Se sou o Ribeirão, não sei
Sei que ele escoa em mim
entre moitas de capim,
relvas, flores e avencas.
Traz-me saborosas pencas
de recordações, saudades,
coisa que, na verdade,
são sonhos que trago em mim.
Se sou Ribeirão, não sei
Sei que o levo comigo
e deixá-lo não consigo
quando fecho os olhos e vejo
prateados lambaris
enchendo aqueles jequis
e que no vento inda escuto
mesmo que por um minuto
as canções de seu acalando.
Porque telúrica avidez,
espiritual prenhez,
se sou barro de olaria?
E por que, então saudades
de tantas alegorias:
dos foguetes, missangueiras,
e uma lenta jardineira,
dos mascates em pregões
na festa da padroeira?
Sou o brejo, o preá, a taboa, a saracura
Sou o melado da cana e o leite do Retiro,
É por isso que prefiro
a recordação mais leve e pura
ser aquele “capitão”
feito com as pontas dos dedos
que se almoça mais cedo
com carinho das mãos.
Eu ainda sou a crença
do chá pra qualquer doença
ainda vejo o saci
que só com uma perna salta
Sou o tudo, sou o nada
pois sou só o que me falta
E se levo a mão ao peito
nem sinto mais coração,
pois o que pulsa lá dentro
é o velho Ribeirão.
...Um domingo desses, num final de tarde, ligo a tv e começo a passear pelo canais à procura de algo interessante pra ver. Não consegui nada que valesse a pena ou que chamasse minha atenção. Os programas dominicais estão cada vez mais medíocres. O sr. Silvio Santos no SBT, a muito deixou de ser atrativo, só ele não percebe e insiste em continuar querendo parecer a Hebe, ( que tambem já devia ter parado) na versão masculina. A BAND ainda se salva devido a resenha pós futebol, entretanto o Milton Neves, acaba se tornando cansativo com aquela mania de ficar esmiuçando o que não è necessario.
O Gugu Liberato na Record, faz tanto alarde das boas "ações" do seu programa, repetindo exaustivamente as cenas do antes e depois das casas, treillers reformados, das viajens presenteadas , que fica explicitamente escancarado que o que êle quer mesmo è aparecer, e consegue. O Domingão do Faustão, da toda poderosa rede Globo, já exauriu a paciencia do telespectador. A mesmice já ultrapassou todos os limites. Ocupar o horario do programa pra mostrar desfile e competição de cachorros de "globais", è no mínimo ausencia cronica de criatividade. O que ainda se salvava eram as videocassetadas, hoje nem isso, porque são repetidas tantas vezes que a impressão que se tem, é que estão preenchendo o tempo, na falta de algo melhor para mostrar. O Fantastico, a revista eletronica que anos atras fazia realmente jus ao nome, hoje não è nem sombra do que já foi. Mostrar brigas em condominios residenciais, desentendimentos entre casais, onde a esposa tem que vender cervejas em latinhas pra quitar dívida com o marido, ou briga entre sobrinho e tia por causa de um portão, tentar ensinar como gastar o dinheiro do orçamento doméstico e outras baboseiras, è o fim da picada. No Fantástico só existe um quadro que realmento o è, " A vida como você nunca viu".
Tudo isso sem falar no famigerado BBB, que já dura onze anos ( pasmem ). A fazenda e outras coisas similares, que são um acinte à moral e aos bons costumes. Nem vou perder tempo falando de Rêde TV. A única Exceção è a rêde Minas, canal 9.
È por essas e por outras, que os canais pagos vão ganhando cada vez mais espaço.
Vou embora pro passado, e pronto!
Estou retornando de uma viagem de 30 dias da bonita Fortaleza – CE. Não há como não se encantar com as praias, as majestosas dunas, o monumental Centro Cultural Dragão do Mar e o fantástico cenário das borboletas multiformes e multicores em todas as partes. Aliás, uma coisa simples, mas que aguçou minha percepção e curiosidade – parecia um “borboletário” a céu aberto.
Esta beleza toda, ou como disse o sambista “esta maravilha de cenário” aos poucos é contrastada com uma outra realidade: a bonita Fortaleza com vários pontos de alagamentos (lá neste período choveu bastante) – e dos buracos dos asfaltos já deteriorados que não suportam chuvas nem os pesados “pés de borracha”. A população diz, para variar, que é descaso da prefeitura.
Fortaleza hoje é cidade cosmopolita. Já supera Belo Horizonte em número de habitantes. E, como em todas as capitais, tornou-se lugar comum o grande número de pedintes, mendigos, ambulantes, etc., tudo isso somado à fama (má fama) de “cidade do turismo sexual”.
Lixos. Que horror! Lixos nas praias, nas esquinas, ruas e lotes baldios. Em alguns lugares pode se ver monturos como se fossem locais regulamentados para despejar lixos. Parece não haver fiscalização... Claro que este quadro não é específico de Fortaleza. A mídia “de vez em sempre” exibe matérias mostrando a triste realidade do nosso brasileiro litoral. A lista dos “produtos” é infindável: palitos e invólucros de picolés, pauzinhos de churrascos, restos de camarões e carcaças de peixes, canudinhos e cocos abandonados, garrafas e latas e tampas e lacres de bebidas em geral, copos descartáveis (como se neles estivesse a seguinte orientação: descarte na praia). Em alguns cantos é possível encontrar outras sujidades: embalagens de biscoitos e salgadinhos e até mesmo restos de comidas.
É impressionante: o mau hábito de jogar dejetos em lugares não indicados não conhece idade, raça, cultura, credo religioso e nem posição social. Guimbas, bitucas ou tocos de cigarros são enterrados nas areias, outras vezes jogados às margens de rodovias etc. No saldo final, toneladas e mais toneladas de lixos.
Ora, que pena não conceber o mesmo espaço habitado e compartilhado como o mais belo jardim ou pomar a ser cuidado. Com isso nossas belezas ficam cada vez mais ameaçadas. Ademais, que legado vamos deixar para as vindouras gerações? Em que tipo de ambiente viverão ou sobreviverão nossos filhos, netos e toda a nossa parentela? Sem querer ser pessimista, uma olhada de conjuntura nos leva a pensar que, talvez, a única coisa que a atual geração vai deixar será um gigantesco e putrefato caixote de lixos.
Tomara que não! Se cada segmento fizer a sua parte e se cada um cuidar com zelo do seu quintal, da calçada e das praças, essas ações, com certeza, se estenderão para toda a sociedade. Se não vamos resolver o grande problema do meio ambiente, certamente vamos minimizar e impedir que o mal cresça como doença ruim que se espalha para todo canto.
“É necessário que o mundo, depois de sua passagem por ele, seja algo melhor, porque viveu nele. Que depois de você ter vivido, nesta terra, ela fique um pouco mais arejada com menos egoísmo, menos ódio, menos fome, e mais amor. Aquele AMOR CRISTÃO AUTÊNTICO e generoso, que pode realizar o milagre de embelezar o meio ambiente em que você vive e trabalha a ponto de todos se sentirem bem, a ponto de todos se confraternizarem, na alegria e na felicidade”. (SERPAL).
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