As palavras Direita e Esquerda são usadas para caracterizar grupos e pessoas (partidos, organizações, associações, Governos, Deputados, Senadores, Vereadores etc.). Detenhamos-nos um pouco sobre esse assunto.
Direita e Esquerda, no mencionado uso, são termos que nasceram na Revolução Francesa (a partir de 1789, quando os deputados conservadores se sentavam à direita do orador, e os progressistas, à esquerda. Daí a oposição, que veio se definindo melhor através dos tempos.
Explicitando: o direitistas são conservadores, isto é, se apegam ao passado e às tradições, quando esse apego convém a seus objetivos; pretendem manter a distinção de classes sociais; opõem-se a mudanças que contrariem seus interesses; defendem leis que consagram seus privilégios.
Os esquerdistas são progressistas, isto é, pregam ideias avançadas: defendem a igualdade de direitos, deveres e oportunidades para todos; insistem na necessidade de mudar o passado que garante privilégios de uma minoria e de alterar as leis que se baseia o statu-quo; sonham com a possibilidade de reconstruir a História, de inventar um Futuro de Justiça e Amor.
O confronto Direita/Esquerda sempre existiu, em todos os tempos, muito antes de surgirem os nomes. Dois exemplos: no Antigo Testamento, os Profetas defendiam o Povo contra os Poderes sacerdotal e civil e contra os falsos profetas; no Novo Testamento, vemos Jesus enfrentando os mesmos Poderes, em nome da Dignidade de um Povo oprimido.
Em todos os tempos, houve, há e haverá os que lutam – e morrem até – pela Dignidade Humana: essa é a Esquerda que se Encontra na Caminhada do Reino que Jesus anunciou.
Cuidado: há uma “esquerda” de falsos profetas, os que se rotulam de esquerdistas para captar a simpatia dos eleitores, mas ficam no rótulo. É de novo a mesma história do joio e do trigo...