A doença desta geração não é nova. Ela começou lá atrás, há milhões de anos quando o homem por desobediência distanciou-se da Vida. É tão antiga quanto o homem. Ela corrompe o gênero humano e estende-se à natureza e ao reino animal. Ela degenera o caráter, mata e faz matar. Esta terrível doença é a “pecadotite” – uma “chaga purulenta” nas suas mais variadas manifestações. Ela não está restrita ao um povo ou nação: é universal! Atinge grandes e pequenos, ricos e pobres, brancos e negros, reis e súditos, governadores e governados.
O rei Davi disse assim: “socorro, Senhor! Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens. Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido” (Salmo 12.1-2); “Diz o insensato no seu coração: não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem” (Salmo 14.1).
Como que não se importando com a gravidade da doença, os homens continuam com as costas viradas ao Criador. Seguem incontinentes os seus próprios caminhos.
A “pecadotite” não atinge apenas o físico. Alcança a alma e é capaz de instalar-se na mente. Neste caso é ela a responsável pelos estremecimentos nas relações, pelas separações e divórcios, pelo endurecimento do coração e pela cegueira que acompanha os que deveriam ter olhos abertos. No seu estado avançado, a “pecadotite” trás alterações comportamentais estranhos: faz mentir, faz ouvir e seguir espíritos de engano, faz roubar, faz subornar e aceitar suborno. Oprime. Escraviza. Enfeia porque destitui a glória que havia quando da criação: “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.
Não é difícil diagnosticar esta antiga doença. Basta uma rápida olhada ao redor para perceber as desordens e estragos que ela provoca: violência, drogas, tráficos, assassinatos, seqüestros, poluição, desmatamentos, corrupção, roubos...
A verdade última sobre a “pecadotite” é que ela coloca em estado de prostração e pode levar a uma morte terrível – morte “no lago que arde com fogo e enxofre”.
"As pessoas mais felizes não são as que tem o melhor de tudo. Mas simplesmente as que fazem o melhor de tudo que têm!".
Grande parte das insatisfações que aflige o homem moderno reside no desejo desenfreado pela conquista de coisas. Um carro do ano, uma casa moderna e grande com todas as comodidades que supostamente possam trazer bem estar, de preferência num bairro de elite de uma cidade sem problemas (isso existe?!), ter um emprego onde trabalhe o mínimo e ganhe o máximo (quem sabe deputado ou senador), vestir-se nas melhores boutiques, usando só roupas de marca. É claro que possuir uma boa casa, ter um carrinho para passear com a família e vestir-se decentemente é um direito legítimo de todo cidadão, da mesma forma que educação e saúde. Mas a busca frenética e obsessiva pela evolução financeira e status social não pode e nem deveria ser o objetivo prioritário da vida de ninguém. A evolução sócio-financeira ocorrida através do aprimoramento pessoal, profissional e espiritual é que deveria estar norteando a vida de todos nós, pobres e equivocados seres humanos.
A mídia massacrante nos induz dia e noite, martelando nossos ouvidos e entupindo nossos olhos com imagens de carros, principalmente, aptos, motos, roupas, tênis academias, notebooks e a grande coqueluche, smartfones, ipods e celulares. É comum ver crianças de cinco, seis anos já portando um celular. Ainda não aprenderam a ler, mas já manuseiam o aparelho com maestria. A pressão via tv é tanta que via de regra os pais sucumbem aos apelos dos pequenos, na verdade quase todos somos vítimas da pressão midiática, que sistematicamente induz ao consumo compulsivo e não raro nos deparamos com objetos adquiridos, que descobrimos não nos fazer a menor falta.
O mais triste de tudo isso é constatar que os veículos de comunicação, principalmente a televisão, não divulgam nem apresentam, da mesma forma opressora e repetitiva, como fazem com o estímulo ao consumismo, nenhum programa com a finalidade de induzir os pais a ensinar aos filhos, que preservar bons costumes, valores e tradições é extremamente importante para um crescimento sadio em todos os sentidos e a formação de cidadãos com atitudes e vontade próprias, valorizando coisas que são realmente necessárias para nosso bem estar, por mais pequenas e simples que sejam.
O que percebo é que ao longo dos anos, viemos desaprendendo a gostar das coisas simples e práticas, que verdadeiramente nos traz bem estar e dar alegrias. É prova de sabedoria, definir, planejar e buscar de forma serena e sem imediatismo, o que queremos, observando ao nosso redor e em nosso interior... Porque a felicidade não é um lugar onde chegaremos um dia, é uma forma de vida, uma maneira de caminhar. Tão simples como pão com manteiga!
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