O artista mineiro Cristhofer Nieiro, natural de Ribeirão das Neves, acaba de concluir uma verdadeira maratona internacional de tatuagem: em apenas algumas semanas, participou de três grandes eventos em sequência — dois nos Estados Unidos e um na Itália — e venceu todos eles representando o Brasil.
A turnê começou em grande estilo no Empire State Tattoo Expo, um dos maiores e mais prestigiados eventos de tatuagem do mundo. Realizado em Nova York, o evento reúne uma curadoria de artistas renomados, onde cada detalhe conta. Cristhofer conquistou neste evento três prêmios nas categorias Small Color, Large Color e Best Original.
Foi uma estreia impactante e um marco para a tatuagem brasileira no cenário internacional.
Logo após Nova York, ele embarcou para o Texas e participou do Sinners Tattoo Expo, onde venceu mais duas categorias: Best Color e Best Anime.
A premiação em Anime mostrou que a qualidade do seu trabalho vai além, Cristhofer apresentou uma tatuagem cicatrizada há dois anos, e mesmo com o tempo, os jurados se impressionaram com a vivacidade das cores, a preservação dos detalhes e a força da composição. Um reconhecimento raro que prova que sua arte resiste ao tempo e permanece viva na pele.
A última parada foi em Veneza, Itália, no evento exclusivo Icons and Prodigies — conhecido por reunir somente artistas convidados e selecionados a dedo. Nesse ambiente artístico refinado, onde a tatuagem se mistura com arte clássica e performance, Cristhofer encerrou sua jornada com a seguinte premiação: Best of Show, em uma colaboração com seu amigo e também artista Tampa, do Rio Grande do Sul.
Mais do que um prêmio, foi um símbolo da força do coletivo, da amizade e da união de artistas brasileiros brilhando juntos em solo europeu.
“Não é sobre o troféu. É sobre abrir um caminho”, afirma Cristhofer. “É mostrar que é possível. Que um menino da periferia pode cruzar o mundo, competir entre os melhores e ser reconhecido. Não só como artista, mas como inspiração. Para quem está começando, para quem sonha, para quem acredita.”
Sua jornada internacional reforça a potência da arte brasileira no mundo — e principalmente, que o sonho não só é possível, como pode se tornar realidade com esforço, paixão e verdade no que se faz.