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Walter Menezes

 

Militando em um setor onde a convivência com as empresas tornam-se estreitas, venho descobrindo particularidades interessantes pertinentes ao nosso município. Em sua grande maioria, as empresas são formadas por familiares. Através desta convivência, passei a estudar o comportamento das pessoas inseridas na organização hierárquica destas, e observei que apesar de serem diferentes em tamanho, seguimentos e financeiramente, as tendências são coincidentes. As dimensões emocionais e racionais se confundem na comunicação organizacional, gerando grandes dificuldades de entendimento entre os envolvidos, principalmente quando se trata de pai e filho, esposa e marido, mãe e filhos, tios, sobrinhos, sócios com alto nível de intimidades ou parentescos, dentre outros, atrapalhando, desviando ou impedindo a realização de metas e objetivos da organização. Percebe-se também que esta dificuldade de comunicação acaba gerando gastos desnecessários, conflitos, falta de competências e capacitação profissional, nem sempre percebida pelos envolvidos.

Notei também, que para administrar uma organização com esta contextualização, “Familiar e Organizacional” depende de um líder com características bem singular. Além de ter necessariamente um amplo conhecimento da organização, precisa conhecer e reconhecer dentro da família as aptidões de cada colaborador, administrando vaidades e interesses, para formar uma composição que atenda aos objetivos da organização.

Saber estudar através da contextualização dos ambientes, familiar e organizacional, os sentimentos emergentes em cada relação e de que forma são transferidos nos processos de comunicação organizacional, gerando conflitos familiares, prejuízos na otimização do tempo e na relação Poder X Competência X Cargos. Facilitando os processos de comunicação, otimizando tempo e recursos, instaurando uma convivência saudável e tranquila entre os envolvidos.

Baseado no exposto, busquei informações através de especialistas, para entender melhor como amenizar estas questões, fazendo com que estas organizações se tornem ainda mais promissoras, produtivas e o que é mais importante, lucrativas. O caminho mais assertivo inicia-se impreterivelmente pelo líder, independentemente da posição dele na hierarquia, sendo sócio proprietário ou não, este camarada tem que ser diferente, tem que ter “visão sistêmica”.

Ele terá a difícil missão de induzir a cada componente a entrar em contato com suas tendências comportamentais;

  • Contextualizar o ambiente familiar buscando ganhos emocionais advindos da história de vida do individuo – Uma reflexão necessária para colocar cada um em seu devido lugar;
  • Contextualização do Ambiente Organizacional: Foco, resultados, otimização e metas. Apesar de familiar, vai imperar o capitalismo;
  • Refletir e interferir se necessário, quanto às tendências comportamentais no ambiente organizacional;
  • Exemplificar no sentido de separar o Pessoal do Profissional: Focos diferentes;
  • Manter uma posição de Maturidade nas relações organizacionais;
  • Administrar redecisão comportamental.

Espera-se com estas medidas, que as pessoas após este treinamento comportamental, instaurem uma nova forma de compreender as relações profissionais, estabelecendo uma comunicação mais agregadora com alto nível de racionalidade a partir da compreensão dos papeis de cada um dentro do ambiente corporativo.

Poderá surgir também uma tendência integrativa, com busca de profissionalismo, capacitação e competência para os cargos que ocupam no momento. Surgirá, a partir daí, também um ganho na otimização do tempo, sem a utilização constante da instância emocional.

Finalmente, seguindo todos estes passos, acredito que haverá um ganho expressivo nos comportamentos de recepção e audição dos planos e metas instaurados para o crescimento e desenvolvimento da empresa, abrindo caminhos para a discussão de projetos de forma saudável e amistosa, facilitando uma conclusão consensual.

Desejo sucesso a todos.

 

 

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Sempre que escrevo para este site, procuro externar um pensamento ou uma ideia que possa de alguma forma, tirar alguma dúvida do leitor, ou tentar ajuda-lo em algo que esteja relacionado ao mercado de trabalho.

Hoje excepcionalmente, deixarei de expressar minhas ideias para publicar uma boa noticia, embora eu não seja repórter e não ser este o objetivo deste espaço.

A partir de agora, o trabalhador autônomo do município de Ribeirão das Neves não precisará mais trabalhar sem a proteção previdenciária, pois em 28 de junho de 2011, foi sancionada pelo prefeito Walace Ventura, a Lei municipal 3397/2011 (ver no site da prefeitura) que trata da regulamentação e da legalização do Empreendedor Individual (EI) da Micro Empresa individual (MEI) e das Empresas de Pequeno Porte (EPPs).

Obedecendo a Lei federal 123/2006, e ajustando à realidade local, esta Lei vem beneficiar todo trabalhador que enquadra nesta modalidade, e que por motivos financeiros ou burocráticos, se via desmotivado a se tornar um trabalhador ou empreendedor legalizado.

Agora com uma contribuição menor que R$ 50,00 (cinquenta Reais) mensais, estes trabalhadores legalizados, irão garantir para si e seus familiares, todos os benefícios previdenciários, como aposentadoria, licença médica remunerada, assistência médica extensiva aos familiares, e pensão para o cônjuge ou filhos menores em caso de óbito do titular.

A prefeitura já está preparada para receber estes trabalhadores, para orientá-los ou para dar inicio no processo, de maneira menos burocrática e mais rápida.

Por enquanto o trabalhador deverá se dirigir ao setor de tributos, embora em breve seja disponibilizado ao contribuinte, um espaço especifico que terá a denominação de “SALA DO EMPREENDEDOR” que buscará oferecer a este seguimento, tratamento diferenciado, esperando com isto alavancar o comércio local, principalmente porque uma vez legalizado, e de acordo com a Lei municipal 3397/2011, estes novos empreendedores poderão se tornar fornecedores de produtos ou serviços do poder público, obedecendo às conformidades da referida lei.

Ribeirão das Neves já esta situada entre os dez primeiros lugares do estado de Minas Gerais, com mais de 3000 inscrições de novos empreendedores a busca da legalização de seu negócio. Entre os setores que mais se inscreveram, estão, cabelereiros, manicures, salgadeiras, pedreiros e confeiteiros.

Você que é empreendedor e ainda não se legalizou, vale a pena se informar e partir para a legalidade, pois o processo é muito fácil e tudo acontece muito rápido e sem burocracia.

Sua família merece te ver “LEGAL”.

 

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Quando você se encontra diante de uma equipe a qual tem o papel de liderar, você decididamente terá que ter postura diferenciada, pois estar à frente de um grupo de trabalho requer dedicação, comprometimento e postura ética. Significa, entre outras coisas, que exercer a liderança é gerenciar processos para alcançar os objetivos da empresa, motivar colaboradores e servir de exemplo para sua equipe. O bom trabalho dos líderes se traduz, em suma, no sucesso da gestão do negócio.

Conforme (Jairo Martins – FNQ- 2011) "Além de ser admirado pela sua postura exemplar, o líder precisa ter uma visão sistêmica da organização para disseminar os valores e conhecimento da empresa para a equipe. É importante que atue de forma transparente, democrática e inspiradora, visando ao desenvolvimento da cultura da excelência. Mais do que isso, as lideranças exercem papel fundamental na criação de um ambiente propício à inovação, aperfeiçoamento e aprendizado constantes".

Para que o gestor busque a excelência dentro da organização, terá de seguir alguns passos imprescindíveis que servirão de referência para se tornar líder de sucesso.

1. Estar bem alinhado aos interesses da organização
É comum em qualquer espaço onde aglomera um número grande de pessoas, termos que lidar com diferentes idéias e interesses, e em uma empresa isto não é diferente. É papel do líder administrar e assegurar a harmonia e o equilíbrio no relacionamento da equipe. É essencial fazer todos entenderem como cada um pode, em sua área, colaborar com o desenvolvimento do projeto de trabalho, sem necessariamente conflitarem em suas idéias, transformando este fato em resultado positivo.

2. Interagir internamente a busca de mudanças culturais
Diversidade de idéias e conceitos também é pertinente em qualquer organização. Valorizar e incentivar este fator é uma forma de tornar o ambiente de trabalho mais criativo e inovador. Implementar a cultura da excelência em uma equipe requer alterar o seu conceito organizacional, colocando novos valores à mesa. Atuando como catalisador dessas idéias, o líder facilita a aceitação desta cultura por parte da equipe e sua internalização ao processo de trabalho.

3. Comunicação como fator de relevância
Para que a equipe assimile os princípios e os valores da organização, será necessário estabelecer uma comunicação onde a clareza e a objetividade estejam num âmbito de total relevância. Da mesma forma, é importante ouvir o que cada um tem a dizer sobre assuntos diversos. Assim, será estabelecido uma relação de confiança entre o líder e seu grupo, criando uma sintonia de idéias e um ambiente encorajador para que todos se sintam parte relevante do processo de trabalho.

4. Adotar e acompanhar o cumprimento de padrões de trabalho
Adotar padronizações nos processos de trabalho é imprescindível para se avaliar o desempenho da empresa. Com a execução de práticas mais uniformes, os resultados ficam menos sujeitos a variações e a equipe se mantém focada nos objetivos da organização. É importante também ter métodos eficazes para verificar o cumprimento destes padrões, obtendo melhores condições de primar pelos bons resultados da companhia.

5. Identificar e desenvolver novos líderes
Os colaboradores mudam, mas a organização continua. Para garantir que a empresa continue firme com estas eventuais mudanças, é importante saber identificar e preparar, entre os colaboradores, pessoas com potencial para exercer a liderança. Isso significa procurar pessoas com caráter inovador e motivador, que exerçam uma influência positiva sobre o grupo. Ter líderes confiáveis em diversos níveis faz com que todos os segmentos da empresa estejam alinhados na busca pela excelência.

E lembrem-se,

LÍDER é aquele que fala e tem seguidores. Tem colaboradores.

CHEFE é aquele que tem que mandar para ser atendido. Tem poder.

 

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Para sintetizar melhor meu comentário em relação a este episódio, vou começar com o seguinte raciocínio...

“Uma equipe desmotivada dificilmente alcança as metas estabelecidas. Na maioria das vezes, a ineficiência dos funcionários é resultado direto da má atuação do líder do grupo”.

Tenho acompanhado a luta dos professores da rede pública estadual para conseguir um ajuste de seus provimentos a um patamar mais digno. Vejo que é uma luta desleal e desigual, pois este movimento incomoda tanto pais como alunos, que por analisar tão somente o prejuízo do momento, sem considerar que ter um aluno diante de um profissional desmotivado, sem entusiasmo por falta de reconhecimento, é prejuízo maior.

Os pais dos alunos com certa razão entendem, mas não apoiam a paralização, pois compromete toda sua logística, e o governo sabe disto.

Os alunos não querem comprometer seus dias de férias, e também não aceitam o movimento, tornando-se aliados do poder, e o governo sabe disto.

Os professores que não aderem a paralização, não por discordarem, mas porque não podem comprometer o já ínfimo salário, (caso ocorra descontos pela paralisação), o que os levaria ao colapso financeiro, também enfraquece o movimento, e o governo sabe disto.

Professores não dão visibilidade para a administração, e o governo age pensando isto.

Por estar espalhado pelo estado, o movimento é disperso, quase imperceptível, e o governo sabe disto.

Enquanto a classe só pode contratar alguns minutos em alguns veículos de comunicação para expor suas dificuldades, e esclarecer a legalidade e os direitos pelo “AJUSTE” e não “REAJUSTE”, o governo tem à sua disposição todos os microfones de todos os veículos para contrapor aquilo que for reivindicado. E o que disser terá de ser entendido como verdade absoluta, pois apesar de sermos os patrões, é o governo quem impõe.

Este mesmo governo que nega aos professores, o que lhes é de direito, contraditoriamente descarrega na mídia, de 05 em 05 minutos, milhões de reais para fazer a réplica da situação, e o povo precisa aprender a enxergar isto.

O último resultado das provas do ENEM comprova a decadência do sistema e do ensino público, e já é hora dos pais e alunos se atentarem a isto, porque o governo já sabe, mas conta com o comodismo da sociedade.

Qual o motivo do baixo rendimento dos alunos deste setor? É quando volto no que disse acima. Nenhum profissional consegue produzir desmotivado, sem ambiente adequado, desferramentado, sem investimentos na requalificação, sem segurança, sem critérios, sem focos e sem objetivos reais, que é como se encontra hoje as escolas públicas. Nenhum professor conseguirá levar estímulos aos alunos, por mais comprometido que seja, para que estes entendam ser o ensino e a busca por conhecimento, o caminho mais curto para se preparar para o futuro.

Hoje se o pai não consegue educar, coloca nas mãos do professor. Se a policia não dá conta, leva para o professor, e se o governo não dá conta, coloca a responsabilidade nas mãos do professor.

Em contrapartida, os professores estão desamparados e desautorizados a educar, sob pena de serem agredidos, como se tornou normal, e se enfrentarem o agressor, processo administrativo ou expulsão. E são raras as escolas que contam com a proteção, (melhor dizer “presença”) de policiais.

Os pais de alunos, os alunos, a sociedade num todo e principalmente o governo, precisam entender que entusiasmo gera motivação que gera produtividade.  É notória a falta deste conteúdo nos profissionais da rede de ensino público estadual. Nada a comemorar.

Sem reconhecimento não haverá entusiasmo, sem entusiasmo não haverá motivação, sem motivação jamais se alcançará produtividade, e a vítima continuará sendo a sociedade, que parece estar cega.

A educação definitivamente não é prioridade para o governo, basta manipular números como se tem feito através do programa “Poupança Jovem”. A educação dá trabalho, gera potenciais formadores de opinião, oposições, além de não promover visibilidade para a administração, como a “Cidade Administrativa” a “Linha Verde” ou o “Mineirão”.

Para mudar um sistema precisa-se necessariamente que mudar o comportamento e o pensamento das pessoas. Não se deixe levar pelo que o político diz, ele é preparado para falar exatamente aquilo que você quer ouvir. Tente escolher aquele que vai te sacanear depois de eleito, baseado em suas atitudes, nunca pelas suas propagandas. E saibam... “O político não sustenta a tarde o que diz de manhã” (Ulisses Guimarães).

Obs: não sou professor.

 

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Termo muito explorado nos dias atuais, ser resiliente é uma habilidade que o profissional deve adquirir para acompanhar as exigencias advindas do mercado de trabalho. Alguns fatores são preponderantes ao profissional com estas caracteristicas.

Administração das emoções
É quando o profissional tem a  habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. O resiliente é capaz de utilizar as pistas que lê nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação. quando essa habilidade é rudimentar, as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos e, com frequência, desgastam no âmbito emocional aqueles com quem convivem, seja em família ou no trabalho.

Controle dos impulsos
Um segundo fator é o controle de impulsos, é imprescindivel ter a capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema neuromuscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente pela experiência de uma emoção. As pessoas podem exercer um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, visto que esse sistema está vinculado à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle de impulso garante a autorregulação dessas emoções ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções, tornando o grau de compreensão do autor mais sensivel e apurado mediante a situação.

Otimismo
Um terceiro fator é otimismo. Nesse fator, ocorre na resiliente a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.

Análise do ambiente
O quarto fator é habilidade em conseguir fazer uma análise do ambiente. Trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presente no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.

Empatia
A empatia é também caracteristica do resiliente, é quando este profissional consegue ter  a capacidade como ser humano de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos).

Autoeficácia
Autoeficácia é o sexto fator, que se refere à convicção de ser eficaz nas ações propostas.

Alcance de pessoas
O sétimo e último fator constituinte da resiliência é alcançar pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso.

Quero deixar claro que sempre que escrevo, me respaldo na convivência cotidiana com os colegas de trabalho, e buscando informações com especialistas, e tento levar ao leitor, informações que possam agregar algum valor enquanto profissional.

Meus textos são resultados de pesquisa, e não tem a intenção de expressar uma opinião particular.

 

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Acompanho as matérias de meus amigos colunistas do RIBEIRAODASNEVES.NET e sobretudo os comentários dos leitores, e vejo que todos são ansiosos e cobradores constantes do desenvolvimento social e econômico do nosso município.

Apesar das reivindicações serem pertinentes e justas, para se alcançar o desenvolvimento em qualquer localidade do mundo, precisa-se necessariamente mudar o comportamento das pessoas. Não há como transformar o local sem o comprometimento e participação do cidadão, e este sem o sentimento de pertencimento será apenas um eterno reclamante e espectador do ostracismo e refém das decisões que nem sempre atendem aos interesses da comunidade.

Escreveria um livro sobre este tema, mas tentarei abreviar um pouco o meu pensamento.

O desenvolvimento econômico local não é simplesmente o reflexo de um processo de desenvolvimento nacional em uma dada localidade. O que caracteriza este processo é o protagonismo dos atores locais, na formulação de estratégias, na tomada de decisões econômicas e na sua implementação.

Trata-se, portanto, de um processo de desenvolvimento econômico que se baseia na autonomia dos agentes locais que, muitas vezes, caminham em oposição ao pensamento dominante. Desenvolvimento Econômico Local ganhou relevância nos últimos anos em decorrência tanto das muitas iniciativas locais focadas no tema, quanto por causa da degradação da situação social e do abandono de uma agenda de desenvolvimento em outras órbitas que não a local. O local, nesta medida, torna-se uma espécie de última trincheira para o desenvolvimento, embora com poucos poderes e reduzida capacidade para contrapor-se às macro políticas.

Por vezes uma ação inteligente, por insignificante que possa parecer, pode contribuir enormemente para a redução da pobreza local.

Estes objetivos nos levam ao conceito de articulação da regulação local com o poder do Estado. Apesar de apontar para uma política localmente enraizada, um desenvolvimento alternativo requer um Estado forte para implementar as suas políticas. Um Estado forte, no entanto, não precisa ser pesado no topo, com uma burocracia arrogante e enrijecedora. Será melhor um Estado ágil e que responde e presta conta aos seus cidadãos. Um Estado que se apóia amplamente numa democracia inclusiva na qual os poderes para administrar os problemas serão idealmente manejados localmente, restituídos às unidades locais de governança e ao próprio povo, organizado nas suas próprias comunidades.

Com isto a participação comunitária, o seu envolvimento direto nos assuntos da gestão racional dos recursos localmente disponíveis, aparece como um mecanismo regulador complementar, acrescentando-se ao mercado que constitui o mecanismo regulador dominante do setor empresarial, e ao direito público administrativo que rege a ação dos órgãos do Estado.

O resultado, evidentemente, é a nossa prosaica qualidade de vida, numa visão sustentável. A imagem da qualidade de vida nos remete a um bairro agradável, com razoável prosperidade, saúde, riqueza cultural, equidade e segurança, transporte, acessibilidade: grande parte destas coisas se organiza localmente, e ter uma economia gerida por resultados implica que estes resultados sejam em grande parte determinados pelas comunidades criativas e diferenciadas que temos, e não necessariamente reproduzindo de cima uma imposição generalizada.

Resgatar o potencial econômico da gestão local não envolve apenas eficiência de gestão empresarial e pública, envolve também colocar uma parte maior da economia na escala onde as pessoas têm sobre ela um controle maior, resgatando assim o controle sobre as suas próprias vidas. Uma economia que passa a pertencer ao cidadão abre mais espaço para uma política que pertença ao cidadão.

 

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