Moradora do bairro Maria Helena, em Ribeirão das Neves, a estudante Diully Ranieri, aluna do 3º ano noturno da Escola Estadual Juscelino Kubitschek (JK), também está prestes a embarcar para uma nova jornada acadêmica internacional. Ela foi selecionada para participar da Asia International Mathematical Olympiad (AIMO), que será realizada em Tóquio, no Japão.
Diully já acumula conquistas importantes: em fevereiro deste ano, foi medalhista de bronze na International Talent Mathematics Contest (ITMC), na Tailândia, consolidando seu nome entre os jovens talentos da matemática brasileira. "Fui ganhadora da ITMC, na Tailândia, trazendo a medalha de bronze para o Brasil", ressalta.
“Estou extremamente animada e grata por essa viagem, que tenho certeza de que será incrível. Com muita dedicação e fé em Deus, sei que posso tudo”, disse a estudante. Ela espera voltar ao Brasil com mais uma medalha e reforçar o orgulho da comunidade escolar e da cidade.
A participação de Diully em competições internacionais reflete o potencial dos estudantes das escolas públicas e o impacto de oportunidades educacionais bem direcionadas.
A Paróquia Nossa Senhora das Neves convida toda a comunidade de Ribeirão das Neves e região para participar da 86ª Novena e Festa em honra à sua padroeira, Nossa Senhora das Neves.
Serão dias de fé, oração e confraternização, com celebrações, procissões, momentos de caridade e atividades que marcam profundamente a vida espiritual e comunitária da cidade, especialmente os fiéis católicos.
Para quem não conhece a história de Nossa Senhora das Neves, o significado dessa data de 05 de agosto, vamos contar como ela começou e sua relação com a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde o Papa Francisco escolheu estar sepultado.
O que é a Festa de Nossa Senhora das Neves:
A festa de Nossa Senhora das Neves celebra a aparição milagrosa da Virgem Maria em Roma no século IV, que levou à construção da Basílica de Santa Maria Maior, na data de 05 de agosto.
A aparição de Nossa Senhora das Neves é particularmente significativa por ser uma das primeiras após a Assunção de Maria aos céus.
O acontecimento milagroso ocorreu durante o pontificado do Papa Libério, que liderou a Igreja de 352 a 366 d.C. A data exata do milagre é 5 de agosto, poucos anos depois da difusão da crença na Assunção de Maria. O milagre da neve em pleno verão romano destacou-se como um sinal claro da intervenção divina, bem como da contínua presença de Maria na vida dos fiéis.
Desse modo, o evento não apenas reforçou a devoção mariana, mas também consolidou a importância de Maria como intercessora poderosa e presente na história da Igreja.
O sonho do casal
No verão de 352, João e a sua esposa tiveram um sonho extraordinário na noite de 4 para 5 de agosto. Eles não tinham filhos e eram muito ricos, então queriam doar uma grande quantia para obras piedosas da Igreja. No sonho, a Virgem Maria apareceu a ele e o instruiu a construir uma igreja no local onde ele encontrasse neve na manhã seguinte. João acordou surpreso, pois sabia que nevar em Roma, em pleno verão, era algo extremamente improvável. Mesmo assim, a fé e a devoção o moveram a compartilhar essa visão com o Papa Libério.
Curiosamente, naquela mesma noite, o Papa Libério recebeu uma visão idêntica àquele sonho. A Virgem Maria lhe instruiu a subir ao Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma, ao amanhecer, onde ele encontraria neve e deveria construir uma igreja.
O milagre
Na manhã de 5 de agosto de 352 d.C., Roma testemunhou um evento milagroso. Após os sonhos que tiveram, tanto o casal quanto o Papa Libério, dirigiram-se ao Monte Esquilino, acompanhados por uma multidão curiosa. E o que encontraram foi algo extraordinário: em pleno verão, o topo da colina estava coberto de neve, um fenômeno “impossível” para aquela época do ano.
Este sinal milagroso confirmou as instruções recebidas em sonho pela Virgem Maria. O Papa Libério, usando seu bastão, traçou na neve o perímetro da nova igreja. João então financiou a construção da basílica, que ficou conhecida como Santa Maria Maior ou Nossa Senhora das Neves. Este evento não só marcou a fundação de uma das mais importantes basílicas de Roma, mas também reforçou a fé e a devoção dos fiéis, tornando-se um símbolo da presença e intercessão de Maria.
A festa da dedicação da Basílica de Santa Maria Maior foi oficialmente inserida no calendário litúrgico no século VI. Em 435 d.C., o Papa Sisto III mandou reconstruir e expandir a basílica original. Esta reconstrução comemorou o Concílio de Éfeso, que proclamou a maternidade divina de Maria. A igreja foi dedicada no dia 5 de agosto, estabelecendo, portanto, esta data como celebração litúrgica.
Trata-se de uma das festas históricas e tradicionais mais sentidas da capital, que sempre registra uma grande participação de fiéis, residentes e turistas. 1
As celebrações litúrgicas começam com uma missa solene, destacando o papel de Nossa Senhora das Neves e a importância da basílica como um centro de devoção mariana. Em Roma, a Basílica de Santa Maria Maior é o foco das festividades, onde uma tradição especial acontece: pétalas de rosas brancas são lançadas do teto da igreja, simbolizando a neve milagrosa que cobriu o local original da construção.
Além da missa, a festa é marcada por procissões e orações dedicadas a Nossa Senhora das Neves. A basílica, com sua rica arquitetura e relíquias sagradas, atrai peregrinos de todo o mundo, que vêm para participar das celebrações e buscar a intercessão de Maria. A festa reitera a contínua presença e proteção de Maria, celebrando não apenas a história da basílica, mas também a fé e devoção mariana que ela inspira.
A devoção em Ribeirão das Neves:
Em Ribeirão das Neves, a devoção a Nossa Senhora das Neves chegou através da construção de uma capela em sua homenagem no século XVIII, na região onde hoje é o centro da cidade. A capela, que mais tarde se tornou a igreja matriz, deu origem ao nome da cidade, que originalmente era "Fazenda das Neves".
Construção da Igreja:
O povoamento da região de Ribeirão das Neves começou com a chegada de sesmarias e a construção da capela de Nossa Senhora das Neves por volta de 1747, por Jacinto Vieira da Costa.
A capela, posteriormente, deu origem ao nome da Fazenda das Neves e, eventualmente, ao município e à igreja matriz.
A igreja foi erguida em uma elevação, onde hoje é o centro da cidade, e se tornou um ponto de referência e devoção para a população local.
O Papa Francisco, falecido no primeiro semestre deste ano, tinha uma forte devoção a Nossa Senhora, com destaque para Nossa Senhora Salus Populi Romani, um ícone mariano venerado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Ele costumava visitar a basílica antes e depois de suas viagens apostólicas para pedir proteção e agradecer pela intercessão da Virgem Maria.
A Basílica de Santa Maria Maior também é conhecida como Basílica de Nossa Senhora das Neves, devido à tradição do "milagre da neve" que ocorreu no local. Portanto, as histórias se entrelaçam em uma linda coincidência providencial.
Sobre a Programação
A programação tem início no dia 26 de julho (sábado) com a tradicional Carreata de São Cristóvão, abençoando os motoristas e veículos. A novena tem início no dia 27 de julho e se estende até o grande dia da padroeira, 05 de agosto, com missas diárias, rezas do terço, bênçãos especiais, procissões e gestos concretos de solidariedade, como doações de alimentos e materiais para pessoas em vulnerabilidade.
Confira a programação completa:
26 DE JULHO (sábado)
18h – Santa Missa
Após a Missa haverá Carreata de São Cristóvão
Saída da Igreja com bênção dos carros, passando pelas seguintes vias: Avenida dos Nogueira – Rua Davi Miguel – Retorno no Banco do Brasil – Rua Ari Teixeira da Costa – Rotatória do Apoio – Rua Ari Teixeira da Costa – Rua São Pedro – Rua São Paulo – Rua São Cristóvão – Rua Etelvina Maria de Souza – Rua Libério Augusto Guimarães – Chegada e encerramento na Igreja.
27 DE JULHO (domingo)
1º Dia do Novenário
07h – Santa Missa
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé Caminhando com Maria
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Nossa Senhora do Rosário
Gesto Concreto: Itens de higiene pessoal
28 DE JULHO (segunda-feira)
2º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Apostolado da Oração
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Legião de Maria e Sagrada Face
Gesto Concreto: Feijão
29 DE JULHO (terça-feira)
3º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Terço dos Homens
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Comunidade Nossa Senhora das Graças
Gesto Concreto: Macarrão
30 DE JULHO (quarta-feira)
4º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé Mãe Rainha
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Comunidade São João Batista e Coroinhas
Gesto Concreto: Leite
31 DE JULHO (quinta-feira)
5º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé São Jorge
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Comunidade São Judas Tadeu
Gesto Concreto: Óleo
01 DE AGOSTO (sexta-feira)
6º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé Servos do Senhor
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Comunidade Nossa Senhora Aparecida
Gesto Concreto: Açúcar
02 DE AGOSTO (sábado)
7º Dia do Novenário
15h – Missa com os Enfermos
Liturgia: Ministros da Eucaristia, GAT e Vicentinos
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé São Geraldo
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Crisma, Jovens e GAEC
Gesto Concreto: Arroz
03 DE AGOSTO (domingo)
8º Dia do Novenário
07h – Santa Missa
10h – Missa no Estilo Sertanejo
Após a Missa: Bênção dos Cavaleiros
12h – Almoço da Padroeira em prol da obra do Salão Paroquial
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé Esperançar
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Comunidade Sagrada Família
Gesto Concreto: Pó de café
04 DE AGOSTO (segunda-feira)
9º Dia do Novenário
18h30 – Reza do Terço: Núcleo de Fé São Pedro
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Ministros da Palavra e Prefeitura
Gesto Concreto: Fralda geriátrica
05 DE AGOSTO (terça-feira) – DIA DA PADROEIRA
09h – Terço dos Homens da Forania
10h – Santa Missa com Dom Júlio e Padres da Forania
Liturgia: Forania Nossa Senhora das Neves
Coração: Forania Nossa Senhora das Neves
19h30 – Santa Missa
Liturgia: Equipe de Liturgia Nossa Senhora das Neves
Coração: Catequese e Crisma
Após a Missa haverá Procissão com a imagem de Nossa Senhora das Neves:
Saída da Igreja sentido Avenida dos Nogueiras – Rua Davi Miguel – Rua Lauro Sodré Nogueira – Rua José Pedro Pereira – Praça Central de Neves – Chegada na Igreja e Encerramento.
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Transmissões ao vivo estarão disponíveis pelo canal no YouTube da paróquia.
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Governo de Minas anunciou em abril que será realizado um novo concurso ainda em 2025. Golpistas aproveitam para enviar links falsos e solicitar pagamentos
Criminosos estão divulgando na internet falso concurso público para a Polícia Penal de Minas Gerais. A fraude envolve links falsos e a cobrança de pagamentos via boleto bancário ou Pix. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) emitiu um alerta nas redes sociais como forma de alertar a população.
Em abril deste ano, o Governo de Minas anunciou que será realizado um novo concurso público para Policial Penal, com 1.178 vagas distribuídas para diversas regiões do estado. No entanto, a previsão é de que o edital oficial seja publicado após a conclusão dos trâmites administrativos necessários, ainda em 2025.
Enquanto isso, criminosos estão aproveitando o interesse da população para aplicar golpes, enviando links falsos e solicitando pagamento via boleto bancário ou Pix para os possíveis candidatos.
A Sejusp-MG informou que, assim que o concurso oficial for aberto, o Governo do estado irá publicar o edital no Diário Oficial e, em seguida, no seu site. Todos os pagamentos relacionados ao concurso só deverão ser feitos através dos canais divulgados pelo órgão, após a publicação do edital.
Para evitar cair em golpes, a Sejusp-MG orienta que qualquer cobrança feita antes dessas divulgações oficiais deve ser considerada tentativa de golpe.
Quem receber mensagens suspeitas deve registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Virtual do Estado de Minas Gerais.
A comunidade de Botafogo I, em Ribeirão das Neves, se prepara para celebrar o São João com o tradicional Arraiá Pé de Cana, que promete ser um dos maiores da região. A festa acontece na Rua Andaraí, em frente ao número 160, e reúne atrações para toda a família.
Com três dias de programação, o evento contará com shows de sertanejo, apresentações de quadrilhas, pagode ao vivo, além de uma rua de lazer com atividades para crianças.
Organizado com apoio do vereador Ramon Filho do Gírio, o Arraiá Pé de Cana destaca-se pela valorização da cultura popular e pela participação ativa da comunidade.
A entrada é gratuita.
A Prefeitura de Ribeirão das Neves, por meio do programa Capacita Neves, está com inscrições abertas para cursos profissionalizantes gratuitos. As opções são: Assistente Administrativo (150 vagas), Gestão Financeira (45 vagas), Informática Básica (40 vagas pela manhã e 50 à tarde) e Informática Avançada (30 vagas pela manhã e 30 à tarde). As vagas são limitadas e as aulas começam em agosto de 2025.
Confira os detalhes dos cursos:
Assistente Administrativo – Duração: 120 horas
Turnos: manhã (8h às 11h20), tarde (13h às 16h20) e noite (18h às 21h20)
Requisitos: a partir de 16 anos. Ter concluído ou estar cursando o ensino fundamental.
Conteúdo: organização de documentos, atendimento ao público e gestão de recursos.
Gestão Financeira – Duração: 60 horas
Turno: noite (18h às 21h20)
Requisitos: a partir de 16 anos. Ter concluído ou estar cursando o ensino fundamental.
Conteúdo: controle de caixa, precificação e finanças pessoais e empresariais.
Informática Básica e Avançada
Informática Básica: 40 vagas pela manhã e 50 à tarde
Informática Avançada: 30 vagas em cada turno (manhã e tarde)
Requisitos: a partir de 14 anos. Ter concluído ou estar cursando o ensino fundamental.
Serviço:
As inscrições devem ser feitas pelo link: https://linktr.ee/capacitaneves ou presencialmente na sede do programa, localizada na Rua Carmélia Loffi, nº 195, no bairro Justinópolis.
Para mais informações, entre em contato pelo telefone (31) 3639-5828 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Essa é uma excelente oportunidade para se qualificar gratuitamente e aumentar suas chances no mercado de trabalho. Garanta sua vaga e invista no seu futuro!
O mais recente estudo do Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a GO Associados, o Ranking do Saneamento 2025, traz à luz a situação do setor nos 100 municípios mais populosos do país. Com base em dados de 2023 do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), o documento revela que, embora os desafios sejam complexos em todo o Brasil, Ribeirão das Neves (MG) enfrenta um problema particular no índice de perdas de água.
O relatório coloca Ribeirão das Neves na 97ª posição no indicador de Perdas na Distribuição (IPD), com um índice de 57,65%. Este indicador mede a proporção da água produzida que se perde antes de chegar às residências, seja por vazamentos na tubulação ou por falhas na medição. Em um cenário ideal, o índice deve ser o mais baixo possível, sendo que a meta para a universalização do saneamento, estabelecida pela Portaria nº 490/2021, é de no máximo 25%.
O resultado do município mineiro está significativamente acima da média da amostra dos 100 maiores municípios, que é de 45,43%, e também da média nacional, que é de 40,3%.
Os dados do Ranking 2025 sugerem que Ribeirão das Neves tem um desafio importante a ser superado na gestão e eficiência de seu sistema de abastecimento, uma vez que as perdas de água representam um desperdício de recursos e ineficiência operacional. Embora o relatório não forneça outros dados específicos sobre a cidade, como os índices de atendimento de água, coleta e tratamento de esgoto, a posição da cidade neste indicador específico ressalta a urgência de aprimorar a infraestrutura para garantir que a água produzida chegue de forma eficaz à população.
O jovem Nicolas Davi Oliveira, de 17 anos, morador do bairro Veneza, em Ribeirão das Neves, foi selecionado para representar o Brasil na Asia International Mathematical Olympiad (AIMO 2025), uma das maiores competições internacionais de matemática do mundo. O evento será realizado em Tóquio, no Japão, entre os dias 2 e 6 de agosto.
Atualmente cursando o 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Maurício Murgel, em Belo Horizonte, Nicolas conquistou a vaga por meio de uma prova seletiva, que também levou em consideração seu desempenho escolar e comportamento.
“Estudo em BH por questões de logística, já que minha irmã está na UFMG. Mas toda minha formação aconteceu em Neves, onde estudei na Cidade dos Meninos, no Centro Educacional Cristão e no Centro Educacional Martinho Lutero”, explicou o estudante.
O embarque de Nicolas está marcado para o dia 26 de julho. A participação do jovem na AIMO 2025 é motivo de orgulho para Ribeirão das Neves, que vê um de seus talentos ganhar o mundo com dedicação aos estudos e amor pela matemática.
A tradicional temporada de festas juninas em Ribeirão das Neves ganha uma animada saideira com o Arraiá do Povão Veneza, que acontece nos dias 19 e 20 de julho, em novo local: Avenida Oswaldo Alves de Araújo, no bairro Veneza. O evento é gratuito e promete reunir moradores da região para dois dias de muita música, comida típica e celebração.
Com estrutura legalizada e segura, o Arraiá contará com apresentações de artistas locais e atrações musicais que vão garantir o clima de festa no coração da comunidade. Entre os destaques da programação estão Thaamy Campos, Marlon Barone, Trio Zefirina, Paulinho Balada e o DJ Xuxu.
Além dos shows ao vivo, o público poderá aproveitar uma variedade de barracas com comidas típicas, dançar muito forró e curtir o encerramento da temporada junina com toda a energia que a tradição popular merece.
O evento é uma realização local e reforça a importância das festas populares como espaço de convivência, cultura e lazer para a população nevense.
Nós, das Ciências Sociais, temos uma máxima que pode ajudar a responder à questão que dá título a este artigo: “Tentar resolver problemas complexos com soluções simples só aumenta o problema.”
Exemplos dessas políticas amadoras se acumulam ao longo da história. A Lei Seca nos Estados Unidos é um grande exemplo. Em vez de compreender por que a classe trabalhadora norte-americana se afundava no vício, e buscar enfrentar suas causas — como entender o uso abusivo de álcool como sintoma de um mundo sem perspectiva de melhora de vida para trabalhadores submetidos a jornadas extenuantes, sem acesso a lazer, recreação ou sequer tempo para estar com suas famílias — o governo preferiu a repressão.
Assim, a resposta do governo norte-americano da época, nada afeito a análises complexas, foi resolver o problema da forma mais simplista possível: proibiu, por decreto, o consumo de álcool. Em vez de apresentar um projeto estruturado e multissetorial que enfrentasse a miséria das classes empobrecidas, optou-se pelo que uma elite com visão colonial sempre faz: sobrecarregar as forças de segurança para reprimir e tentar “domesticar” os excluídos à sua lógica de exploração.
O resultado dessa “solução mágica” não foi a redução, mas sim o aumento do consumo de bebidas. O mais agravante foi que os donos de bares e os consumidores passaram a ser tratados como transgressores da lei, superlotando as cadeias — obviamente compostas, em sua maioria, por pessoas pobres, pois a elite daquela época, assim como ocorre hoje com a questão da maconha e de outras drogas no Brasil, continuou tomando seu uisquinho sem maiores consequências. Outro grande problema causado pela proibição foi o fechamento das fábricas que produziam bebidas alcoólicas. Com isso, a produção passou a ser clandestina, o que aumentou os casos de intoxicação por bebidas adulteradas, agravando ainda mais o já deficitário sistema de saúde pública norte-americano.
Nenhuma dessas consequências sensibilizou os donos do poder. Entretanto, a gota d’água para o fim da Lei Seca foi o fato de ela colocar em risco os interesses das elites tradicionais. A venda ilícita de álcool gerou tantos lucros que permitiu o surgimento de figuras como Al Capone. Esse mafioso de origem italiana ganhou tanto dinheiro que, primeiro, comprou o silêncio e a conivência da polícia — que, cansada de “enxugar gelo” ao prender pequenos usuários e traficantes de álcool, passou a ignorar a ilegalidade. Depois, para dar uma aparência de legalidade, Al Capone comprou uma rede de lavanderias para mascarar seus lucros — inventando assim o termo “lavagem de dinheiro”. Além disso, investiu em hotéis e outros negócios, tornando-se uma espécie de rei de Chicago. Por fim, comprou juízes e passou a financiar campanhas políticas, até que as autoridades, temendo perder o controle político da cidade, revogaram a Lei Seca e buscaram outras (ainda precárias) formas de lidar com o alcoolismo.
Essa lógica de tentar resolver problemas complexos com soluções mágicas também se repete na história das Américas, com o intuito de manter intactos os privilégios das elites e negar sua responsabilidade direta pelo contexto gerador de problemas sociais que se pretende resolver com medidas populistas.
A chamada “Guerra às Drogas”, iniciada na década de 1960, tinha, assim como a Lei Seca Décadas antes, o propósito era acabar com o uso de drogas entre jovens norte-americanos que, na época, estavam cansados de uma sociedade de consumo e sem sentido, buscando alternativa a um estilo de vida que pretendia escravizá-los, assim como fizeram com seus pais, e se opondo ao desejo do governo de enviá-los para uma guerra sem sentido do outro lado do mundo, no Vietnã. Criaram um movimento de fuga da sociedade que os oprimia, ligado à contracultura, sob os lemas “Paz e Amor”, mergulhando de cabeça nesse novo modo de viver, colocando assim em xeque a lógica do modelo colonial, que exige que as pessoas existam apenas para trabalhar e gerar riqueza — riqueza que, em grande parte, não fica com elas.
Essa elite — que ainda enxerga o mundo como os colonizadores que chegaram à América em 1492 — preferiu iniciar uma “guerra” que ainda dizima toda a América Latina. Vide a história da Colômbia, muito bem retratada na série Narcos, que provavelmente já matou mais pessoas — em sua esmagadora maioria jovens, indígenas e negros moradores das periferias de origem latina — do que as duas guerras mundiais juntas.
O mesmo ocorre no Brasil, a partir da segunda metade do século XXI: a tentativa de resolver o problema da violência — causada, em grande parte, pela continuidade de um sistema colonial semelhante ao de castas, que privilegia uma minoria que vive em luxos estratosféricos às custas da exclusão da maioria — culminou na “solução mágica” do encarceramento em massa dos indesejáveis: jovens, negros, pobres, oriundos de famílias expulsas do campo para cidades que nunca ofereceram qualquer chance de inclusão — nem para seus antepassados, nem para eles. O resultado? O exponencial crescimento das facções criminosas dentro dos presídios, que há tempos extrapolaram seus muros e, assim como Al Capone, passaram a dominar setores da economia das grandes cidades.
Ao ler este texto até aqui, algumas pessoas podem se perguntar — especialmente aquelas com simpatia pelo modelo de escola cívico-militar: o que isso tem a ver com a proposta do governo Romeu Zema para a educação? A resposta é óbvia: faz parte da mesma lógica colonial de sempre.
Em vez de encarar os complexos problemas enfrentados pela educação brasileira — frutos de um crônico abandono, com salas lotadas, onde o professor mal consegue decorar o nome dos alunos, infraestruturas paupérrimas, pedagogias obsoletas, principalmente para jovens oriundos de classes populares que não veem sentido algum nos currículos, que apenas os tratam como futura mão de obra barata e não comunicam os reais problemas enfrentados — opta-se pela solução mágica, que quase sempre envolve repressão aos já subalternizados.
A pergunta é: o que esperar da presença de policiais em uma escola de periferia, que, com seu olhar treinado a partir da visão de uma elite colonial, enxergam parte significativa dos alunos atendidos por nossas escolas como suspeitos? E entenda-se “suspeito” como sinônimo de jovem, negro, oriundo de família de baixa renda e com os hábitos de vestimenta típicos das periferias. O resultado é quase óbvio: a expulsão dos tidos como “indesejáveis” do espaço escolar — justamente os mais vulneráveis, e para quem a escola era a única chance de escapar do ciclo de violência e pobreza.
Essa solução “mágica” tem sido escolhida em detrimento da implementação do Plano Nacional de Educação (2014–2024), uma política de Estado construída de forma colegiada, com metas estruturadas, a serem realizadas em regime de colaboração entre governo federal, estados e municípios. O PNE tem como objetivo garantir uma educação pública, gratuita, de qualidade e voltada para a equidade — com valorização da carreira docente, formação continuada, planos de carreira dignos, gestão escolar verdadeiramente democrática e atenção à aprendizagem real dos estudantes.
Nada disso foi feito. Para ser justo, a única meta atingida de fato pelo governo Zema, no que diz respeito ao PNE, foi a ampliação da formação técnica de jovens, por meio do programa Trilhas do Futuro. Porém, em vez de fortalecer a educação integrada, como os modelos do CEFET e do IFMG, o governo optou por parcerias público-privadas, cuja qualidade tem sido amplamente questionada — inclusive pelos próprios estudantes.
Nos sete anos de governo em Minas, pouco se pensou em políticas públicas para educação realmente estruturadas. Pelo contrário: direções escolares, professores e estudantes estão cada vez mais sobrecarregados com avaliações externas sucessivas, que consomem o tempo das já escassas aulas — especialmente de disciplinas como Sociologia, Filosofia, Artes, História e Geografia.
Eu mesmo, de 10 aulas planejadas neste bimestre para uma turma, consegui ministrar apenas 4, devido às inúmeras avaliações externas. São diagnósticos o ano inteiro — que trazem sempre os mesmos resultados, agravados, além da má qualidade do ensino ofertado, pela baixa adesão e pelo desinteresse dos estudantes por avaliações que não fazem sentido para eles, o que resulta em provas "chutadas". Com razão, eles preferem investir seu tempo em algo mais significativo.
Seguindo a lógica do diagnóstico, seria como constatar um câncer em estágio inicial e nada fazer. No diagnóstico seguinte, a doença evolui — e o paciente, no caso, o estudante, é submetido a sucessivos exames, sem a adoção de nenhuma medida para enfrentar os problemas diagnosticados. Por fim, o estudante conclui a educação básica e recebe um diploma que apenas atesta seu analfabetismo funcional. Conveniente para o governo que representa essa elite, já que analfabetos funcionais são mais fáceis de manipular — e de acreditar em soluções mágicas, como a escola cívico-militar.
Cabe aqui desmentir a propaganda amplamente divulgada pelo governador/influencer de Minas Gerais sobre o suposto sucesso dessas escolas. De fato, as escolas com melhor desempenho no estado são públicas, mas não é o Colégio Tiradentes — que, apesar de apresentar resultados um pouco melhores do que a escola pública, o faz não devido à adoção do modelo cívico-militar, mas sim por causa de maiores investimentos e da exclusão compulsória dos estudantes considerados “problemáticos”, que acabam retornando para a escola realmente pública
As verdadeiras referências são os CEFETs, Coltecs e IFMGs, que superam até escolas particulares de elite em aprovações no ENEM. E isso porque recebem investimento por aluno quatro a seis vezes maior que a rede estadual — são oásis em meio ao subfinanciamento da educação pública.
Com esses recursos, essas instituições cumprem quase todas as metas do PNE no que diz respeito ao ensino médio. Recentemente, ao levar turmas do 9º ano para conhecer o IFMG de Ribeirão das Neves, presenciei algo raro — principalmente para quem atua nas periferias: professores motivados e orgulhosos de suas instituições.
Uma breve pesquisa revelou as razões desse fenômeno: bons salários, planos de carreira atrativos, elevada qualificação docente (muitos mestres e doutores), além da implementação de um modelo de educação que enxerga os estudantes de forma integral — com apoio de psicólogos, assistentes sociais, e uma estrutura que integra formação profissional e ensino médio. Uma escola de um único turno com sete horas diárias, com rica infraestrutura de laboratórios — ao contrário do programa Trilhas do Futuro, que não apresenta essa mesma integração nem qualidade.
Para concluir — e reconhecendo que este texto, por ser extenso, provavelmente não será lido por quem acredita em soluções simplistas para problemas complexos — deixo aqui meu argumento final contra a falácia de que a implementação de escolas cívico-militares seja uma solução mágica para a complexidade do sistema educacional brasileiro e para o histórico de subinvestimento na educação básica.
Colocar um policial militar reformado para cada 150 alunos, como alternativa à valorização da formação humana, é, no mínimo, desonesto. Mas o que se pode esperar de uma elite com visão colonial?
O oposto disso seria adotar medidas “abomináveis” para essa elite: promover justiça tributária — em que essa elite passaria a pagar impostos como as classes populares e média, deixando de sequestrar metade do orçamento da União com seus lucros e dividendos sobre uma dívida pública nunca auditada — e construir um Estado de bem-estar social, como já foi feito há mais de um século nos países europeus idolatrados por essa classe que faz cosplay de Odete Roitman.
A solução oferecida por esse governo, representante dessa elite colonial, é repetir a velha lógica do vigiar e punir — evidentemente, apenas os pobres. Afinal, ninguém propõe escolas cívico-militares para os filhos da elite, que também enfrentam, em suas escolas — vários estudos comprovam isso — violências das mais diversas naturezas — especialmente simbólicas —, indisciplina e uso abusivo de drogas, consequência de um modelo de educação que impõe uma competição predatória, que mina a saúde mental de seus estudantes, em nome de uma meritocracia ridícula.
Porque, sejamos honestos: qual é o mérito individual de estudar em uma escola que poucos podem pagar?
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