O Grupo Zelo, empresa com atuação em diversos estados do Brasil, anunciou a abertura de 23 vagas de emprego para a região de Belo Horizonte. As oportunidades abrangem diversas cidades, incluindo Ribeirão das Neves.
As vagas disponíveis são para diferentes funções, como vendedor externo, analista de Recursos Humanos (RH), analista de suporte e assistente administrativo, entre outras. Todas as posições são em regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e oferecem benefícios como vale-transporte, plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida.
Para os interessados em concorrer a uma das vagas, o Grupo Zelo disponibilizou um link para candidatura: grupozelo.pandape.infojobs.com.br.
Sobre o Grupo Zelo:
O Grupo Zelo é especializado em planos, serviços funerários e cemiteriais, possuindo uma ampla presença em 13 estados e no Distrito Federal. A empresa conta com unidades em aproximadamente 200 cidades e emprega mais de 3 mil colaboradores. Atualmente, o Grupo Zelo oferece cobertura para mais de 4 milhões de vidas, incluindo titulares e dependentes de seus planos.
Esta é uma oportunidade para profissionais de Ribeirão das Neves e cidades vizinhas que buscam novas colocações no mercado de trabalho em uma empresa com atuação nacional. Os interessados devem acessar o link de candidatura para obter mais informações sobre as vagas e realizar a inscrição.
Quando falamos em patrimônio cultural, muitas vezes nos vêm à mente imagens de igrejas barrocas, casarões antigos ou objetos preservados em museus. No entanto, esse conceito vai muito além da pedra e cal. O patrimônio cultural é, acima de tudo, um campo vivo, dinâmico, que abrange não apenas os bens materiais, mas também as práticas, saberes, rituais, linguagens e modos de vida que compõem o tecido simbólico de uma sociedade.
Em Ribeirão das Neves, essa reflexão ganha contornos ainda mais urgentes. Nossas escolas ensinam — e com razão — sobre o patrimônio histórico do Brasil e do mundo. Mas e quanto à história que se desenrola aqui mesmo, nas ruas, vielas, praças e feiras da nossa cidade? Quantas crianças e jovens conhecem as origens do lugar onde vivem, as tradições locais, os personagens invisibilizados que ajudaram a construir nossa identidade?
Reafirmar a importância do patrimônio cultural nevense é um gesto político e poético. É reconhecer que, para além dos estigmas históricos e do imaginário que nos reduz a uma cidade-prisão, Ribeirão das Neves pulsa cultura em cada canto. O patrimônio aqui também se expressa nas festas populares, nas receitas tradicionais, nos versos do rap local, nas histórias, na poesia, no quilombo, nas praças e espaços culturais, nos terreiros, nos grupos de dança, nas práticas religiosas, nos ofícios passados entre gerações. Tudo isso compõe a alma de uma cidade.
Valorizar esse patrimônio imaterial — aquilo que não se toca, mas se sente — é também valorizar as pessoas. O morador que conta histórias da urbanização da cidade, a mestra do congado que resiste com fé e tambor, o educador que transforma o cotidiano com afeto e criatividade. Todos são guardiões de um saber que não está nos livros, mas que habita o corpo, a fala e a memória.
Mapear e compartilhar essas narrativas é mais do que um exercício acadêmico ou cultural: é um ato de justiça. E é nesse movimento que ações como a oficina “Nossas Histórias, Nosso Patrimônio: narrativas compartilhadas”, realizada no dia 5 de abril na Casa Semifusa, assumem um papel central. Fruto do edital 113/2024 da Prefeitura de Ribeirão das Neves, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) — instituída pela Lei 14.399/2022 —, a atividade propôs um encontro entre memória e presente, escuta, e criação coletiva.
A oficina foi uma oportunidade de lançar um olhar mais atento para o que nos constitui como comunidade: os gestos cotidianos, as lembranças que resistem ao tempo, as vozes que costuram o passado e o futuro da cidade. E tudo isso com o apoio de uma política pública construída em parceria entre a União, Estados, Municípios e o Distrito Federal, que reafirma o compromisso com a diversidade cultural e com a democratização do acesso à cultura em todas as regiões do país.
Para quem quiser conhecer melhor os materiais produzidos e as reflexões compartilhadas durante esse momento, os links estão disponíveis ao final deste artigo.
Pensar políticas públicas que contemplem a educação patrimonial, que incentivem a escuta das comunidades e a valorização dos saberes locais é fundamental. Só assim poderemos construir uma cidade mais justa, com memória, identidade e pertencimento.
Ribeirão das Neves não é só pedra e cal. É também corpo, voz, dança, reza, resistência e sonho. Identificar, mapear e compartilhar esse patrimônio é também um gesto de resistência: é preservar a alma coletiva de Ribeirão das Neves — seus afetos, suas lutas, seus saberes e a potência viva de ser quem se é, apesar dos apagamentos.
Link para download ebook https://shre.ink/MD32
Arquivo Narrativas Compartilhadas - https://heyzine.com/flip-book/56cff31916.html
Acontece neste sábado, 19 de abril, a 4ª edição do Amargem Now, evento cultural promovido pelo coletivo @amargemvilabispo. Nesta edição, além de apresentar os trabalhos de artistas locais, o evento prestará homenagem a um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB), Pixinguinha.
Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, nascido em 23 de abril de 1897, no Rio de Janeiro, foi um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador de grande importância para a música nacional. Autor da icônica canção "Carinhoso" e de um vasto repertório de melodias marcantes, Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da MPB e um dos principais representantes do choro brasileiro.
O evento será realizado no Espaço Cultural Amargem, localizado na Rua Petrópolis, nº 219, no bairro Vila Bispo de Maura, em Justinópolis, Ribeirão das Neves. A programação terá início às 16h20 e contará com diversas atrações para o público nevense.
Entre as atividades confirmadas estão apresentações dos DJ's Amargem (Digô, Ducs & Sankara) e DJ Mujica, oficinas de autopublicação, desenho com Marckos Art e poesia. A Corporação Musical Villa Lobos também marcará presença, e haverá distribuição de chocolates para as crianças.
O Amargem Now é uma produção do Coletivo Amargem, com apoio da @agenciadenoticiasdasfavelas. O evento busca promover a cultura local e proporcionar um espaço de encontro e celebração para a comunidade de Ribeirão das Neves.
Serviço:
Evento: 4ª Edição Amargem Now
Data: Sábado, 19 de abril
Horário: A partir das 16h20
Local: Espaço Cultural Amargem (Rua Petrópolis, nº 219 - Vila Bispo de Maura, Justinópolis, Ribeirão das Neves)
Realização: Coletivo Amargem (@amargemvilabispo)
Apoio: @agenciadenoticiasdasfavelas
A vereadora Marcela Menezes (PT) protocolou o projeto de lei, de nº 026-C/2025, que está em discussão na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves e promete alterar a forma como diretores e vice-diretores são escolhidos para as escolas municipais. A proposta busca democratizar a gestão escolar, dando mais voz à comunidade e aprimorando a qualificação dos candidatos, de acordo com a vereadora.
O que muda com o projeto?
Atualmente, a legislação municipal exige que candidatos aos cargos de direção e vice-direção atendam a diversos critérios, incluindo tempo de atuação na escola, avaliação de desempenho e aprovação em uma prova. O ponto central da mudança proposta é a substituição desta prova por um curso de capacitação oferecido pela Secretaria Municipal de Educação.
Segundo a justificativa do projeto, essa alteração visa tornar o processo mais justo e formativo, qualificando os profissionais da própria escola sem excluí-los por meio de uma prova. A vereadora Marcela Menezes (PT), autora da proposta, argumenta que o modelo atual permite que, caso nenhum candidato da escola seja aprovado na prova, a prefeitura possa indicar qualquer pessoa para o cargo, mesmo sem vínculo com a comunidade escolar.
Além da mudança na forma de avaliação dos candidatos, o projeto de lei torna obrigatória a consulta à comunidade escolar antes da nomeação de diretores e vice-diretores. O objetivo é garantir que a escolha dos gestores reflita a vontade e as necessidades de alunos, pais, professores e funcionários.
O projeto também estabelece um mandato de quatro anos para os diretores e vice-diretores e altera os procedimentos em casos de não formação de chapas de candidatos e de vacância dos cargos. Nessas situações, a prioridade será a indicação de servidores ou funcionários da própria rede municipal que façam parte da comunidade escolar. Somente em último caso, se não houver indicações da comunidade, a Secretaria de Educação poderá indicar um nome.
Curso de capacitação como alternativa à prova
A proposta de substituir a prova por um curso de capacitação é um dos pontos mais destacados do projeto. Marcela defende que o curso será um caminho mais justo para qualificar os profissionais da educação, valorizando a experiência de quem já atua nas escolas e garantindo que a comunidade escolar tenha um papel central nas decisões.
A justificativa do projeto ressalta que a mudança não deve gerar custos adicionais para o município, pois os recursos que eram destinados à aplicação das provas poderão ser realocados para o curso de capacitação.
Tramitação na Câmara Municipal
O Projeto de Lei nº 026-C/2025 atualmente encontra-se na Comissão de Legislação e Justiça (CLJ), onde o vereador Ramon do Girico se auto designou relator. Os vereadores Weberson Diretor e Estevão do Ranchinho também integram a comissão. Estevão já manifestou seu apoio ao projeto, mas a decisão de Ramon e Weberson será crucial para a continuidade da tramitação. Caso a CLJ aprove o projeto, ele seguirá para votação em plenário, onde todos os vereadores terão a oportunidade de se manifestar.
A vereadora Marcela Menezes convidou a população nevense a acompanhar de perto a tramitação do projeto, dialogar com os vereadores e apoiar a iniciativa, que busca fortalecer a gestão democrática e a participação da comunidade na educação municipal.
Passageiros de um ônibus que trafegava na BR-040 em Ribeirão das Neves sentido BH, denunciam um episódio de violência e agressão física cometido por fiscais de transporte. O relato, enviado por um familiar das vítimas, detalha uma abordagem truculenta que teria resultado em agressões físicas graves e na retenção de um aparelho celular.
De acordo com o boletim de ocorrência, o incidente ocorreu quando os fiscais solicitaram que alguns passageiros desembarcassem para seguir em um próximo veículo, mesmo eles informando que haviam pago as passagens, mas não conseguiriam passar para trás do ônibus, em virtude do veículo estar cheio. Em meio à solicitação, um dos irmãos do denunciante teria sido agredido com um tapa no rosto por um fiscal.
Ao presenciar a agressão, o outro irmão da testemunha teria descido do ônibus para questionar o motivo do tapa. A situação escalonou rapidamente, e o relato aponta que outros três fiscais se juntaram ao primeiro e agrediram o segundo irmão.
A vítima que inicialmente sofreu o tapa teria tentado fugir da agressão, correndo em direção à BR-040 e quase sendo atropelada por uma carreta ao pular o canteiro central, seguindo sentido Ceasa.
O segundo irmão, que tentou intervir, teria sido cercado por cinco fiscais que o agrediram com socos, chutes e golpes com o cabo de um revólver na cabeça e no rosto. A denúncia destaca que a vítima já possuía pontos na cabeça devido a um acidente recente, e as agressões teriam reaberto os ferimentos, causando sangramento e dificuldades respiratórias, além de vômito com sangue.
Os fiscais teriam ainda confiscado o celular da vítima, impedindo que ele se comunicasse com seus familiares.
Até o momento, não há informações sobre a identificação dos fiscais. A denúncia levanta sérias questões sobre a conduta e o preparo dos profissionais responsáveis pela fiscalização do transporte público na região, bem como a supervisão dessas atividades.
A reportagem tentou contato com as autoridades competentes e com a possível empresa responsável para obter um posicionamento sobre o caso e buscar mais informações sobre o ocorrido. O espaço permanece aberto para manifestações.
Setenta e cinco casais de Ribeirão das Neves, formalizaram suas uniões em um casamento coletivo realizado nesta sexta-feira (11 de abril de 2025). O Mutirão de Conversão de União Estável em Casamento ocorreu no auditório da Cidade dos Meninos, no bairro Savassi, em Neves. A iniciativa foi organizada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) – Comarca de Ribeirão das Neves, em parceria com a Defensoria Pública de Minas Gerais e o Sistema Divina Providência.
A cerimônia reuniu pessoas de diversas idades, que trocaram alianças. Segundo a coordenadora do casamento coletivo pelo TJMG de Ribeirão das Neves, Juliana de Andrade, os casais participantes comprovaram união estável de no mínimo um ano e renda de até três salários mínimos, sendo a ação voltada para a população de baixa renda. "Não há limite de idade. O casal mais experiente convive há 30 anos e demonstrava muita alegria", afirmou Juliana.
Sonho realizado com apoio profissional
A celebração proporcionou aos 75 casais uma recepção especial. Noivas receberam serviços de maquiagem, unhas e penteado, enquanto noivos tiveram atendimento de barbearia, tudo realizado gratuitamente por alunas dos cursos profissionalizantes do Sistema Divina Providência.
"Nossos alunos participaram da organização do cerimonial, desde o canto na abertura e entrada dos noivos até o encerramento. É uma oportunidade para eles praticarem o aprendizado e levarem alegria às pessoas neste dia", explicou Gérsica Reis, coordenadora geral dos cursos profissionalizantes do Sistema Divina Providência.
Emoção e significado
A estudante de psicanálise Valéria Mendes da Silva, 46 anos, expressou surpresa com a organização do evento. "Estou vivendo um sonho. Sem essa iniciativa, não teria condições de realizar um casamento assim", ressaltou.
Para a autônoma Carolina de Oliveira Barbieri, 36 anos, a data da cerimônia coincidiu com o aniversário de sua mãe, falecida em 2024. "É um presente e uma forma de sentir que ela está comigo neste momento especial", declarou Carolina, que já tem três filhos, assim como o marido tem um. "Nossa família está completa e estou muito feliz por esta celebração e pelo tratamento atencioso que recebemos."
A Prefeitura de Ribeirão das Neves anunciou nesta terça-feira (8), a ordem de serviço para a reforma completa do telhado do Hospital São Judas Tadeu. A informação foi divulgada pela administração municipal.
De acordo com a prefeitura, a obra terá início imediato e tem como objetivo resolver os problemas de infiltração e vazamento, protegendo os equipamentos hospitalares e melhorando as condições dos leitos. A intervenção, segundo o órgão, também proporcionará mais segurança e conforto para pacientes e profissionais da unidade.
O prefeito Túlio Raposo, afirmou que a administração está "cuidando da saúde de Neves em todas as frentes, com planejamento, investimento e, principalmente, com respeito por quem mais precisa". A reforma, segundo o prefeito, representa "mais um passo importante na qualificação do nosso sistema de saúde pública".
A prefeitura informou que segue investindo em melhorias estruturais, na valorização dos profissionais da saúde e na ampliação dos atendimentos, visando garantir um serviço "cada vez mais eficiente e humanizado".
Me recordo vividamente, da notória palestra ministrada pelo Sr. Salvador Thomé da Silva, figura emblemática da Penitenciária José Maria Alkimin - PJMA, ele que começou a trabalhar na unidade em 1959. Em palavras memoráveis discursava sobre o processo de implementação da “Colônia Agrícola” sob a imensidão territorial da Fazenda Mato Grosso: “... Me alegro de ter convivido em uma época em que os presos cultivavam lavoura, criavam gado e eram operários de fábricas de calçados, uniformes, brinquedos e tijolos – tudo instalado dentro dos muros da prisão.”
PJMA – Patrimônio histórico e cultural de Ribeirão das Neves
A história da PJMA é indissociável a história da cidade. Inaugurada em 1938 como modelo de ressocialização, a unidade acompanhou as transformações sociais, políticas e econômicas em meios as últimas décadas.
Em 2007, o Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural de Ribeirão das Neves reconheceu importância histórica e cultural da PJMA ao aprovar o tombamento do referido conjunto arquitetônico, valorizando o seu papel da unidade prisional no desenvolvimento socioeconômico municipal. (Fonte: https://www.ipatrimonio.org/ )
Contribuições para o desenvolvimento local
A construção da PJMA impulsionou o crescimento demográfico e econômico de Ribeirão das Neves, empregando trabalhadores da construção civil, funcionários administrativos e carcereiros, além de ampliar o comércio e a prestação de serviços locais.
A busca por um novo destino em meio à crise do sistema prisional
O movimento "Desativa PJMA" propõe transformar a penitenciária em um campus da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) ou de modo alternativo: um espaço destinado a preservação da memória nevense.
ANALISANDO ALGUMAS DAS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS EM CASO DE DESATIVAÇÃO:
Exemplo de requalificação patrimonial
A antiga cadeia de Fortaleza-CE, foi adaptada como Centro de Turismo do Estado, acomodando lojas de artesanatos e um museu de artesãos populares, o espaço oferece visitas guiadas, possibilitando que os turistas conheçam a fundo, sua história, curiosidades e, bem como, a sua relevância no contexto cultural.
Transformação social e educacional
Se no terreno for construído um centro educacional, universidade, faculdade ou escola técnica, geraria novas oportunidades de qualificação profissional e novas vagas de empregos diretos e indiretos.
Valorização cultural e histórica
A instalação de um espaço de memória e cultura preservaria a história da PJMA e da cidade, fazendo com que Ribeirão das Neves fosse incluída nos roteiros turísticos mineiros, atraindo estudantes, pesquisadores e historiadores, o que impulsionaria o fluxo hoteleiro, o comercio e a gastronomia local.
Pelo fim da estigmatização
A desativação da penitenciária contribuiria para a redução dos estigmas associados à região que enfrenta dificuldades para atrair investidores e fomentar o desenvolvimento de novos negócios.
Alivio no sistema municipal de saúde
Com a redução do quantitativo de IPL’s (internos) na cidade, carretaria na redução de escoltas e internações hospitalares, desafogando consideravelmente o fluxo de atendimentos no sistema de saúde municipal.
Valorização imobiliária
A conversão de prédios penitenciários para usos residenciais ou comerciais resultaria em uma possível valorização imobiliária na região, beneficiando tanto proprietários de imóveis, quanto investidores.
Agilidade e eficiência nos processos penais
Com a redução do quantitativo de IPL’s no município, ocorreria uma melhoria significativa no fluxo de processos penais sob responsabilidade da Comarca local, permitindo uma análise mais célere dos pedidos de progressão de regime, livramento condicional e outros benefícios previstos na Lei de Execução Penal (LEP).
Construção de novas unidades para além de Ribeirão das Neves
Para garantir uma distribuição mais justa da população carcerária em Minas Gerais, a desativação de uma unidade de grande porte como a PJMA deve ser condicionada à construção de novas unidades prisionais e vagas em outros municípios do estado.
Realocação de servidores públicos em unidades prisionais da mesma regional
A desativação da PJMA possibilitaria a alocação dos policiais penais nas unidades vizinhas, suprindo o déficit de servidores e preenchendo postos ociosos. Essa medida evitaria o comprometimento da segurança e da manutenção da ordem nas demais unidades prisionais.
Cidadania participativa
É fundamental envolver a comunidade local no debate sobre o futuro uso do espaço desativado, garantindo que ele atenda às suas necessidades e expectativas. Promova a participação pública e o debate aberto em torno deste tema.
Reflexão sobre o futuro da PJMA
A desativação da PJMA representa um cenário complexo, repleto de desafios e implicações sociais, trazendo à tona, uma eventual ressignificação do espaço histórico a fim de impulsionar o desenvolvimento sustentável de Ribeirão das Neves. Esta reflexão visa estimular o envolvimento ativo e democrático da comunidade no processo de identificar alternativas que promovam o desenvolvimento social e econômico local de forma integrada e sustentável.
Ribeirão das Neves não é somente uma cidade, é um conjunto de histórias não publicizadas, um lugar onde cada bairro guarda uma narrativa que por vezes os livros ignoram. Oficialmente, nomes como Jacintho Vieira da Costa e o Padre José Maria de Andrade se destacam. E os outros? Os que ergueram a cidade com as mãos, os que encontraram abrigo no quilombo, as mulheres que lutaram por melhorias em seus bairros, pessoas que hoje resistem para não virar somente estatística nos mapas da desigualdade. A história da cidade foi contada por aqueles que detinha o poder: os senhores da terra, os políticos e a elite local.
A mídia repete o rótulo de "cidade dos presídios", mas não mostra os coletivos culturais que transformam espaços abandonados em centros de arte, os jovens que convertem muros em telas de graffiti, nem os educadores populares que reinventam a pedagogia nas periferias, muito menos as lideranças comunitárias que estabelecem redes de solidariedade nos lugares mais esquecidos.
Enquanto as manchetes destacam os números da violência (que não são baixos), ignoram saraus literários que surgem nas escolas públicas, grupo de teatro que encena histórias da comunidade, o artesanato, o congado e as rodas de capoeira que mantêm viva a ancestralidade na cidade. A verdadeira cidade, com sua diversidade, com seus desafios e também possibilidades, pulsa a todo instante em espaços que a mídia não vê, ou escolhe não mostrar.
Então, qual história queremos contar? Quem merece estar nas páginas do que será lembrado? Ribeirão das Neves não é só feita de grandes nomes, mas de gente comum que faz a cidade ser o que é. Líderes comunitários que lutam por melhorias, mestres da cultura popular que preservam tradições, coletivos que transformam as dificuldades em potência.
Não se trata de apagar ninguém da história, mas de ampliar o olhar. Porque uma cidade não se constrói só com engenheiros, mas também com pedreiros. Não apenas com políticos, mas com aqueles que organizam a vida nas periferias. Não só com os nomes que estão nas placas das ruas, mas com os rostos anônimos que as percorrem todos os dias.
Ribeirão das Neves é muito mais do que contaram até agora!
Observação: este artigo é fruto de uma pesquisa viabilizada pela Lei 195/2022 Paulo Gustavo de Ribeirão das Neves.
O RibeiraoDasNeves.net é atualmente o maior site de conteúdo de Ribeirão das Neves. Nosso principal objetivo é oferecer diariamente aos nossos leitores informação de utilidade pública e imparcial.
No ar desde janeiro de 2009, o portal é a maior referência na internet para assuntos relacionados ao município.
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