Militando em um setor onde a convivência com as empresas tornam-se estreitas, venho descobrindo particularidades interessantes pertinentes ao nosso município. Em sua grande maioria, as empresas são formadas por familiares. Através desta convivência, passei a estudar o comportamento das pessoas inseridas na organização hierárquica destas, e observei que apesar de serem diferentes em tamanho, seguimentos e financeiramente, as tendências são coincidentes. As dimensões emocionais e racionais se confundem na comunicação organizacional, gerando grandes dificuldades de entendimento entre os envolvidos, principalmente quando se trata de pai e filho, esposa e marido, mãe e filhos, tios, sobrinhos, sócios com alto nível de intimidades ou parentescos, dentre outros, atrapalhando, desviando ou impedindo a realização de metas e objetivos da organização. Percebe-se também que esta dificuldade de comunicação acaba gerando gastos desnecessários, conflitos, falta de competências e capacitação profissional, nem sempre percebida pelos envolvidos.
Notei também, que para administrar uma organização com esta contextualização, “Familiar e Organizacional” depende de um líder com características bem singular. Além de ter necessariamente um amplo conhecimento da organização, precisa conhecer e reconhecer dentro da família as aptidões de cada colaborador, administrando vaidades e interesses, para formar uma composição que atenda aos objetivos da organização.
Saber estudar através da contextualização dos ambientes, familiar e organizacional, os sentimentos emergentes em cada relação e de que forma são transferidos nos processos de comunicação organizacional, gerando conflitos familiares, prejuízos na otimização do tempo e na relação Poder X Competência X Cargos. Facilitando os processos de comunicação, otimizando tempo e recursos, instaurando uma convivência saudável e tranquila entre os envolvidos.
Baseado no exposto, busquei informações através de especialistas, para entender melhor como amenizar estas questões, fazendo com que estas organizações se tornem ainda mais promissoras, produtivas e o que é mais importante, lucrativas. O caminho mais assertivo inicia-se impreterivelmente pelo líder, independentemente da posição dele na hierarquia, sendo sócio proprietário ou não, este camarada tem que ser diferente, tem que ter “visão sistêmica”.
Ele terá a difícil missão de induzir a cada componente a entrar em contato com suas tendências comportamentais;
- Contextualizar o ambiente familiar buscando ganhos emocionais advindos da história de vida do individuo – Uma reflexão necessária para colocar cada um em seu devido lugar;
- Contextualização do Ambiente Organizacional: Foco, resultados, otimização e metas. Apesar de familiar, vai imperar o capitalismo;
- Refletir e interferir se necessário, quanto às tendências comportamentais no ambiente organizacional;
- Exemplificar no sentido de separar o Pessoal do Profissional: Focos diferentes;
- Manter uma posição de Maturidade nas relações organizacionais;
- Administrar redecisão comportamental.
Espera-se com estas medidas, que as pessoas após este treinamento comportamental, instaurem uma nova forma de compreender as relações profissionais, estabelecendo uma comunicação mais agregadora com alto nível de racionalidade a partir da compreensão dos papeis de cada um dentro do ambiente corporativo.
Poderá surgir também uma tendência integrativa, com busca de profissionalismo, capacitação e competência para os cargos que ocupam no momento. Surgirá, a partir daí, também um ganho na otimização do tempo, sem a utilização constante da instância emocional.
Finalmente, seguindo todos estes passos, acredito que haverá um ganho expressivo nos comportamentos de recepção e audição dos planos e metas instaurados para o crescimento e desenvolvimento da empresa, abrindo caminhos para a discussão de projetos de forma saudável e amistosa, facilitando uma conclusão consensual.
Desejo sucesso a todos.