A Prefeitura de Ribeirão das Neves, em parceria com o Centro Universitário UNI-BH colocou em prática a primeira etapa do Projeto “Mãos a Obra”. As ações aconteceram nos dias 4 e 5 de junho, no Lar dos Idosos José Justino Rocha - Obra Unida da Sociedade São Vicente de Paula – SSVP.
O projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, envolveu nessa etapa um piloto com 24 estudantes dos cursos de medicina, enfermagem e fisioterapia da instituição de ensino, que prestaram assistência a 20 idosos do Lar dos Idosos e também aos funcionários da Instituição.
O evento contou com as presenças da Promotora de Justiça, Anelisa Cardoso Ribeiro, e do Secretário Municipal de Assistência Social, João Marcelo de Abreu. O evento foi encerrado com uma grande festa Junina.
De acordo com o Secretário, o objetivo do projeto é prestar assistência social e médica aos idosos, que terão esses acompanhamentos através de encaminhamentos à Secretaria Municipal de Saúde. “Neste primeiro momento, a Secretaria de Assistência Social fará um apanhado da demanda de idosos em asilos cadastrados do município e, assim, traçar um planejamento do atendimento, aproveitando o máximo a parceria com o Centro Universitário”.
Durante o desenvolvimento das ações, neste primeiro momento, o Lar dos Idosos Justino Rocha será o precursor. “Vale lembrar também que muitos desses idosos são abandonados pela família, mas o Poder Público tem o dever de ampará-los e Neves quer ampará-los de maneira digna,” garantiu João Marcelo.
Novas ações estão previstas para acontecerem nos dias 27 e 28 de agosto e 5 e 6 de novembro.
Repensar suas histórias pessoais e buscar novos caminhos. Estes foram os motivos que levaram 13 detentos do regime fechado e semiaberto e outros três em cumprimento de prisão domiciliar a ingressarem no grupo de teatro Vida Nova, da Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves. Em atividade desde março de 2010, eles já se apresentaram para mais de 8 mil pessoas, em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Os textos são escritos de forma coletiva e abordam temas como as drogas, direitos humanos, esquizofrenia, ressocialização, bullying e política. Os “atores” têm feito tanto sucesso que a agenda do grupo está praticamente ocupada até o final do ano, inclusive com uma participação no show BH pela Paz, previsto para outubro, na Praça da Estação. Os voos previstos para 2012 são ainda mais altos. A trupe já está inscrita na Campanha de Popularização do Teatro e no Festival Internacional de Teatro de Tiradentes.
Pré-requisitos
Existem dois pré-requisitos para ingressar no grupo de teatro Vida Nova. O primeiro é o bom comportamento e o outro, estar estudando, uma vez que na Penitenciária José Maria Alkimin funciona a Escola Estadual Cesar Lombroso. O incentivo já rendeu frutos. Dois integrantes do grupo resolveram fazer prova do Enem e hoje cursam faculdade de Ciências Contábeis e Turismo.
Estudar é um lema perceptível também no conteúdo das peças. O idealizador do grupo, Paulo Roberto de Azevedo, cumpriu 19 anos de prisão e hoje tem prisão domiciliar. Ele continua participando das apresentações e explica que o grupo faz pesquisas na internet e pede ajuda a especialistas para escrever os textos. “Na peça sobre esquizofrenia conseguimos esclarecer muitas dúvidas e mitos sobre a doença, e isto tem surpreendido as pessoas”, conta.
Mergulho
O Grupo Vida Nova teve o apoio do psicólogo Marcelo Arinos Drummond, referência nacional em Psicologia na atenção básica, como forma de introduzir subsídios para que eles pudessem repassar ao público informações sobre sofrimento psíquico e esquizofrenia. Já a peça sobre drogas enfoca o álcool, a maconha, a cocaína e o crack, intercalando dramatizações de cenas do cotidiano com relatos de histórias de vida dos próprios atores.
A assistente social da penitenciária, Sueli Valéria Ribeiro, conta que se emociona ao conhecer o passado e o presente dos detentos dos presos por meio das peças. “Isso me faz acreditar ainda mais na possibilidade de mudança. Não sei mais quantas vezes assisti os meninos nesta peça, mas sempre fico tocada, mesmo que seja um ensaio”, revela.
Parceria
A trilha sonora das apresentações traz letras e músicas cantadas pelos próprios presos, em que eles falam da própria vida, pedem um minuto de atenção para refletir, e até fazem um apelo, em ritmo de rap: “não quero ver você parar em uma prisão”.
A maior parte dos integrantes cumpre pena do regime semiaberto, mas os do regime fechado não são impedidos de participar, obtendo autorização da Justiça para as apresentações feitas fora da unidade prisional. O grupo de participa também do projeto Construindo Pontes para a Liberdade, criado pela assistência social da penitenciária, que é desenvolvido com a equipe de saúde mental da prefeitura de Contagem.
Agência Minas
Empresa responsável pela construção do Complexo Penitenciário em Neves tenta uma aproximação com a população, que é contra a vinda de mais cadeias, para continuar a obra na cidade. O Diretor-Executivo dos Gestores Prisionais Associados (GPA), Marcos Assumpção Pacheco de Medeiros propôs parceria com a Rede Nós Amamos Neves em reunião com lideranças do município, nesta segunda-feira (30).
Empreendedor do Complexo Penitenciário, que está sendo executado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo do Estado de Minas Gerais, disse que a empresa quer atender reivindicações da comunidade. “Entendemos a necessidade de esclarecer às lideranças do município e à população sobre todos os aspectos que envolvem a construção e operação do Complexo”, afirmou o diretor por meio de uma carta que convida à população para uma reunião pública.
A população civil organizada questiona vários pontos no processo de construção do Complexo. A decisão do Governo do Estado da implantação do Projeto sem consulta à população; o andamento da obra sem alvará da prefeitura; o descumprimento da Lei Municipal 075/2009, que tornou a Fazenda do Mato Grosso numa Área de Preservação Ambiental (APA), são um dos principais questionamentos.
A empresa executa a obra com uma licença prévia do Conselho Nacional de Política Ambiental (Copam), que foi aprovada com sei votos a favor da liberação, nove abstenções e um voto contra. A Rede Nós Amamos Neves já solicitou a revisão da autorização do Copam que emitiu a licença depois que a terraplanagem já tinha iniciado.
Cumprindo uma exigência do Copam, a empresa vai realizar a reunião pública com a população no dia 16 de junho para esclarecer sobre o andamento das obras. O encontro será a partir das 19h às 21h, na Cidade dos Meninos – São Vicente de Paula, à Rua Ari Teixeira da Costa, 1.500, bairro Savassi. Sobre o embargo da obra, o diretor confirmou a paralisação e disse que o problema já está sendo solucionado, mas não deu detalhes sobre o motivo.
A População civil organizada busca outras alternativas e acredita na possibilidade do embargo do Complexo Penitenciário. Representantes da Rede Nós Amamos Neves se reúnem nesta quarta-feira (25), às 14h, com o defensor público estadual, Gustavo Gorgosinho.
O objetivo do encontro é acompanhar os últimos avanços da ação civil pública movida pela 'Rede', que pretende embargar a obra do Complexo Penitenciário no município. O grupo também busca informações sobre o real motivo da paralisação da obra no final da semana passada e na segunda-feira desta semana.
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