Já estamos no segundo semestre do ano de 2016, e é sabido que a crise brasileira, o atual cenário político e econômico, trouxeram grandes mudanças ao meio empresarial, em termos de novas tendências, inovação e tecnologia. E no mercado de trabalho, o que podemos esperar para o restante de 2016?
As dificuldades econômicas enfrentadas hoje no país devem na verdade intensificar as novas tendências, uma vez que grande parte delas tem o poder de gerar economia de custos e ganho de tempo em um momento no qual tempo e dinheiro são fundamentais para qualquer organização. O perfil de colaboradores buscado pelas organizações será ainda mais estratégico, criativo, inteligente e inovador.
De certo que o cenário atual do desemprego é o responsável pelo aumento das exigências quanto à seleção dos candidatos, pois as organizações hoje possuem muitas opções e certamente encontrar pessoas que caibam como uma luva em sua empresa, ou seja, os tão falados "colaboradores multifuncionais" é o sonho de toda organização no que diz respeito principalmente ao ponto de vista econômico.
Outro fator que temos como agravante é o fato de morarmos na região metropolitana, onde o desfavorecimento é notório, devido aos altos custos da passagem e tempo de deslocamento, que faz com que as empresas vejam isso como uma questão norteadora e prioritária na hora da seleção.
Quanto às novas tendências, a gestão e retenção de talentos também começam a criar novos níveis e padrões. O próprio conceito de talento se modificou nos últimos anos e para o restante de 2016 e 2017 podemos esperar por programas de recrutamento e atração de talentos mais customizados e inteligentes, incluindo o uso de tecnologias e outras ferramentas que tornam a tarefa mais rápida e assertiva. As organizações buscam hoje por perfis mais gerais, usando competências técnicas e formais como ferramentas de triagem e, em fases mais avançadas de seleção, concentrando mais esforços em traços comportamentais que possuam correlação comprovada com o sucesso, como agilidade, resiliência, inteligência e liderança.
Sabemos que hoje tudo está "On line". Em uma simples pesquisa virtual, descobrimos muito a respeito do candidato, como um pouco do perfil comportamental , traços claros a respeito de seus gostos, preferências, opiniões profissionais e pessoais e até mesmo preconceitos e focos que exigem atenção. Mas isso não é só desvantagem, tem também grandes contribuições com o bom uso das redes sociais , como o caso do LinkedIn que hoje é considerado o “currículo do século XXI”, mais completo, detalhado e certamente mais dinâmico do que os currículos usuais em papel, o LinkedIn fornece a uma empresa uma visão clara da trajetória de um candidato, suas realizações e suas conquistas, suas habilidades, sua experiência e até mesmo sua rede de contatos. Qualquer profissional que hoje não possua um perfil mínimo nessa rede social é visto como um talento que nenhuma empresa quer para si, ou seja, alguém desinteressado.
Bom, tenho plena convicção que o melhor a se fazer não é continuar a se lamuriar por ai: ô céus, ô vida, ô azar... E sim, nos tornarmos mais informados, e estarmos atentos e prontos para as oportunidades.
Fique atento à próxima matéria: Como criar um currículo adequado às necessidades do mercado de trabalho atual, e se livrar de vez daquele currículo "à moda, receita de bolo".
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