, por exemplo, a vacina contra febre amarela que é obrigatória para o ingresso em alguns países e deve ser tomada pelo menos dez dias antes da viagem. A vacinação deve ser registrada no Certificado Internacional de Vacinação, que é emitido em qualquer um dos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Outras vacinas são recomendadas como medida de prevenção do viajante que se desloca para qualquer país, como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a DT (difteria e tétano) e a hepatite B. A principal orientação da Anvisa é que o viajante esteja em dia com seu calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
Atenção com a alimentação
Durante a viagem as pessoas estão expostas às mudanças climáticas, geográficas e culturais, que se reflete em modificações dos padrões sanitários e alimentares. É comum a ocorrência de infecções gastrointestinais uma vez que o calor e a umidade propiciam a proliferação de bactérias. Para evitar a contaminação, é recomendado optar por alimentos mais leves, como frutas e verduras de folhas. Além disso, é importante a ingestão de água ao longo de todo o dia.
“Cuidados simples são capazes de evitar doenças. Para isso, basta observar a procedência dos alimentos, evitando aqueles de origem duvidosas; preferir água tratada industrialmente, filtrada ou fervida; manter-se hidratado bebendo água tratada ou consumindo frutas e verificar se o alimento é seguro”, destaca a nutricionista da Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde, Mara Diana Rolim.
Praia, sol e pele bronzeada
Embora traga prazer pessoal e beleza, a pele bronzeada pode ser prejudicial. A exposição prolongada ao sol pode provocar desde queimaduras, manchas e alergias até câncer de pele.
No verão aumenta a incidência dos raios ultravioleta A e B. O raio ultravioleta A (maior responsável pelo envelhecimento da pele) mantém a mesma concentração durante todo o dia, ao contrário do raio ultravioleta B, que aumenta sua concentração no período entre 10h e 15h, com maior intensidade às 12h.
Utilizar o protetor solar não é única recomendação. De acordo com a coordenadora estadual de Dermatologia Sanitária, Maria Aparecida Grossi, é aconselhável, ainda, o uso de chapéus, bonés, óculos e roupas leves, que funcionam como complementos do filtro. “O uso do protetor solar todos os dias, até mesmo em áreas frias é essencial, mas não podemos esquecer da hidratação pós-sol para evitar a descamação da pele”, explicou.
Os protetores solares devem ser passados de 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou depois de longos mergulhos.
Doenças causadas por mosquitos
Ao se deslocar para uma área de risco de doenças transmitidas por mosquito como malária, dengue, febre amarela, febre do Nilo Ocidental, são necessários alguns cuidados. O calor e a chuva potencializam a reprodução dos insetos, aumentando a incidência das transmissões das doenças.
Recomenda-se a utilização de repelentes, mais de uma vez ao dia, nas partes mais expostas do corpo e o uso de mosquiteiros e de telas. Também é importante evitar a exposição no horário de maior atividade dos mosquitos (anoitecer e amanhecer).
Depois da viagem
No retorno das viagens, os cuidados devem continuar. É necessário observar algum sinal ou sintoma: febre, dor de cabeça, mal-estar geral ou qualquer outra alteração na saúde. Nesses casos recomenda-se procurar um médico ou o serviço de saúde, informando os locais por onde viajou.
Agência Minas