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Walter Menezes

2018. Mais um ano eleitoral. Mais um ano em que o eleitor será submetido a mais uma missão, que é o desafio de escolher seus representantes no executivo e legislativo no âmbito estadual e federal. Mas escolher como, se os nomes que se apresentam nunca passam pela avaliação popular? Escolher como, se estes nomes são decididos para atender os interesses daqueles que comandam os partidos em detrimento dos interesses sociais dos cidadãos? Na verdade, hoje o eleitor não mais escolhe seu representante. O máximo que ele pode fazer é APOSTAR nos que parecem menos piores.

Mas mesmo assim, acredito estar nas decisões dos eleitores a mudança que tanto almejamos. E nas eleições passada, já sinalizou esta possibilidade.

Estive pesquisando e fazendo um levantamento sobre os resultados da última eleição. É notório que o eleitor já deu seu recado, mostrando-se indignado, descrente e desconfiado dos pleiteadores de cargos eletivos, desta feita a nível municipal.

As eleições de 2016, que elegeram prefeitos e vereadores, foram marcadas por números alarmantes. Após as ondas de protestos que tomaram conta do Brasil, os eleitores foram às urnas para apostar em representantes mais próximos. O número de votos brancos e nulos, além das abstenções, elegeria qualquer candidato que concorreu ao pleito. Situação que vem abrindo os olhos dos futuros pleiteadores destes cargos tão glamorosos e ostentadores.

Falando de forma bem sucinta a nível estadual, Minas Gerais, levou às urnas em 853 municípios, 12.817.154 eleitores. O que representou o total de 18,32% de abstenções. Somente 4 municípios foram submetidos ao segundo turno. Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros.

Entrando em nossa particularidade, Ribeirão das Neves contava nas eleições de 2016 com 196.133 eleitores em condições de votar. Tivemos quatro candidatos disputando o direito de administrar o executivo. Os votos alcançados na soma dos quatro, foi de 125.576 votos, onde 70,557 dos eleitores não conseguiram ver em nenhum dos candidatos a prefeito qualidades suficientes para representá-los. A soma de votos nulos, brancos e abstenções de 70.557 superou os 68.656 votos alcançados pelo candidato eleito.

Tratando-se do poder legislativo do município de Ribeirão das Neves, é ainda mais preocupante (para os candidatos). Tivemos 107 candidatos(as) a vereador(a) disputando os 196.133 votos, espalhados em 536 seções. Somando os votos dos 14 candidatos eleitos, contabiliza-se 31.820 votos, enquanto que o número de eleitores que não conseguiram encontrar nos 107 candidatos disponíveis nas eleições de 2016, qualidades para representá-los, foi de 35.133. Ou seja, o número de abstenções, votos nulos e brancos par vereador da última eleição, elegeria mais de 14 candidatos a vereador, em números comparativos.

Para finalizar, no âmbito estadual verifica-se a seguinte realidade. Tivemos o maior índice de renovação das gestões, tanto nas prefeituras como nas Câmaras Municipais. Tivemos apenas 24% de prefeitos reeleitos. 37% dos próximos chefes do executivo municipal estarão em sua primeira gestão. 93% dos representantes são do sexo masculino e somente 7% serão representados por mulheres.

Baseado no que está exposto acima, podemos concluir que o eleitor terá um papel fundamental na transformação da forma como tem agido até aqui os nossos representantes. Se quisermos a mudança que tanto almejamos, teremos primeiro de mudar a nós mesmos.

Ribeirão das Neves, canteiro de oportunistas, que recebe candidatos do estado inteiro que se apresentam em épocas pré-eleições e que, após usar nosso município, desaparecem deixando os ÔNUS para a população, não podem mais ter a receptividade que sempre tiveram. Com aproximadamente 200 mil eleitores, não podemos mais ser tão incompetentes a ponto de não conseguirmos eleger alguém que decididamente nos represente. É incompreensivo estarmos ainda a mercê de líderes de outras localidades, onde o número de habitantes é menor que o número de eleitores do nosso município.

Se atentem. Se não fortalecermos o local, seremos sempre reclamantes. Dê seu voto de confiança para quem tem história e pertencimento com o nosso município. Por mais tentadora que seja a proposta advinda de candidatos que só querem de Neves, sem compromisso COM Neves, ignore. Repense! Qual Ribeirão das Neves você quer para se viver? Esta que não consegue escrever sua própria história sozinha, ou uma Ribeirão das Neves forte, independente que tem dentro do seu próprio local, atores capazes de conduzi-la para uma Ribeirão das Neves que sonhamos?

Pense! A mudança está em nossos votos.

A mudança está em nós!

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Causa-me estranheza ao ver nas pessoas a expressão de espanto e surpresa ao verem e ouvirem nomes de políticos e de pessoas influentes, renomadas ou não, em mazelas com as grandes empresas e indústrias, como tem-se noticiado freneticamente nos últimos anos.

Do Sr. “Zé das Couves” até a mais alta autoridade têm ciência e sempre souberam destas negociatas. Basta ver a perpetuação no poder destes políticos, e a eternização destas empresas e indústrias como parceiras dos poderes públicos.

Porque uma empresa ou indústria destinaria milhões de reais para uma campanha política, quando poderia aplicá-lo na expansão de seus negócios? É tudo muito claro, é tudo muito óbvio.

Qualquer empreendedor, ao investir qualquer quantia, o faz para garantir lucros.

O único empreendedor, que aplica 5 milhões em seis meses de campanha, para receber 2 milhões de salários em 4 anos, é só o político. Será por quê?!

Partindo do menor município do país, até chegar no Palácio do Planalto, esta prática é antiga e corriqueira, e sempre foi do conhecimento da imprensa e de todos os poderes. Mas a predominância do corporativismo, da relação de proximidade entre os poderes, da influência  de poderosos “chefões” contribuiu e contribui para a perpetuação e fortalecimento destas relações de interesses, indecentes e onerosos aos bolsos e às vidas dos contribuintes.

Não me causou estranheza nem fiquei surpreso com a divulgação de envolvimento de nenhum dos nomes até agora declaradamente envolvidos. Surpreso estou é com a preservação de muitos outros.

Abordei este assunto para lembrar que teremos eleições municipais em outubro, onde o cenário é de descrédito total em relação à classe política. Sabemos que por mais “cordeirinho” que o candidato se apresentar, temos a certeza que antes do interesse social, antes dos interesses pelo município, estarão seus interesses, do partido político e de seus seguidores. O interesse político estará sempre acima dos interesses sociais.  Nosso município já fora demasiadamente explorado. A cada mandado se torna mais pobre do que era. Pobre e descapitalizado, sem dinheiro e sem crédito.

Quando falo em pobreza, me refiro à falta de perspectivas, um futuro vazio, desanimador, onde olhamos para os lados, e não enxergamos diante do que nos é apresentado, nada que possa nos motivar, fazer acreditar em “arregaçar as mangas” e caminhar juntos. Temos de nos atentar que precisamos de pessoas que se ofereçam como candidatos para representar o anseio do povo. Não queremos candidatos que queiram apenas ocupar o cargo do executivo municipal, que é “glamoroso” e que estejam apenas à busca de poder. Precisamos de pessoas, que não concordem com coisas malfeitas, que tenham PERTENCIMENTO com o município, que não se sinta vitoriosa em se eleger, mas com a responsabilidade aumentada, a partir da confiança depositada nas urnas.

A realidade hoje é uma Ribeirão das Neves doente, sem saúde, sem educação, sem segurança, sem acesso, sem representatividade, sem perspectivas. Para que este cenário possa mudar, tem-se que mudar primeiro o comportamento das pessoas. Temos de aprender a avaliar em cada candidato que se apresenta o que realmente ele tem para oferecer. Não com discursos, com palavras bem elaboradas para agradar quem os ouve. Mas estudando qual era o comprometimento dele(a) antes de se tornar opção para o eleitor. Qual a relação destas pessoas com o município, qual o real pertencimento com as causas do povo. Precisamos saber o que os candidatos querem PARA Ribeirão das Neves, ou o que eles querem DE Ribeirão das Neves.

Cara eleitora, caro eleitor, sua responsabilidade é tão grande quanto a do candidato que for eleito. Não vote pensando em sua particularidade, vote pensando sistemicamente, pense no município e todos os seus problemas. A mudança está em nossas mãos, juntos somos fortes, lutemos pelas nossas convicções, pelos nossos anseios. Vamos avaliar bem antes de depositar nossa esperança, nossa confiança.
Não precisamos na prefeitura, de pessoas para serem FAMOSAS. Precisamos de pessoas para serem IMPORTANTES para o município.

É neste perfil que devemos apostar!

 

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Está havendo um movimento que tem reunido pessoas preocupadas e comprometidas com as causas do nosso município. Com encontros dois dias consecutivos a cada mês, discutem, levantam demandas e buscam dentro da nossa realidade oferecer alternativas que venham a mudar o cenário do município, em todas as esferas.

Denominado "Líderes Ribeirão das Neves", está dividido em grupos, em que cada um ficou responsável por estudar a situação atual e descobrir possibilidades de mudanças em cada seguimento existente na esfera da administração pública.

Tive a honra de ser convidado para proferir uma palestra que pudesse levar informações que agregasse valor referente ao desenvolvimento econômico local. Me senti extremamente entusiasmado ao me deparar com a qualidade, interesse, entusiasmo e comprometimento do grupo. Isto me fez sentir mais responsável com a causa, que não deverá ser só do grupo, mas de cada morador do município.

Sinto-me à vontade para falar de Desenvolvimento Local. Ao longo de minha trajetória visitei vários estados que possuem municípios com características parecidas com a nossa visando conhecer as ferramentas utilizadas para que o desenvolvimento econômico viesse efetivamente acontecer no local.

Desenvolvimento local exige diálogo e articulação. Essa premissa muitas vezes é esquecida quando não aparece resultados no curto prazo. Nesse momento, muitos clamam por uma interferência de fora do município, algo que venha de cima para baixo.
É quando uma política (de saúde, educação, transporte, etc) não está avançando no município, pede-se então que o governo federal edite uma lei que pressione a administração local a agir, dessa forma, cria-se um círculo vicioso, no qual o poder local só age por meio de coação e não pelo convencimento. É o que assistimos ininterruptamente em nosso município.

A forma menos onerosa mais inteligente e eficaz para se alcançar o desenvolvimento, passa pelo convencimento, porém mais difícil do que defender a criação de mais leis que os obriguem a agir nesses dois sentidos sem qualquer garantia de que sejam respeitadas.
Quando a mudança de atitude ocorre por meio do convencimento, ela torna-se muito mais perene e sustentável, pois nesse caso houve necessariamente o entendimento e apropriação de uma nova visão de mundo. Quando uma mudança é forçada, não há entendimento. Nesse contexto, é muito provável que o alcance de novas conquistas seja limitado e protocolar.

É importante entender, que o brasil é estado federativo, onde os municípios têm autonomia e liberdade para atuarem de acordo com suas particularidades locais. Então, todas as vezes que nos submetemos ou clamamos por novas leis que imponham regras iguais para todos, perdemos força e enfraquecemos o protagonismo local.

É muito comum achar que a implementação de determinada ação fracassa quando não há apoio do prefeito. Temos que aprender a comer pelas beiradas, atuando com outras lideranças empresariais e da sociedade, como tem feito o Líderes Ribeirão das Neves. Quando o gestor não se interessa, resta-nos esta saída.

Se pretendemos que o desenvolvimento local seja realmente sustentável, é preciso que o processo passe por meio de mecanismos municipais. É preciso buscar sempre a vontade e o conhecimento persuasivo dos atores da comunidade. A imposição pode gerar conquistas pontuais, mas só o convencimento traz mudanças permanentes.

Quem trabalha pelo desenvolvimento territorial tem que ter em mente que precisará antes de tudo de persistência, pois é um trabalho que envolve várias redes de interesses e que as transformações não virão do dia para noite, é preciso valorizar e se motivar por cada pequena conquista.

Finalizando, vou parafrasear o que sempre destaca o economista Ludwig Von mises. "O caminho de grandes realizações sempre passa pela execução de  pequenas tarefas. Uma catedral é algo mais que um monte de pedras colocadas juntas. Mas a única maneira de construir uma catedral é colocar pedra sobre pedra. Para o arquiteto, (político) o projeto global é o principal. Para o pedreiro, (comunidade) é a simples parede, é a pedra em si".

 

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Passados já alguns dias depois de divulgado o resultado das últimas eleições, e analisando o cenário nacional, finalmente podemos chegar a algumas conclusões.

Este fator, juntamente com compromissos assumidos pela candidata eleita a Presidência da República, em várias visitas em nossa região, destacando sempre a necessidade de dispensar atenção especial para Ribeirão das Neves em todos os seguimentos, (até porque,  ela estudiosa como é, compreendeu que a nossa população em sua maioria esmagadora, enquadra no perfil de seus programas de governo, e que esta tese foi muito bem reforçada com os resultados obtidos nas urnas), nos faz aumentar as expectativas e nos deixa extremamente esperançosos.

É obvio que em política as coisas não são tão simples assim. Mas com as três esferas, Federal, Estadual e Municipal tendo a gestão de um mesmo partido, nos leva a crer que as coisas serão na pior das hipóteses, menos complicadas.

Como cidadão nevense, estou muito empolgado e com muita esperança de ver uma Ribeirão das Neves modificada, evoluída e renovada em todos seus conceitos.

Estamos diante de uma oportunidade única de tirar do pensamento das pessoas, que somos um dos municípios mais pobre do país.

Podemos transformar este "mito" da pobreza tão explorado, principalmente pelos políticos, em uma ampla e promissora ferramenta em busca do desenvolvimento.

Mas para isso, temos de aprender a transformar  "Limitações em Ousadias", "Medo em Coragem",  "Sonhos em Ações", " Lágrimas em Sorriso", "Ódio em Amor" e "Dificuldades em Oportunidades".

Temos mais de 300 mil habitantes, onde se pode encontrar milhares de " talentos" encolhidos dentro de seus próprios casulos, por falta de oportunidades.

Jovens qualificados e capacitados a oferecerem mãos de obras, mas com uma logística de deslocamento verdadeiramente desumana, pela má qualidade dos transportes coletivos, somados à distância e um trânsito caótico.

Como se vê, as mudanças passam necessariamente pela mudança de comportamento do poder público. Não se pode mais administrar para atender as necessidades dos partidos. Enquanto gestor tem-se que administrar em favor do povo, do contribuinte, do patrão.

Partindo para as particularidades de Ribeirão das Neves, a própria característica do município já induz a algumas medidas urgentes a serem tomadas.

Precisamos de empregabilidade, precisamos de empreendedores geradores de emprego e renda. Mas para que possamos atraí-los, temos de criar um "ambiente favorável" e como o de maior relevância cito o acesso. O empreendedor precisa receber a matéria prima, como também necessita escoar sua produção. O acesso do CIRIN (Centro Industrial de Ribeirão das Neves) até a BR 040  tem de ser prioridade para esta gestão, como deveria ter sido da gestão anterior. Neves hoje é uma "ilha" em termos de acessibilidade.

Concomitante à necessidade de se gerar empregos, precisamos também preparar nossa população para ocuparem estas supostas vagas.

O poder público local terá de priorizar a implantação de escolas técnicas, como SENAI e SENAC, que através de seus laboratórios, tem a capacidade de repassar conhecimentos, e qualificar e capacitar de forma mais efetiva para o mercado de trabalho. Com mais de 300 mil habitantes, é incompreensível a inexistência destas modalidades de ensino em nosso município.

O PRONATEC tem sua função social sim. Motiva, inclui, e repassa as competências básicas para o trabalho. Mas estatisticamente, a absorção pelo mercado de trabalho para alunos oriundos destes cursos é extremamente tímida, e tem função apenas paliativa.

Enfim, a população de Ribeirão das Neves tem de aprender a não esperar mudanças só do poder público. O local só muda, quando se consegue mudar o "comportamento das Pessoas".

É preciso ensinar a ter "dignidade, não dependência" é  reciso ensinar a "conquistar, não ganhar", é preciso ensinar a *sonhar, não esperar" é preciso ensinar a "agir, não reclamar".

Uma criança não aprende a andar porque emprestamos nossas pernas. Na verdade o que fazemos é encorajá-la e oferecê-la nosso apoio. Com estas ferramentas ela se DESENVOLVE e passa a caminhar sozinha. Torna-se independente.

Assim se desenvolve um local. O poder público com suas ferramentas, oferecendo acesso, oportunidades, conscientizando que conquistas são mais dignas do que simplesmente "ganhos", e que, quem consegue conquistar algo, não para nunca mais.

É preciso conscientizar, que sonhar sem agir, não chega a lugar nenhum. É preciso seguir uma trajetória, atender a processos, enfrentar desafios. Só assim se prepara para as oportunidades.

Com esta eventual força política conquistada nas urnas,  com a participação efetiva da população nas tomadas de decisões da câmara municipal, (que por muitas das vezes decidem em favor dos interesses pessoais em detrimento dos interesses sociais), e exigindo do executivo abertura de diálogo para que este possa se nortear do real interesse do povo, não tenho dúvidas que os ventos soprarão em nosso favor.

Mas reclamar pelos cantos, sem participar efetivamente do processo, nem com todos esses  facilitadores, se chegará a lugar algum.

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Estamos nos aproximando de mais um pleito eleitoral, onde o eleitor se encontra mais uma vez diante de um desafio: escolher entre os que se apresentam como candidatos, aquele(a) ou aqueles(as) que melhor compatibilidade tem com sua expectativa, através das propostas apresentadas.

Ribeirão das Neves desta feita apresenta para seus eleitores dezenas de candidatos do local, pleiteando uma vaga seja no legislativo estadual ou federal. Isto nos remete a algumas reflexões... Este fator é positivo ou negativo?

A princípio nos leva a crer que é um fator positivo, afinal teremos uma gama de possibilidades de escolhas, e que o município afinal acordou para importância em se ter um representante local em uma destas esferas.

Mas fazendo uma análise mais técnica, este número elevado de candidatos apresentados aos eleitores nevenses na verdade nos remete à outra reflexão.

"O município carece de liderança!"

Temos comandantes, mas não temos líderes. Temos pessoas que por estarem por hora no "poder", usam essa ferramenta para comandar os rumos da história do município, e por omissão, ou por desconhecimento ou até por vaidade e interesse próprio, pessoas se apresentam para candidatarem, não como seguidores de uma ideologia partidária ou interesse social, mas como uma oportunidade de se ingressarem neste ostentador mundo político.

Os votos serão dispersos, e novamente Ribeirão das Neves, com aproximadamente 200 mil eleitores, corre o risco de não eleger um candidato local. E mesmo que por uma particularidade qualquer, algum dos nomes apresentados se eleger, ele terá dificuldades no Congresso ou na Assembleia por não ser oriundo de uma vontade popular, mas por uma imposição do comando. Será um Tiririca, com uma centena de milhares de votos, mas sem voz, calado, isolado.

Se o município quer mudanças, primeiro tem que mudar o comportamento das pessoas. Nenhum município muda se seu povo não mudar. Precisamos de criar um movimento a busca de novos talentos no município, que esta recheado de jovens cheios de energia e ideias, mas que por representarem alto risco de eliminar a proliferação e a perpetuação de quem já está no poder, estes são convidados a se manterem à distância. Afinal, quem está no poder quer pessoas que se candidatem para serem "cabos eleitorais", não pessoas com possibilidades de se elegerem. Dai o alto número de candidatos.

Mas nada disto pode nos tirar a responsabilidade de tentar fazer a escolha mais acertada possível. Não podemos mais votar por proximidade, pelo sorriso aberto, pelo alto poder da oratória pertinente a muitos candidatos, temos que analisar o que estas pessoas que se apresentaram e se dispuseram nos representar, já fizerem e efetivamente podem fazer se eleitos.

Nosso município vive hoje em total descrédito político. Tudo acontece e é decido por grupos fechados, em locais desconhecidos e sem clareza dos interesses que representam.

Temos que tomar cuidado para não nos deixar levar pela força da imagem, da propaganda bem elaborada, pelas promessas incompatíveis com as possibilidades reais, pelo sorriso maroto. Tentemos analisar o potencial dos(as) candidatos(as), através de suas condutas do passado, do presente e principalmente o seu preparo para este tão relevante desafio.

"O maior patrimônio do político, é a ignorância do povo."

 

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Presenciei recentemente um episódio, em que muitas pessoas deveriam se espelhar, sobre tudo autoridades que militam nas causas trabalhistas, onde apesar da importância de grande relevância na proteção do trabalhador, muitas vezes puni de forma injusta os empregadores por entenderem às vezes, ser estes a parte mais privilegiada, pelo menos no quesito financeiro.

Estas decisões protecionistas são sempre bem amparadas por advogados que conhecem bem os atalhos que levam os juízes a crerem nos depoimentos dos trabalhadores e de testemunhas (quase sempre sem nenhuma ligação e/ou conhecimento da rotina diária do réu), mas orientadas a mentirem (às vezes) para conseguirem o deferimento do juiz em favor do trabalhador, com contas quase sempre sem lógica matemática. Estes procedimentos servem apenas para melhorar o "cachê" do advogado, e fechar as portas para o trabalhador que fica com a imagem manchada no mercado, mas a partir dai sem nenhuma proteção do advogado que o ajudou na causa trabalhista, e que só estará disponível novamente, somente em caso de nova demissão.

Quero que entendam que estou falando de casos esporádicos, e que as causas trabalhistas têm e devem ter o amparo do Ministério do Trabalho, não para beneficiar um ou outro, mas para levar a um desfecho justo para as partes, pois, há empregadores inúmeros que também agem de má fé.

Então vamos ao que presenciei de uma mãe, que demonstrou com sabedoria diante de um Juiz, que nem sempre suas decisões são as mais justas nem as mais acertadas.

Esta mãe havia recorrido a um empregador do setor automotivo (que me permitiu publicar), para que este desse uma oportunidade do primeiro emprego para seu filho, já que ele estava muito próximo de alcançar a maior idade, e ela temia que a ociosidade pudesse levá-lo para caminhos escusos.

Inadvertidamente, este empregador ofertou ao jovem uma vaga como auxiliar de serviços gerais.
Comenta o empregador, que desde o inicio da abertura do negócio, jamais havia recebido a visita de profissionais da área trabalhista.

Porém, com uma semana de trabalho do jovem em sua empresa, o pessoal do Ministério do Trabalho bateu à sua porta.
Ao verificarem a presença do jovem recém-contratado, deram uma carta de advertência ao empregador, e mandaram-no rescindir o vinculo com o jovem, pois por ser menor, ele só poderia desenvolver tarefas na área administrativa, pois as demais tarefas do setor eram incompatíveis para o trabalhador menor.

Tomadas as providencias da demissão, os acertos se deram no ministério do trabalho. Por ser menor, o jovem teve de ser acompanhado da mãe, que nos remeteu nesta oportunidade, a repensar muitas das nossas atitudes.

Foi determinado que o empregador devesse pagar pela semana de trabalho do jovem, o referente a um mês de trabalho, recolhimento do Fundo de Garantia, INSS e Férias proporcionais.

Dado a sentença, a mãe do jovem se reportou ao Juiz com a seguinte pergunta... "Meritíssimo, o que vocês estão fazendo com este moço é justo? Afinal fui eu quem o procurou pedindo emprego para meu filho, até porque ele esta a uma semana para fazer dezoito anos".

Como resposta o Juiz disse... "não posso fazer nada minha senhora, apenas sigo o que determina a lei".

E o pagamento devido, foi feito no local.

Após o pagamento, a mãe novamente se reportou ao Juiz, e perguntou. "Meritíssimo, o moço agora esta quite com a lei?", onde o Juiz respondeu positivamente.

"Já que o Senhor não pode fazer nada, eu posso"! "Este dinheiro não nos pertence, e eu vou devolvê-lo ao seu verdadeiro dono, que já acertou a semana trabalhada com meu filho". E devolveu em frente ao Juiz, a quantia recebida ao empregador.

E o Juiz sem reação, apenas assistiu o desfecho calado, e encerrou o caso.

Hoje, o jovem já maior, voltou a trabalhar no local, e sua mãe com muita sabedoria nos deixa esta lição, e com certeza evitou que seu filho seguisse o caminho da delinquência.

Parabéns mãe! Obrigado pela lição.

 

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