Durante o calor todos devem redobrar os cuidados com a alimentação, pois a ocorrência de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos e Água é potencializada nesses períodos. Isto acontece porque a elevação da temperatura propicia maior alteração do alimento e a maioria das bactérias patogênicas (que causam mal à saúde) se desenvolvem melhor em temperaturas altas, embora alguns microorganismos possam crescer em temperaturas abaixo de 5°C.
A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) define surto de DTA como episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. Doenças que afetam o intestino, causando diarréia e Gastroenterite, Salmonelose, Botulismo, Febre Tifóide, Brucelose, Toxoplasmose, Cólera, Hepatite A, Cisticercose, entre outras, são algumas que se caracterizam como DTA.
Segundo a referência Técnica em Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, Renata Boldrini, essas enfermidades surgem devido à ingestão de alimentos ou água contaminados por inúmeros agentes etiológicos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. E se não forem tratadas adequadamente, como no caso das desidratações severas, em crianças e idosos principalmente, podem levar à morte.
Dicas em casa e para quem come fora
Os transtornos alimentares podem ser evitados ao se adotar práticas adequadas em todas as etapas de preparo e consumo dos alimentos, tais como: não misturar alimentos crus com alimentos cozidos; não permitir a exposição dos alimentos cozidos em temperatura ambiente por mais de 2 horas; lavar as mãos antes e depois de manipular alimentos; cozinhar os alimentos em temperatura adequada e utilizar somente água potável para preparar os alimentos; não guardar comida por muito tempo, mesmo que seja na geladeira, não descongelar os alimentos à temperatura ambiente, não utilizar alimentos depois da data de vencimento, consumir alimentos já processados e inócuos, como leite pasteurizado e água tratada.
A dica para quem se alimenta fora de casa é verificar as condições higiênico-sanitárias dos locais onde se alimenta, tais como: higiene do ambiente, dos utensílios e a dos funcionários que manipulam os alimentos. Também é importante observar como os alimentos estão dispostos à venda ao consumidor. Em self-service e lanchonetes, por exemplo, observar se os alimentos estão no balcão em temperatura adequada (quente ou fria) e se estão protegidos. Caso identifique alguma irregularidade, procure a vigilância sanitária do município onde está localizado o estabelecimento.
Agência Minas