Ensaios, roteiros, disciplina e, acima de tudo, aprendizados para um novo modo de vida. Detentos da Penitenciária José Maria Alkimin (PJMA), em Ribeirão das Neves, criaram o grupo de teatro Vida Nova, com o objetivo de passar adiante tudo o que aprendem. Nessa quinta-feira (9), eles apresentaram uma peça sobre a situação de portadores de sofrimento mental, durante a 5ª Semana dos Direitos Humanos, que teve como tema “Iguais na Diferença”.
Na ocasião, um detento também ensinou artesanato a profissional de saúde para que eles possam montar oficinas terapêuticas e de geração de renda para portadores de sofrimento psíquico. As atividades fazem parte do projeto Construindo Pontes para a Liberdade, realizado em parceria entre a PJMA e o Núcleo de Saúde Mental de Nova Contagem.
O grupo de teatro é formado por 17 detentos, de variados regimes. Para participar, a regra estabelecida é que todos tenham bom comportamento, disciplina, frequentem a escola e tenham boas notas. Todos alegam que se sentem recompensados. “Hoje temos a liberdade de ir à rua para as apresentações”, afirma o detento roteirista Paulo Roberto Azevedo.
Na avaliação de Azevedo, o teatro é uma forma de ressocializar por meio do estudo e do conhecimento. Permite ainda promover a transmissão do aprendizado de uma forma atraente e interessante a outros detentos e até a pessoas de fora da unidade prisional. Ele conta que já está cumprindo prisão domiciliar, mas faz questão de continuar indo à PJMA de segunda a sexta-feira para ensaiar e acompanhar o grupo nos locais das apresentações. “Minha família hoje me vê como exemplo e acredita que eu quero mudar”, afirma.
Orgulho
A assistente social da PJMA e membro da equipe de saúde mental, Sueli Valéria Ribeiro, afirma que a aproximação com a família é um ponto forte do trabalho. “Os familiares mostram fotos para os vizinhos, assistem às apresentações, ficam orgulhosos ao constatar que o parente se encontra em processo de recuperação”, diz.
Os detentos já mostraram o trabalho em 16 escolas de Nova Contagem e Belo Horizonte, levando aos alunos peças sobre bullying, uso de álcool e drogas e sobre as dificuldades da vida dentro de uma unidade prisional. Já a montagem sobre portadores de sofrimento psíquico foi apresentada pela primeira vez na Semana dos Direitos Humanos.
Agência Minas
Quatro municípios de Minas Gerais – todos na região metropolitana de Belo Horizonte – estão no ranking brasileiro de assassinatos de jovens de 12 a 18 anos. A tabela, elaborada pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, calculou o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) das cidades com mais de 200 mil habitantes. O indicador mostra o risco de uma pessoa dessa faixa etária ser vítima desse tipo de ocorrência para cada grupo de mil moradores. Ribeirão das Neves, com taxa anual de 5,6 mortes para cada universo de mil habitantes, ocupa a 13º posição. Belo Horizonte, que completará 113 anos no próximo domingo, aparece no 15% lugar com o mesmo indicador, mas está duas posições atrás em razão de ter uma população bem maior.
Betim, cuja taxa foi de 5,4, surge na 16º colocação, seguida de Contagem, na 19ª, com 5,3 mortes para cada mil moradores. Foz do Iguaçu (PR) é a primeira: 11,8 vidas ceifadas (veja quadro). O Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens é resultado de parcerias entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Fundo das Nacões Unidas para a Infância (Unicef), do Observatório de Favelas e do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A elaboração leva em conta várias fontes de dados, como os do Ministério da Saúde, e se refere ao ano de 2007. O estudo projetou ainda a quantidade de jovens que devem ser assassinados em todo o país, entre 2007 e 2013, caso nada seja feito até lá. A estimativa é de que cerca de 33 mil vidas sejam perdidas neste intervalo.
“Esse valor nos mostra a intensidade e gravidade deste fenômeno no Brasil, principalmente se considerarmos que o homicídio contra adolescentes deveria ser algo extremamente raro em qualquer sociedade”, sinaliza o relatório do Programa. A pesquisa concluiu que seis em cada sete homicídios são causados por disparo de arma de fogo. Não é difícil concluir que o tráfico de drogas está por trás da esmagadora parcela de ocorrências. Tampouco que a maioria dos homicídios ocorre em áreas carentes e em via pública.
Na quarta-feira, por exemplo, militares do 39º Batalhão compareceram ao Beco Sossego, no Bairro Alvorada, em Contagem, onde um rapaz de 18 anos foi alvo de vários disparos de calibre 38. Outro dado que precisa ser levado em conta diz respeito ao sexo e raça das vítimas: a possibilidade de um adolescente masculino fazer parte da estatística é 12 vezes maior do que a do sexo oposto e quase quatro vezes maior para negros.
Há uma semana, falta energia elétrica todas as tardes em cerca de 25 lojas da Avenida Denise Cristina da Rocha, em Ribeirão das Neves. Para os comerciantes, as vendas no escuro se tornaram um desafio, e o lucro no período do Natal está ameaçado. O transtorno é causado pela sobrecarga em um dos transformadores da região que, segundo os lojistas, começou a apresentar problemas depois da inauguração da filial de uma grande rede de cosméticos.
Os comerciantes vêm tentando encontrar saídas para o problema, mas o uso de velas e luzes emergenciais não ameniza a situação. Em uma das lojas de roupas atingidas pelo “apagão”, o prejuízo chega a cerca de R$ 3 mil. Carlos Antonio Costa, dono do estabelecimento, já registrou sete ocorrências na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ele calcula que pelo menos 70% dos clientes paguem as compras com cartões de crédito, mas acredita que a falta desse recurso não é o maior problema. “Não podemos fazer nada quando a luz acaba. Não podemos cadastrar as vendas, não recebo mercadorias e, além de tudo, com a escuridão, o risco para a segurança dos funcionários é muito grande”, afirma.
Segundo Carlos Costa, o período do Natal é um dos mais lucrativos do ano e os investimentos feitos, como a contratação de funcionários temporários, podem trazer ainda mais transtornos ao caixa da loja. “Se não estivéssemos nesta época, eu poderia até esperar a resolução do problema, mas os dias estão passando e estou perdendo clientes”, justifica. Para o comerciante, a situação deve se agravar nesta semana, já que foi liberada a primeira parcela do 13º salário e é esperado o aumento no número de pessoas à procura de presentes.
Para outros empresários, a falta de luz diária causa prejuízos incontáveis. Marcos Camargos Pereira, diretor de um curso de informática que funciona na avenida, ainda não sabe dizer a extensão dos danos causados pelo problema. Nos últimos dias, as aulas de cerca de 200 alunos estão sendo paralisadas pela queda no fornecimento de energia elétrica. “Se esse problema virar uma rotina, os clientes podem procurar outros cursos. Não consigo nem calcular o tamanho do prejuízo”, diz o empresário.
Nem a loja da rede de cosméticos recém-inaugurada na região escapa do problema. Quando a luz acaba, os funcionários acionam um gerador movido a diesel, que mantém os caixas e luminárias ligados.
A assessoria de imprensa da Cemig informou que uma equipe técnica constatou que a falta de energia elétrica é causada pela sobrecarga em um transformador, mas que a inauguração da loja ainda não pode ser apontada como o motivo do problema. Segundo a empresa, até o final do dia de hoje o equipamento será substituído por outro mais potente para suportar a demanda dos consumidores. Os usuários que sofrem com quedas de energia constantes podem telefonar para o “Fale com a Cemig” (116) e pedir que seja feita uma avaliação.
Hoje em Dia
O prefeito Walace Ventura esteve em Brasília, onde assinou, nesta segunda-feira (6), o novo protocolo federativo para liberação de mais R$ 109 milhões, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), sendo que 5% deste valor será pago pela Prefeitura Municipal. A assinatura vem depois do primeiro contrato (PAC1), fechado no valor de R$ 140 milhões, e que vem mudando a realidade de vários bairros da região central do município. Ribeirão das Neves foi à cidade da região metropolitana que mais recebeu recursos do PAC 1 não onerosos. A conquista desse montante representa o esforço municipal diante do planejamento de projetos e cumprimento de todas as etapas exigidas pelo Governo Federal.
Os recursos do PAC 2, são basicamente para os mesmos objetivos dos recursos do PAC 1 ou seja, execuções de ações relativas à urbanização, regularização e integração de assentamentos precários, reestruturação habitacional, visando à permanência e realocação da população que mora na região de Ribeirão das Neves, além de estarem previstas obras como rede coletora de esgoto, rede de distribuição de água, pavimentação, drenagem, entre outras.
O foco do projeto está, portanto, na urbanização e saneamento para a melhoria da saúde, qualidade de vida, desenvolvimento econômico e social, cidadania e auto-estima da população do município. A solenidade contou com as presenças do Presidente Lula e do Ministro das Cidades Márcio Fortes, além do Prefeito de Ribeirão das Neves Walace Ventura e de representantes da Caixa Econômica Federal. O Prefeito Walace esteve acompanhado da vice-Prefeita Bárbara Leite. “Quando assumimos a administração, não encontramos nenhuma linha escrita em forma de projetos na tentativa de conseguir recursos e resolver questões importantes no município. Esse convênio, portanto, é o reflexo direto do empenho da Prefeitura diante da elaboração de projetos e ações efetivas desde 2005” , comemora o prefeito.
PMRN
Combater a dengue também se tornou uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente. Em Ribeirão das Neves, as garrafas pet recolhidas pelo Dengue Móvel durante o dia 20 de novembro, Dia Nacional de Combate à Dengue, foram transformadas em vassouras ecológicas, que serão vendidas no comércio e em empresas.
Os materiais recolhidos foram encaminhados para a Cooperativa de Materiais Recicláveis de Ribeirão das Neves (Coomarin) e passaram por um longo processo até a fabricação da vassoura. “Para a fabricação de uma vassoura ecológica, são necessárias cerca de 20 garrafas pet. Com a campanha, recebemos muito deste material”, comemora a presidente da cooperativa, Erenice Mendes dos Santos. Em Ribeirão das Neves, cada vassoura é vendida por R$ 5,00 e o dinheiro é repassado para a Coomarin, que atualmente emprega 20 pessoas.
A dona de casa Maria Helena Alves utiliza as vassouras ecológicas e também participa da campanha de combate ao mosquito da dengue. “Utilizo as vassouras porque para varrer o quintal elas são muito mais resistentes. A campanha de combate à dengue, além de eliminar os focos do mosquito, incentiva as pessoas a reciclarem e contribui com o meio ambiente”, disse.
Dengue Móvel
O Dengue Móvel é um caminhão em que as pessoas podem trocar objetos que acumulam água por material escolar. Um pneu pode ser trocado por um caderno, uma garrafa pet por um lápis e uma lata por uma borracha. O Dengue Móvel tem previsão de percorrer 20 municípios considerados críticos no estado. Os pneus recolhidos são encaminhados para Ecopontos e as garrafas e latas para associações que trabalham com a reciclagem desses materiais.
Agência Minas
Moradores do bairro Maria Helena, em Ribeirão das Neves, estão convivendo com uma cratera que está engolindo terrenos do local. O burraco surgiu após o desabamento de um barranco durante uma forte chuva.
Um dos barracos da região já foi engolido pelo buraco e uma família teve que sair de casa para não ser soterrada. O Corpo de Bombeiros já condenou outras casa da região, mas as familias afirmam não ter para onde ir. Segundo eles, a prefeitura já foi acionada, mas respondeu que não tem recursos para resolver o problema.
Todas as pilhas utilizadas pelos detentos de Minas Gerais terão, a partir do dia 14 de dezembro, um destino certo. Serão distribuídos nas unidades prisionais recipientes feitos de garrafas pet, próprios para o recolhimento de pilhas para serem encaminhadas a locais que fazem o descarte adequado. Os papa-pets estão sendo produzidos por detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond (PRIJMD), em Ribeirão das Neves, e serão repassados aos diretores prisionais na próxima reunião de Gestão do Sistema Penitenciário (Gespen), no dia 14 de dezembro. A princípio, serão produzidos 300 papa-pets, cuja distribuição impedirá o descarte incorreto das pilhas, que contaminam o meio ambiente e oferecem riscos à saúde.
A ideia do projeto partiu de uma ação parecida realizada pelo 21º Grupo de Escoteiros Mangabeiras que, junto a representantes da União Brasileira dos Escoteiros, estará presente à reunião do Gespen para explicar a importância da reciclagem e do descarte correto de materiais. De acordo com a gestora ambiental e funcionária da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Fabiana Mendes, que está à frente do projeto, a iniciativa busca adotar medidas que minimizem o impacto dos resíduos gerados pelas unidades nos próprios municípios. “Ainda será definida a logística do projeto que provavelmente irá funcionar como acontece atualmente com as lâminas de barbear: novas pilhas só serão fornecidas mediante a devolução das antigas, garantindo que o descarte seja feito da forma correta”, explica.
Apenas no PRIJMD entram, em média, quatro pilhas por preso por semana. Wesley Ribeiro, de 33 anos, é um dos detentos que irá fabricar os papa-pets. Antes de ser preso, ele trabalhava com reciclagem em uma fábrica de plásticos e acredita que o projeto vai ter boa adesão dos detentos. “É um jeito de se reeducar na sociedade, de gerar um projeto para o futuro, para meus filhos e meus netos”, afirma. Ele tem várias outras ideias de projetos que podem ser implementados na unidade prisional. “Com as embalagens de leite dá para fazer sacolas ou sacos de lixo. Os marmitex podem ser prensados - assim o espaço vai diminuir -, limpos e armazenados para vender. A quantidade de lixo vai ser a menor possível”, ensina. O entusiasmo do detento não tem sido em vão. A diretoria da unidade está atenta às possibilidades de redução de resíduos e adoção de posturas mais sustentáveis. Na próxima semana será feita, em parceria com o programa Ambientação, uma pesagem dos resíduos gerados pelo presídio, para saber a quantidade de lixo produzida e analisar a melhor forma de reaproveitamento e reciclagem dos materiais.
Agência Minas
O Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado nesta quarta-feira (1º), une forças para conscientizar e despertar nas pessoas a necessidade da prevenção. Com o slogan “O preconceito como aspecto de vulnerabilidade ao HIV/Aids”, o público alvo definido para a campanha são jovens de ambos os sexos, faixa etária em que a epidemia avança. Para reforçar a luta, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais produziu spots que serão veiculados em rádios da capital e do interior.
Apesar da tendência de queda na incidência da doença no Estado, já foram notificados 19.580 casos entre de 2000 e 2010. Em Minas Gerais, a maior parte dos casos de Aids se concentra na faixa etária de 25 a 49 anos. Porém, nos últimos anos, tem-se constatado também um aumento percentual de casos na população acima de 50 anos.
De acordo com a coordenadora de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES-MG, Márcia Cortez, a escolha do público alvo da campanha leva em conta critérios epidemiológicos e comportamentais. “Os jovens em geral se expõem mais e têm mais parceiros casuais, representando 11,36% dos 19.580 casos de Aids notificados de 2000 a 2010”, comentou. Cortez lembra, ainda, que 40% dos jovens não usam preservativo em todas as relações sexuais.
A campanha deste ano tem como objetivos dar maior visibilidade às questões de qualidade de vida de quem convive com o HIV/Aids, combater o estigma e a discriminação que recaem sobre as pessoas que vivem com o vírus e fazer com que os jovens reflitam sobre seus comportamentos. No Estado, mensalmente, são distribuídos cerca de dois milhões de preservativos masculinos.
Aids em Minas Gerais
O número de casos de Aids notificados em Minas Gerais desde o início da epidemia, em 1982, até início de setembro 2010 é de 31.976. Ao longo dos anos, a epidemia vem mudando seu perfil. Estudos mostram que está havendo uma heterossexualização em Minas Gerais. O percentual de casos entre os heterossexuais até 1989 era de aproximadamente 10%, com 43 casos. Hoje, chega a 50%, com 406 casos.
Observa-se também a feminização da epidemia em Minas Gerais. No período de 1982 a 1989, havia 52 casos de Aids em mulheres e 360 homens. Hoje, há 266 casos em mulheres e 542 em homens, um aumento de 500% no número de casos em mulheres.
Apesar das grandes cidades concentrarem o maior número de casos, como Belo Horizonte, que atualmente registra 8.003, e Juiz de Fora, com 2.431, observa-se a tendência de interiorização da doença, com mais municípios a cada ano tendo registros. Em 2004, eram 586 municípios. Hoje, 683 já registram casos. “A interiorização é um tendência em Minas e no Brasil. A mudança de comportamento da população fez com que a doença deixasse de circular apenas nos grandes centros, partindo para municípios menores”, avaliou Cortez.
Os municípios com maior prevalência dos casos de Aids de 1982 a 2010 são: Belo Horizonte (8.003), Juiz de Fora (2.431), Uberlândia (1.888), Contagem (1.633), Uberaba (1.401), Betim (885), Ribeirão das Neves (650), Governador Valadares (543), Araguari (466), Poços de Caldas (417), Santa Luzia (417), Ipatinga (416), Divinópolis (344), Sete Lagoas (312), Ituiutaba (282), Sabará (272), Montes Claros (269), Itajubá (269), Pouso Alegre (248) e Araxá (234).
Agência Minas
O RibeiraoDasNeves.net é atualmente o maior site de conteúdo de Ribeirão das Neves. Nosso principal objetivo é oferecer diariamente aos nossos leitores informação de utilidade pública e imparcial.
No ar desde janeiro de 2009, o portal é a maior referência na internet para assuntos relacionados ao município.
SAIBA MAIS