Determinado a ver de perto o impacto ambiental provocado pela construção do Complexo Penitenciário no terreno da histórica Fazenda do Mato Grosso, segui a pé e debaixo de muito sol, os seis quilômetros da empoeirada estrada. Por volta das 14 horas avistei, indignado, o gigantesco canteiro de obras. Ao percorrer os seis quilômetros de estrada fui recompensado pela beleza das matas densas e pelos pés de bambus das laterais que, além de oferecerem uma agradável sombra, motivaram uma reflexão sobre a importância de se preservar a natureza.
Defensor das águas e do verde, resolvi fotografar toda a destruição causada pelas máquinas e aos poucos me reportei à minha adolescência cheia de boas lembranças daquela região: a “Água Fria”, localizada logo atrás do matadouro da Fazenda do Mato Grosso, sempre foi um dos lugares onde os jovens da minha época frequentavam para nadar e brincar de escorregar no tobogã de pedras até cair na água cristalina e fria.
Na “Água Fria”, o Dr. Jason Soares Albergaria, que era natural da cidade de Raul Soares-MG, ergueu alguns quiosques com o objetivo de transformar o local num espaço de lazer dedicado aos funcionários da penitenciária. Embora a minha pretensão seja falar apenas da história da Fazenda do Mato Grosso e da construção das cadeias no terreno da fazenda, é impossível não mencionar as realizações do Dr. Jason durante sua administração: a construção do silo na Fazenda do Retiro para armazenar pastagem para os animais no período de seca e a cerâmica que produzia telhas e tijolos furados.
Os períodos mais produtivos da Fazenda do Mato Grosso ocorreram na administração do Dr. Jesus Trindade Barreto (1965-1966) e do General Osmar Soares Dutra (1968). Nessa época, a fazenda cultivava muita laranja, milho, tomate, alface, couve, mandioca, banana e havia um engenho de cana-de-açúcar que produzia rapadura e melado. O milho alimentava a grande criação de galinhas e de suínos.
No moinho de roda d'água se fazia fubá e, também, o farelo para os suínos. O gado abatido no matadouro próximo, fornecia carne e o gado leiteiro, vários latões de leite. Os ovos, o leite, a carne e todos os alimentos produzidos na fazenda eram levados para penitenciária por carroças, e o excedente vendido na Seção Agrícola. Aproximadamente oitenta detentos, que dormiam em alojamentos, eram os responsáveis por toda produção da fazenda. No Natal a Fazenda do Mato Grosso vendia uma grande quantidade de leitões aos funcionários e moradores da cidade.
O primeiro encarregado da Fazenda do Mato Grosso foi o Sargento Volteri (Bombeiro), que juntamente com outros militares da PM, foram arregimentados para a inauguração da penitenciária até a formação do quadro de funcionários. Em seguida vieram o Sr. Carlos Guadanini e o Sr. Tiago Inácio Lima. Antes de mudar-se para o Rio, o ex-diretor da Penitenciária Agrícola de Neves, General Dutra, escreveu uma carta ao Sr. Tiago agradecendo os bons serviços prestados. Dessa época me lembro do Sr. Tiago passando em direção ao centro de Neves, montado num belo manga-larga cujo nome era “Monte Negro”. Atualmente existem apenas alguns cavalos, burros e agressão ao meio ambiente.
A agressão ao meio ambiente é decorrente do primeiro Complexo Penitenciário do país em construção no modelo de PPP - Parceria Público Privada -, que majorará o custo de manutenção de cada detento. De acordo com cálculos oficiais de 2008, o custo de cada detento era de R$ 1.000,00 reais e com a privatização do sistema, o responsável pela manutenção do complexo e pela gestão dos serviços exigidos pelo Estado (atividades educativas e de formação profissional, serviços de fornecimento de refeições, tratamento de saúde, atendimento psicológico e assistência jurídica), receberá dos cofres públicos R$ 2.500,00 por cada detento.
No futuro há o risco de Neves entrar em crise grave com a construção desses presídios para mais de 3 mil detentos. Uma das consequências negativas do novo complexo, é que os já precários serviços públicos de saúde, educação, transporte e segurança pública, serão aumentados excessivamente.
Só existe uma solução a ser tomada pelo governo do Estado: investir pesado nas regiões do Veneza, Centro e Justinópolis, construindo vários poliesportivos, campos de futebol, clubes recreativos, realizando melhoramento dos postos de saúde e das escolas municipais, criação de uma política para geração de empregos através da expansão do Distrito Industrial, além de arquitetar um espaço cultural nobre no centro para a apresentação de peças de teatro e filmes.
Exigir essas compensações e as demais prometidas não é querer muito, é apenas desejar ver nossos jovens reunidos em espaços saudáveis e com fé no amanhã. Com esporte e cultura é possível mudar uma dura realidade: os jovens nevenses estão morrendo muito novos.
Legenda: A beleza da estrada, que dá acesso à Fazenda do Mato Grosso, possui densa mata e, em alguns trechos, há muita sombra e água limpa que goteja do morro todo arborizado. Fotos: Henrique Mariani
O termo Sistemas de Informação Geográfica – SIG ou do inglês Geographic Information System – GIS, é aplicado para sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através de sua localização espacial. Isso permite oferecer uma visão inédita de seu ambiente de trabalho, em que todas as informações disponíveis sobre um determinado assunto estão ao seu alcance, interrelacionadas com base no que lhes é fundamentalmente comum a localização geográfica. Para que isto seja possível, a geometria e os atributos dos dados num SIG devem estar georreferenciados, isto é, localizados na superfície terrestre e representados numa projeção cartográfica [Camara, 2010].
Representação em Camadas
Em um SIG, as informações são organiadas em camadas, que também são chamadas de layer. O layer reune as informaões alfanuméricas e geoespaciais sobre um determinado objeto, por exemplo, um layer que representa redes de água, conterá apenas informações de trechos de água.
A figura 1 apresenta divesas camadas usadas para representar objetos do meio ambiente, tais como: hidrografia, vegetação. Consumidores, estradas e outras.
Figura 1 - Composição de layer´s – Fonte: noaa.
Tecnologias para SIG
Vou citar brevemente duas tecnologias que estão sendo muito utilizadas no Brasil. O ArcGIS, fornecido pela ESRI e o TerraView que é gratuito e fornecido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Aprenda Sistema de Informação Geográfica
O Brasil é carente de profissionais nas diversas áreas relacionadas à SIG, portanto para quem pretende estudar sobre o assunto, já existem cursos de Pós-graduação na UFMG e na empresa Coffey, por exemplo.
Os interessados em estudar ArcGIS, a melhor opção são os cursos oferecidos pela IMAGEM.
O INPE oferece no site do TerraView muitos artigos, tutoriais e estudos de caso, que formam uma fonte de estudos muito rica para quem está iniciando.
Considerações finais
Esse texto objetivou uma introdução básica ao termo Sistema de Informação Geográfica. Nos próximos textos serão apresentados infomações mais interessantes e invasivas, que serão de grande valia aos que possuem experiência na área.
Camara 2010, Gilberto. Arquitetura de Sistemas de Informação Geográfica – Disponível em: www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap3-arquitetura.pdf. Acesso Outubro de 2010.
Coffey - http://www.coffey.com.br/
ESRI - http://www.esri.com/
IMAGEM - http://www.img.com.br/
NOAA - http://www.ncddc.noaa.gov/technology/gis/view
A Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves divulgou, nesta sexta-feira (25), o resultado da primeira fase da concorrência que viabiliza a permissão do serviço público de transportes escolar do município.
Segundo a Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura, foram analisados nessa primeira fase toda a documentos dos concorrentes. Os candidatos considerados inabilitados terão cinco dias para interposição de recurso. Os interessados podem conferir aqui o resultado.
Em fevereiro, nossa equipe havia mostrado a incomôda situação de estudantes que tinham que andar quilômetros até a escola devido a problemas na licitação do transporte escolar.
Se sou o Ribeirão, não sei
Sei que ele escoa em mim
entre moitas de capim,
relvas, flores e avencas.
Traz-me saborosas pencas
de recordações, saudades,
coisa que, na verdade,
são sonhos que trago em mim.
Se sou Ribeirão, não sei
Sei que o levo comigo
e deixá-lo não consigo
quando fecho os olhos e vejo
prateados lambaris
enchendo aqueles jequis
e que no vento inda escuto
mesmo que por um minuto
as canções de seu acalando.
Porque telúrica avidez,
espiritual prenhez,
se sou barro de olaria?
E por que, então saudades
de tantas alegorias:
dos foguetes, missangueiras,
e uma lenta jardineira,
dos mascates em pregões
na festa da padroeira?
Sou o brejo, o preá, a taboa, a saracura
Sou o melado da cana e o leite do Retiro,
É por isso que prefiro
a recordação mais leve e pura
ser aquele “capitão”
feito com as pontas dos dedos
que se almoça mais cedo
com carinho das mãos.
Eu ainda sou a crença
do chá pra qualquer doença
ainda vejo o saci
que só com uma perna salta
Sou o tudo, sou o nada
pois sou só o que me falta
E se levo a mão ao peito
nem sinto mais coração,
pois o que pulsa lá dentro
é o velho Ribeirão.
...Um domingo desses, num final de tarde, ligo a tv e começo a passear pelo canais à procura de algo interessante pra ver. Não consegui nada que valesse a pena ou que chamasse minha atenção. Os programas dominicais estão cada vez mais medíocres. O sr. Silvio Santos no SBT, a muito deixou de ser atrativo, só ele não percebe e insiste em continuar querendo parecer a Hebe, ( que tambem já devia ter parado) na versão masculina. A BAND ainda se salva devido a resenha pós futebol, entretanto o Milton Neves, acaba se tornando cansativo com aquela mania de ficar esmiuçando o que não è necessario.
O Gugu Liberato na Record, faz tanto alarde das boas "ações" do seu programa, repetindo exaustivamente as cenas do antes e depois das casas, treillers reformados, das viajens presenteadas , que fica explicitamente escancarado que o que êle quer mesmo è aparecer, e consegue. O Domingão do Faustão, da toda poderosa rede Globo, já exauriu a paciencia do telespectador. A mesmice já ultrapassou todos os limites. Ocupar o horario do programa pra mostrar desfile e competição de cachorros de "globais", è no mínimo ausencia cronica de criatividade. O que ainda se salvava eram as videocassetadas, hoje nem isso, porque são repetidas tantas vezes que a impressão que se tem, é que estão preenchendo o tempo, na falta de algo melhor para mostrar. O Fantastico, a revista eletronica que anos atras fazia realmente jus ao nome, hoje não è nem sombra do que já foi. Mostrar brigas em condominios residenciais, desentendimentos entre casais, onde a esposa tem que vender cervejas em latinhas pra quitar dívida com o marido, ou briga entre sobrinho e tia por causa de um portão, tentar ensinar como gastar o dinheiro do orçamento doméstico e outras baboseiras, è o fim da picada. No Fantástico só existe um quadro que realmento o è, " A vida como você nunca viu".
Tudo isso sem falar no famigerado BBB, que já dura onze anos ( pasmem ). A fazenda e outras coisas similares, que são um acinte à moral e aos bons costumes. Nem vou perder tempo falando de Rêde TV. A única Exceção è a rêde Minas, canal 9.
È por essas e por outras, que os canais pagos vão ganhando cada vez mais espaço.
Vou embora pro passado, e pronto!
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