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Falsa sensação de vazio

Essa é a sensação que percebo ao aguardar meu ônibus no ponto da Rua Oiapoque, em Belo Horizonte, atualmente. A mudança de algumas linhas de ônibus que transitam pela BR-040 reduziu muito o contingente de pessoas nessa rua, no horário de pico, porém continuo com a mesma percepção de outrora, que o nosso transporte continua deficitário. Se a intenção foi exatamente esvaziar aquele local, de fato o DER ou SETOP conseguiram, porém como mencionei, há algo estranho no ar.

Algum tempo atrás liguei para a garagem da Transimão, empresa que monopoliza o transporte público na região de Ribeirão das Neves e Contagem, minha intenção era reclamar porque o ônibus não estava saindo no horário determinado para os mesmos. Mal sabia que agora eles não têm mais horário naquele local, ou seja, embarca quem tiver no ponto e eles partem de volta para o bairro de destino. Essa mudança é ótima para quem estuda até tarde e tem deficiência de horário como é o meu caso.

Ironias a parte, para vocês entenderem, se antes eu embarcava num ônibus às 22 horas e 40 minutos, agora posso perder o mesmo por questões de 5 a 10 minutos, e sabe qual será o próximo horário, nada mais que 1 hora depois desse anterior. O caos não se encerra por ai, as informações que temos é que as linhas se dissipem ainda mais pela cidade, ou seja, a intenção do DER, que não consegue resolver os problemas de transporte na RMBH, é diluir o problema. Espalhar pontos dos ônibus de Ribeirão das Neves pela cidade e quem depende do mesmo, como fica?

Para concluir meu raciocínio, apenas uma questão, alguém foi perguntado se queria que seu ponto fosse diluído pela cidade? Que seus horários fossem flexíveis? Pergunto isso principalmente para os estudantes, que após um dia árduo de trabalho e estudo dependem de um transporte público deficiente, ineficaz e desestruturado. Na minha modesta concepção, isso não passa de uma medida para estancar uma ferida que não conseguiram sarar. O DER, SETOP e o Estado, simplesmente assinam seu certificado de incompetência para gerir o transporte da RMBH, novamente expulsam os periféricos como historicamente sempre fizeram.

Quer mais um exemplo? Que tal o cartão ótimo, cujo único intuito foi aniquilar os perueiros que aproveitavam a deficiência no transporte para ganhar sua “grana”. Assim que querem, que o cidadão deixe o carro na garagem adote uma medida de responsabilidade social e utilizem o transporte público? Falácia!

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