Até a década de 1960, a aprendizagem e os métodos de ensino eram tratados com uma abordagem psicológica, centrada no aluno. O não aprendizado do aluno era explicado pelas deficiências na capacidade intelectual e física do aluno, ou então pela falta de empenho dos mesmos nos estudos. No período descrito acima, o êxito ou o fracasso escolar cabia só ao educando.
Dos anos 60 até a década de 1980, as discussões sobre o fracasso escolar passaram a orientar-se mais pela abordagem sociológica. A situação econômica, assim como as características do grupo social a qual pertenciam os alunos, fundamentaram as explicações sobre o sucesso e o fracasso escolar. Nesse período, o fracasso deixa de ser responsabilidade do aluno e passa pelo social - o aluno não aprende porque é pobre, não tem alimentação adequada, não há incentivo da família, etc.
Nos períodos explicitados acima, a causa da dificuldade de aprendizagem não questiona o processo pedagógico, ou seja, o responsável pelo fracasso escolar está fora, e não dentro da escola. O "problema" está com o aluno ou com a situação social na qual está inserido.
O campo atual da pesquisa em ensino-aprendizagem procura compreender e identificar características bem-sucedidas da prática pedagógica desenvolvida na sala de aula, envolvendo o professor, aluno e o conhecimento produzido na relação entre eles.
As mediações feitas pelo professor são fundamentais para a construção do conhecimento do aluno. Em sala de aula é importante incentivar, problematizar e criar um espaço que favoreça a aprendizagem. O ritmo de cada aluno deve ser respeitado, mas, ao mesmo tempo, deve-se incentivá-lo para que supere suas limitações. Nas escolas da rede estadual de Minas, desde 2003, tem se trabalhado com os cadernos do CEALE (Orientações para Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização - crianças de 06 a 08 anos. Agora em 2010, serão lançadas as Orientações para Organização do Ciclo Complementar de Alfabetização - crianças de 9 e 10 anos.