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Antônio Carlos Benvindo

Foi revelado no último mês de 2011, o novo Mapa da violência em todo o Brasil, realizado pelo Instituto Sangari.  O intuito do estudo procurava elencar um conjunto de informações que possibilitem a elaboração desse diagnóstico de violência, seja por parte das autoridades, seja pela sociedade civil, ou de forma conjunta.

A pesquisa foi recortada em três períodos distintos, o primeiro de 1980 a 1994, o segundo período entre 1994 a 2004, e por fim o período de 2004 a 2010, o último período foi analisado de forma aprofundada. Segundo o mesmo, houve regressão dos índices de violência no Estado, que caem 20,1%, enquanto as taxas do país, no mesmo período regridem apenas 3,1%. Essas quedas, segundo o estudo, se devem ao fato das Regiões Metropolitanas mineiras, caírem 39% nos índices de homicídios. O interior, pelo contrário, continua a aumentar seus índices: cresce 17,3%, resultando em obstáculo para o aprofundamento das quedas estaduais.

Ainda conforme os estudos, em 2004, 485 dos 853 municípios mineiros – 57% - não tiveram registro de homicídios. Em função das significativas quedas do estado, era de esperar que em 2010 esse número de municípios livres do flagelo fosse maior ainda. Porém o estudo revela que o número de municípios diminuiu passando para 446, que corresponde a 52% dos municípios do Estado.

Embora haja quedas estaduais, era de se esperar uma diminuição no número de municípios com taxas acima de 26 homicídios em 100 mil habitantes. Porém, o número cresceu, passou de 69 municípios para 85 em 2010. Entre esses municípios que os índices de morte estão acima de 26 homicídios a cada 100 mil habitantes, infelizmente, Ribeirão das Neves se enquadra. Talvez nenhuma surpresa, por tudo que vemos no nosso dia a dia, ao nosso redor, em nossos bairros. A situação é cada vez mais preocupante, quando vislumbramos o futuro de nossos jovens, muito embora a pesquisa não aponte, fazendo uma análise sem afirmar, muitos desses homicídios tem como vítimas jovens entre 16 e 24 anos. Crianças, que poderiam dedicar-se ao futebol, ou a outro tipo de arte. Conheci muitos que morreram que tinham qualidades inesgotáveis, e grandes chances de se tornarem pessoas diferentes, mas que foram sucumbidos pelas drogas, pelo álcool, ou por questões afins.

A violência é um mal na nossa cidade, em minha opinião é provocada pela falta de investimento, principalmente no que se refere à cultura e arte, dando às crianças (que são nosso futuro) a oportunidade de ter contato com um mundo diferente do que elas estão acostumadas. Minha avó sempre dizia “cabeça vazia é oficina do diabo”, hoje acredito muito nisso, e o diabo é a violência, mensurada nas estatísticas.

Confira o estudo completo no site: www.institutosangari.org.br

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O que vejo de propostas para nossa cidade não é o esperado por todos; ou pela maioria. Pelo menos é o que acompanho em pequenas pesquisas nos grupos de amigos moradores de Neves. Talvez não só pela certeza consolidada de mais complexos de penitenciárias pra cá, mas também pelo descaso estatal e a inércia das dívidas sociais que ainda não se consolidaram por aqui.

Entra ano, sai ano, muda governo e o que vejo de mudança, talvez não caiba em grão de areia. Ainda acredito que irão se vangloriar e fazer como “Pôncio Pilatos” na próxima eleição.

O descaso se torna real ao vermos projetos estatais, como a “Cidade Administrativa” sair do papel e ser construída como se fosse o “Muro de Berlim”. Exagero meu, é obvio, mas projetos faraônicos para estrangeiro sair do aeroporto de Confins e admirar.

A Copa de 2014 vem aí e o meu temor são os “elefantes brancos” que virão de herança para Belo Horizonte. É inegável que trará progressos para muitas cidades, mas e Neves? Quais os planos para nossa cidade?

Enquanto nenhum planejamento é feito, a Rodovia LMG-806 não saiu do papel e o CEFET ou a Universidade viraram lendas. Dessa forma, volto cobrar, onde está a quitação de nossa dívida social? Gostaria de um mínimo em reparação, um asfalto decente que seja, um transporte digno talvez, ou poder trabalhar dentro da minha cidade e contribuir pra o crescimento da mesma. Será que é pedir demais?

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Sarney foi reeleito presidente do senado, escolhido em votação secreta no Plenário, logo após a cerimônia de posse dos 34 novos eleitos e os 17 que foram reeleitos no senado. Sarney ocupará o cargo pela 4ª vez, com 80 anos, o senador do PMDB afirmou em entrevista a Revista Carta Capital: "Sem dúvida, é o meu último mandato, não concorrei mais".

Analisando o que acontece com nossa política interna, como a reeleição de Sarney ao senado e própria presidência, verifico como há inúmeros remanescentes de uma política ultrapassada. Sarney é um resto de "coronelismo" que perdura em nosso cotidiano, é uma "doença" política que insiste em nos seguir. A Ditadura acabou, mas o coronelismo não.

Sarney foi reeleito presidente do senado, graças as manipulações políticas e trocas de favores entre partidos, para se ter uma ideia dos 81 votos, apenas 8 foram para Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que era o único concorrente de Sarney, 2 votos brancos e 1 nulo, o restante foi para o excelentíssimo senador.

Vou usar uma palavra da minha professora Cássia Torres, "Preguiça", este é meu sentimento em relação a política brasileira. Uma política que faz acordos visando o benefício próprio dos políticos, com suas trocas de favores, me faz lembrar a Lei Satânica de Hobbes: "o Estado cria leis para beneficiar o próprio Estado". Assim é nossa política local, atrasada que ainda guarda resquícios de um período colonial, do coronelismo e das capitanias hereditárias.

Trago a tona este tema, pelo seguinte mérito, o Presidente do Senado é crucial em nosso cenário político, cabe a ele:

- Dirigir a mesa diretora do Senado e definir a "ordem do dia" das sessões deliberativas;

- É o presidente do Senado quem convoca e preside as sessões do Congresso que reúnem os 513 deputados e os 81 senadores;

- Preside sessões, como a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), do Orçamento Geral da União e da análise de vetos presidenciais.

Por esta razão, sinto falta no brasileiro do ímpeto que vejo nos dias atuais no Egito. Mas continuamos com a inércia do país do carnaval e do futebol, que aceita de "boca fechada" (com raras exceções) qualquer decisão tomada por nossos governantes.

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Todo ano que inicia, traz consigo na programação da Rede Globo de TV um Big Brother Brasil, aproveitando a ociosidade dos programas habituais. Esta é a 11ª Edição do programa e a fórmula pasteurizada de todos os reality's show's, algumas pessoas enclausuradas dentro de uma casa e quem ficar até o final ganha o grande prêmio.

Estava verificando os participantes deste ano e como os anos anteriores as pessoas seguem o padrão do culto ao corpo e pouca inteligência, escolhidas a dedo pelos expert's em comportamento humano, pessoas bem heterogêneas para causar as brigas que alavancam a audiência do reality show.

O intuito das pessoas dentro da casa é provocar no telespectador um carisma por ele, geralmente esse carisma acompanhado de um belo corpo é a fórmula pronta pra ganhar o prêmio.

Assim como todo ano, os BBB's que não ganharem prêmio se tornarão celebridades efêmeras, posarão para revistas, serão convidados para festas diversas, se elegerão em alguma eleição ou até consigam um trabalho na poderosa Rede Globo.

O fato que em 10 anos deste programa não acrescentou em nada para a cultura brasileira, não foi formado lá nenhum Chico Buarque ou Milton Nascimento, nem mesmo um novo Carlos Drummond. Apenas quem ganha é os participantes e a própria Globo, que utiliza o programa para sair do vermelho, através de inúmeros "merchandising" e ligações das pessoas que se dispõe a perder seu tempo ligando para votar em alguém.

Inutilidade pública, bem característica da TV brasileira que há anos vem entulhando lixo nos telespectadores, na maioria passivos de uma alienação subliminar que J.B. Thompson (2001) chama de "Poder simbólico". Segundo Thompson, "o poder simbólico transita entre as pessoas de diferentes esferas sociais indicando opiniões e modelos políticos", assim nos tornam cada vez mais ignorantes e sem opinião própria.

A partir daí lhes dou uma dica, desenterrando uma antiga propaganda da MTV: DESLIGUE A TV E VAI LER UM LIVRO!

Referência bibliográfica: THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: Uma teoria social da mídia. Editora Vozes: Petropólis, 1998, p.261.
Fonte de dados: http://www.g1.com.br/

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Seria cômico e redundante se não fosse trágico, mas Ribeirão das Neves é a 1ª colocada em Minas Gerais, em indíce de homicídios entre jovens de 12 a 18 anos de idade. Estes dados foram divulgados no dia 8 de Dezembro de 2010, o IHA (Índice de Homicídios na adolescência) avalia o risco de morte para adolescentes em municípios urbanos e é desenvolvida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Observatório das Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV - Uerj).

Constatação de uma rotina vivenciada por todos que moram nesta cidade sofrida, que têm deficiências sociais que se tornaram um "Câncer" e retardaram o crescimento da mesma. Culpa talvez de um processo histórico cruel, permeado por governos corruptos e sanguessugas, cadeias, marginalização de pessoas residentes das áreas mais pobres e falta de recursos para educar de forma efetiva a maior parte da sociedade residente na cidade. Em comunhão com a falta de políticas sociais que enfatizem a importância da cidadania, além da escassez da contribuição da sociedade privada Nevense, ainda provinciana e com administrações ultrapassadas, que não tomam atitudes de responsabilidade social, como ocorre em muitos casos em Belo Horizonte. Haja vista eventos culturais patrocinados pela empresas de comunicação: Vivo, Oi,Tim e Claro. E outras que preservam determinados pontos da cidade, como a Vale que cuida da Praça da Liberdade, entre outros.

Enfim, estes dados apenas comprovam a verdade vivida por quem mora em Neves. Quem não teve um vizinho menor de 18 anos que tenham morrido assassinado? Vi crianças que cresceram ao meu redor e serem levados pelo crime. Será que por falta de estrutura familiar? Falta do apoio do Estado? Não interessa neste momento. O fato que todas as crianças necessitam de oportunidades, isto é notório que em Ribeirão das Neves não há.

Fonte de dados: www.direitoshumanos.gov.br/2010/12/08-dez-2010-indice-avalia-risco-de -morte-para-adolescentes-em-municipios-urbanos

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Foi dada a largada para as Eleições 2010, cada partido se mobiliza para apresentar seus respectivos candidatos, principalmente os presidenciáveis.

Nesta eleição, a internet novamente vai ter um papel fundamental, as mensagens já se propagam na rede geralmente com o intuito de fazer campanha negativa dos concorrentes. Cabe aos receptores distinguirem se as informações são verossímeis.

A grande rede, que por sinal tem modificado a maneira de fazer política, no mês de maio foi aprovado pelo congresso o projeto de Lei Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de políticos com algum crime, cabe ressaltar que o projeto foi aprovado graças a uma pressão popular incessante, que recolheu via internet mais de 4 milhões de assinatura.

A classe política está com a imagem deteriorada junto à sociedade civil, isso devido aos inúmeros casos de corrupção e vexames constantes, mas é um “mal necessário”. É de suma importância à população, ter consciência que a política faz parte de nossas vidas e, consequentemente, o voto é a “arma” que temos. Como disse o rapper Aliado G: “Não acompanhar política é o mesmo que parar relógio para economizar hora”. A política está ao nosso lado e temos que ficar alerta aos acontecimentos.

O problema cultural de uma política corrupta deve ser revertido com atitudes, tais como: pesquisar sobre os candidatos antes de votar, verificar se o mesmo não tem problemas com a justiça. A memória curta do brasileiro e uma boa publicidade dos candidatos podem cegar nossos valores e fazer esquecer qualquer problema que tenha ocorrido antes de sua candidatura. Atenção e consciência poderão evitar: Arruda’s, Sarney’s e Maluf’s de se elegerem novamente.

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