O trocadilho aqui não é por acaso. Tão pouco a caixa alta é relegada à monótona estética da escrita.
A frase quer remeter ao cuidado que se tem de relevante quando se pensa no controle. O vigiar! O panóptico de Bentham.
O vigiar também remete ao controle. Mas controlar a quem?
Controle por sua vez, remete à dominação de corpos. Mas os corpos de quem?
O controle é dos indesejáveis, os corpos também.
A provocação feita acima, com versos que parecem poesia desconexa, é parte do pequeno ensaio, como provocação para dizer sobre a prisão de Marlon Brendom Coelho Couto da Silva, ou, simplesmente MC POZE do RODO.
A prisão do artista se deu no dia 29 de maio de 2025, em virtude de um mandado de prisão cautelar temporária, pelo prazo de trinta dias, determinado em um Inquérito Policial deflagrado por investigação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, com decisão do Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Regional de Jacarepaguá/RJ.
Os fatos que envolveram a prisão, segundo a investigação, amplamente divulgada na mídia nacional, são Apologia ao Crime e Tráfico Ilícito de Drogas, regulados, respectivamente, pelos Artigos 287 do Código Penal e 33, da Lei 11.343/2006.
A prisão foi relaxada e substituída por medidas diversas da prisão, no dia 03 de junho de 2025, de acordo com a decisão do Desembargador Peterson Barroso Simão, relator do Habeas Corpus 2112027.2025.8.19.0000, ao argumento, em suma, que: “Importante registrar que a liberdade de expressão é direito fundamental que garante a todos a possibilidade de se expressar livremente em suas opiniões, ideias, informações e manifestações ariscais e culturais, sem censura.”
Pois bem, a soltura do artista não revoga e nem minimiza o ato e sua representação perante a sociedade.
A representação é justamente reflexo do racismo. Esse, não só estrutural, mas endêmico e racionalmente incutido no inconsciente popular de forma que, até mesmo parte significativa da população, formada por pardos e negros, foram favoráveis ao ato.
Mas é justificável! O inconsciente popular foi formado, conscientemente, no decorrer da história, para eliminação da cultura negra e tudo o que ela pode representar, principalmente quando o negro que representa sua cultura é um fiel e bem sucedido expoente dela.
Não por menos a prisão de MC POZE DO RODO ocorre no contexto de uma operação policial onde não se consegue justificar os motivos dela.
Inclusive, registra-se que na “coletiva de imprensa” realizada pelos representantes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, tenteou-se justificar que a prisão teria se dado por “envolvimento” com a fação criminosa atuante naquela localidade, sem detalhar qual o envolvimento. É claro, o detalhamento não é feito pela impossibilidade factual de o fazer.
Tal impossibilidade factual se revela justamente pela falta de condições de se fazer conexão da arte propagada por MC POZE DO RODO e qualquer crime, à não ser a lógica perversa de se transverter liberdade de expressão com “Apologia ao Crime”.
A perversa logica revela a tentativa deliberada de eliminação da cultura negra e todos os seus expoentes, tal qual já foi feito quando da criminalização da capoeira, ou promulgação de uma lei que criminalizava a vadiagem, (sua carteira de trabalho está no bolso?) ou mesmo, recentemente, Ação Direita de Inconstitucionalidade – ADI, que defendia a inconstitucionalidade de legislação estadual que permitia o sacrifício de animais em rituais religiosos.
Todos esses exemplos, e não param por aí, são reflexos do constante e incessante massacre da população negra no Brasil, que não perpassa somente pelas execuções diárias perpetradas pelas polícias, mas pela eliminação do povo negro pela supressão de sua liberdade de expressão, garantida constitucionalmente.
É preciso atenção aos discursos maliciosos! Até quando se criminalizará a cultura negra? Até quando as manifestações religiosas serão suprimidas por ideias injustificáveis? Até quando serão mortas crianças de tenrra idade como Juan, Rafaelly, Maria Eduarda; Ester; Jhenyfer, Lohan, Yan, Dijalma e Thiago? Todos assassinados pela Polícia nas periferias do País, somente no ano de 2023.
Façam “POZE”, todos estamos sendo filmados! Nós pretos, pardos, pobres, moradores e oriundos das periferias brasileiras, negligenciados no mais básico que é o direito a educação, saúde, moradia, entretimento, dentre tantos outros e, ainda, mortos cultural e fisicamente pelas “elites” e seus “capitães do mato”, que ainda insistem em empregar violência contra o nosso Povo. O País é nosso e a expressão é livre, sem censura.
Ao fim e ao cabo, é importante lembrar do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema “liberdade de expressão”, previsto na Constituição de 1988, como Direito Fundamental, no Art. 5º, inciso IX, que garante a expressão sem censura prévia.
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[1] BENTHAM, Jeremy. O PANÓPICO. Organização e tradução de Tomaz Tadeu. Editora Autentica. 1ª Edição.
[2] ZAFFARONI, Raul Eugênio; SANTOS, Ilísio Dias dos. A NOVA CRÍTICA CRIMINOLÓGICA Criminologia em Tempos de Totalitarismo Financeiro, Ed. Tirant, 2020.
[3] https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/29/mc-poze-do-rodo-diz-que-prisao-e-perseguicao-tem-indicio-mas-nao-tem-prova-diz-ao-ser-transferido.ghtml
[4] Coletiva de Imprensa realizada pela CNN, com representantes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kLZdbwWgHf0, acessado no dia 05 de junho de 2025.
[5] BRASIL. Congresso Nacional. Código Penal e Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006. As Leis citadas foram as que fundamentaram a investigação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, no caso comentado.
[6] Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Tribunal de Justiça. Decisão proferida pelo Desembargador Peterson Barroso Simão, nos autos do Habeas Corpus de número 2112027.2025.8.19.0000. Disponível em: www.tjrj.gov.br, acessado em 05 de maio de 2025.
[7] ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural – São Paulo : Sueli Carneiro ; Editora Jandaíra, 2020
[8] SOUZA, Jessé. Como o Racismo Criou o Brasil. pg. 140. “No Brasil, a tese de Gobineau acerca da inferioridade natural de mestiços e negros, aceita por todos, sem exceção, até pelo mais radical entre os abolicionistas, como Joaquim Nabuco, foi temperada com uma pitada de esperança. Em vez de condenação à extinção e à morte da espécie, como assegurava Gobineau, desenvolveu-se a ideia do “branqueamento” como a lei social mais permanente do Brasil republicano. A ideia que animava todos os espíritos era a morte lenta do componente mestiço e negro pela extinção do tráfico negreiro, o desaparecimento progressivo dos índios e a migração europeia.”
[9] CÓDIGO PENAL DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. DECRETO NÚMERO 847, DE 11 DE OUTUBRO DE 1890. Capítulo XIII, Dos vadios e capoeiras. Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercício de agilidade e destreza corporal conhecida pela denominação Capoeiragem: andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir lesão corporal, provocando tumulto ou desordem, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal. Pena: de prisão celular por dois a seis meses. Parágrafo único. É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta. Aos chefes ou cabeças, se imporá a pena em dobro.
[10] BRASIL. DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. Estabelece no Artigo 59 que: Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. (REVOGADO)
[11] BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário (RE) 494601, no qual se discutia a validade da Lei estadual 12.131/2004. os votos foram proferidos no sentido de admitir o sacrifício de animais nos ritos religiosos e observou que as divergências dizem respeito ao ponto de vista técnico-formal, relacionado à interpretação conforme a Constituição da lei questionada. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=407159 . acessado em 05 de junho de 2025.
[12] https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/09/29/veja-quem-sao-as-criancas-mortas-pela-violencia-no-rj-e-citadas-em-carta-de-caetano-veloso-ao-papa-francisco.ghtml
[13] SOUZA, Jesse. A ELITE DO ATRASO. Da Escravidão ao Bolsonarismo. Rio de Janeiro: Estação Brasil. 2019
[14] BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Julgamento do RE 1.010.606, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-2-2021, P, DJE de 20-5-2021, Tema 786, onde se estabeleceu, em suma, que: “A liberdade de expressão protege não apenas aquele que comunica, mas também a todos os que podem dele receber informações ou com ele partilhar os pensamentos”. Disponível em: https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/codi/anexo/LiberdadeExpressao_completo.pdf . Acessado em 05 de maio de 2025.
[15] BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Artigo 5º, inciso IX. Acessado em 05 de maio de 2025.
“pode avisar nessa porra, que é nós que tá” (Desabafo 2, MC POZE DO RODO).
Os dados mais recentes do Censo 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6), revelam uma mudança significativa no cenário religioso de Ribeirão das Neves. A população evangélica apresentou um crescimento, enquanto o número de católicos registrou uma queda expressiva, indicando uma quase paridade entre os dois grupos.
O Cenário Religioso em Detalhes
Em comparação com o Censo de 2010, os evangélicos cresceram cerca de 5%, enquanto os católicos diminuíram 9%. Os cidadãos que se declaram sem religião também tiveram um aumento de aproximadamente 1%.
Analisando os números de 2010, a distribuição religiosa em Ribeirão das Neves era a seguinte:
Católicos: 49,5%
Evangélicos: 35,38%
Sem religião: 10,79%
Espíritas: 0,92%
Umbanda e Candomblé: 0,07%
O Censo de 2022, por sua vez, apresenta uma nova realidade, com um cenário de quase empate técnico:
Católicos: 40,81%
Evangélicos: 40,61%
Sem religião: 11,13%
Outras religiões: 6,1%
Espíritas: 0,8%
Tendência Nacional Refletida em Neves
A mudança observada em Ribeirão das Neves reflete uma tendência nacional. Em 2022, 56,7% da população brasileira se declarou católica, o menor percentual já registrado desde que o país iniciou suas pesquisas sobre religião há 153 anos.
Paralelamente, o número de evangélicos no Brasil atingiu seu maior patamar histórico, crescendo 5,2 pontos percentuais entre 2010 e 2022, passando de 21,6% para 26,9% da população. É importante notar que, embora o crescimento continue, ele foi um pouco mais lento na última década (5,2 pontos percentuais) em comparação com o período entre 2000 e 2010, quando o avanço foi de 6,5 pontos percentuais.
Norma publicada no Diário Oficial vincula Estado às regras do programa de refinanciamento da dívida com a União
Já está em vigor a Lei nº 25.282, de 2025, que autoriza o Poder Executivo de Minas Gerais a efetivar a adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A norma foi publicada em Edição Extra do Diário Oficial de Minas Gerais nessa quinta-feira (6/6/25).
Com a publicação, dá-se início a uma nova etapa no refinanciamento da dívida mineira com a União. A Lei 25.282, além de autorizar a adesão de Minas Gerais ao Propag, encerra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a partir da vinculação do Estado às regras estabelecidas pela Lei Complementar Federal 212, de 2025.
A norma recém-sancionada se originou do Projeto de Lei (PL) 3.3731/25, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no dia 29 de maio. Durante sua tramitação, parlamentares da base e da oposição aprimoraram o projeto, com o intuito de fortalecer a fiscalização do Parlamento mineiro sobre as ações e resultados do Propag em relação às políticas públicas do Estado.
O principal aperfeiçoamento trazido pelos parlamentares foi a criação de um comitê interinstitucional de acompanhamento da execução do contrato de adesão ao Propag, composto pelos Poderes do Estado. Seus membros teriam mandatos de três anos, vedada a recondução e sem remuneração ou gratificação adicional. A instituição formal do comitê se daria através de decreto, após 30 dias da assinatura de adesão ao Propag.
Outro dispositivo inserido pelos parlamentares determina que o Poder Executivo deverá enviar à ALMG, em até 30 dias após ser solicitado, relatório contendo todas as informações sobre o pedido de adesão ao Propag e o encerramento do RRF.
Pagamento da dívida em 30 anos
Atualmente, a dívida do Estado com a União supera os R$ 160 bilhões. O Propag propõe o refinanciamento com prazo de 30 anos e a possibilidade de amortização do saldo devedor mediante o repasse à União de ativos como imóveis, participações societárias em empresas estatais e direitos creditórios. Diversos projetos de lei tramitam na ALMG para efetivar esses repasses.
O contrato de adesão prevê que, quanto maior a amortização no primeiro ano, menor será a taxa de juros aplicada ao restante da dívida. Se o valor pago até o final de 2025 atingir 20% do total devido, a taxa de juros reais pode chegar a zero por cento ao ano. Para atingir esse patamar, Minas Gerais precisaria oferecer R$ 34 bilhões à União até dezembro.
Contrapartidas de investimento
Para atingir a taxa de juros zero, além do abatimento de 20% do saldo devedor, são exigidas outras contrapartidas do Estado. Uma delas é o aporte de recursos no Fundo de Equalização Federativa (FEF) de pelo menos 1% do saldo devedor. Os recursos do FEF serão distribuídos a todos os Estados e poderão financiar investimentos em áreas como educação, segurança pública e infraestrutura.
Outra contrapartida é o investimento de 1% do saldo devedor em educação (ensino técnico profissionalizante, universalização do ensino infantil e escola em tempo integral) e outras áreas consideradas estratégicas, como adaptação às mudanças climáticas, saneamento, habitação, transportes e segurança pública.
Teto de gastos
O Propag estabelece ainda um teto de gastos, caso o Estado não limite o crescimento de suas despesas primárias à variação da inflação medida pelo IPCA, no prazo de 12 meses a partir da assinatura do contrato de adesão.
A vinculação do Estado a essa regra é objeto do Projeto de Lei Complementar (PLC) 71/25. Inicialmente, o teto de gastos estava previsto no PL 3.371/25. Porém, por recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposição foi desmembrada no PLC.
A regra do teto de gastos prevê também que, se houver crescimento da receita, mas com resultado primário nulo ou negativo, as despesas poderão ter um aumento de 50% do índice inflacionário. Esse percentual passa para 70%, no caso de resultado primário positivo.
Algumas despesas, contudo, ficam excluídas desse teto de gastos, como as despesas constitucionais com saúde e educação e as transferências do Estado para os municípios.
Com informações da https://www.almg.gov.br/
Um mês após a implementação das novas linhas de ônibus que ligam os bairros Santinho e Rosaneves à Avenida Eduardo Brandão, em direção a Belo Horizonte, usuários têm expressado diversas reclamações sobre o serviço.
Segundo os passageiros, os principais problemas são a escassez de horários e a superlotação dos veículos, o que impede a entrada de novos usuários nos pontos.
No site do Move Metropolitano, a linha 6222, com partida do bairro Santinho, apresenta horários restritos: 4h, 5h, 15h30, 16h30, 17h15 e 18h15. Já a linha 6230 tem horários disponíveis às 4h05, 5h05, 6h40, 15h, 16h, 16h45 e 17h45.
Os usuários pedem revisão dos horários e da frota para que o serviço atenda de forma mais eficiente à demanda da população de Ribeirão das Neves.
Vivemos um momento decisivo para a humanidade e para o nosso planeta. A questão ambiental, antes tratada como algo distante ou secundário, hoje se impõe como uma urgência que atinge a vida de cada pessoa, em qualquer cidade ou bairro.
Em Ribeirão das Neves, essa realidade se manifesta de forma clara e preocupante. O descarte irregular de lixo em lotes vagos, calçadas e ruas — mesmo com a oferta da coleta seletiva — revela uma desconexão entre o cuidado com o meio ambiente e a solidariedade com o próximo.
Em alguns bairros, como o Viena, a situação tem gerado conflitos graves: brigas entre moradores, ameaças com armas de fogo por conta da disputa em torno dos locais de descarte, queima de resíduos para reduzir o volume de lixo, além do acúmulo de sofás, colchões e outros materiais de grande porte. Esses episódios evidenciam não só a falta de infraestrutura adequada, mas também a urgência de promover uma consciência coletiva sobre o impacto dessas ações no cotidiano e no futuro da cidade.
O acúmulo de lixo em terrenos abandonados vai muito além de um problema estético ou sanitário: revela um desafio mais profundo, relacionado à forma como nos relacionamos com o espaço onde vivemos, com nossos vizinhos e com as gerações futuras. Esse problema está diretamente ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU, especialmente o ODS 11 — que convoca à construção de cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis — e o ODS 12 — que promove padrões de produção e consumo responsáveis.
Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, somos chamados a olhar para essa e outras questões ambientais com seriedade e compromisso. O descarte inadequado de resíduos é apenas uma das faces da crise ecológica que enfrentamos. Desmatamento, poluição das águas, escassez hídrica, queimadas e mudanças climáticas fazem parte de um cenário preocupante, que exige ações coordenadas entre governos, empresas, instituições e cidadãos.
Neste ano, durante o período da Quaresma, a Campanha da Fraternidade — promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) — trouxe como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”. Embora a campanha já tenha se encerrado, sua mensagem permanece viva e necessária: cuidar do meio ambiente é cuidar da vida. Esse chamado, que ultrapassa fronteiras religiosas, convida toda a sociedade a refletir sobre o impacto direto que nossas ações — como o descarte de lixo em espaços públicos ou privados — têm na saúde, no bem-estar e na dignidade coletiva.
Em Ribeirão das Neves, a responsabilidade da gestão pública quanto à organização, fiscalização e promoção da destinação adequada dos resíduos sólidos está prevista na legislação municipal (Lei nº 3.291, de 30 de abril de 2010, que dispõe sobre a Política de Proteção, Conservação e Controle do Meio Ambiente e da Melhoria da Qualidade de Vida no município de Ribeirão das Neves, Minas Gerais).
Essa legislação atribui ao poder público o dever de garantir infraestrutura adequada, serviços eficientes de coleta e destinação, além de promover ações educativas contínuas que contribuam para o fortalecimento da consciência ambiental da população.
No entanto, como em diversos municípios brasileiros, a implementação plena dessas ações ainda enfrenta desafios estruturais e operacionais, o que exige esforços contínuos, investimentos e articulação entre poder público, sociedade civil e demais atores envolvidos.
Diante disso, é fundamental reconhecer que esse esforço não depende exclusivamente do poder público — ele começa também com cada cidadão.
É preciso entender que o cuidado com a cidade é uma construção coletiva. Moradores, lideranças comunitárias e instituições devem assumir sua parte, adotando práticas de descarte consciente — como colocar o lixo em sacos resistentes para evitar que cavalos, cachorros ou vento espalhem os resíduos — participar da coleta seletiva e denunciar o descarte irregular, enquanto a Prefeitura implementa e executa os mecanismos necessários para resolver a questão. O desafio do lixo, assim, é uma responsabilidade compartilhada, na qual governo e sociedade civil precisam caminhar juntos.
Cada saco, garrafa, entulho ou papel descartado em lugar impróprio carrega uma pergunta silenciosa: qual é a cidade que estamos ajudando a construir — e que futuro estamos deixando para quem vem depois de nós? A responsabilidade não cabe apenas aos governantes — ela é, também, de cada um de nós, enquanto agentes transformadores da realidade.
Assumir esse papel é um ato de fraternidade — um gesto que une respeito, cuidado e compromisso com a vida.
Diante da complexidade e gravidade do problema do lixo em Ribeirão das Neves, fica evidente que não basta apenas apontar responsabilidades ou lamentar a situação atual. É imprescindível avançar para a ação concreta, estabelecendo compromissos claros e integrados entre cidadãos, Prefeitura e Câmara Municipal. Somente por meio dessa cooperação efetiva poderemos reverter o quadro preocupante e construir uma cidade mais limpa, saudável e sustentável para todos.
Por isso, este artigo propõe um conjunto de atitudes e responsabilidades que cada segmento da sociedade pode assumir para enfrentar, de forma conjunta e eficaz, a questão do lixo e do descarte irregular em nossa cidade.
Propostas concretas para enfrentar a questão do lixo em Ribeirão das Neves
Para os cidadãos:
* Praticar o descarte consciente e correto dos resíduos, acondicionando-os adequadamente para evitar o espalhamento e a proliferação de vetores de doenças;
* Participar e incentivar a coleta seletiva e as ações de reciclagem em suas comunidades;
* Não descartar lixo em locais impróprios;
* Promover a educação ambiental em seus círculos de convivência, incentivando uma cultura de responsabilidade ambiental.
Para a Prefeitura:
* Implementar e ampliar políticas eficazes de gestão de resíduos sólidos, garantindo coleta regular e seletiva em todos os bairros, inclusive os mais periféricos;
* Assegurar infraestrutura adequada para a correta destinação e tratamento dos resíduos, com pontos de coleta acessíveis e manutenção constante;
* Desenvolver e manter campanhas educativas permanentes, que dialoguem diretamente com as comunidades, utilizando meios tradicionais e digitais para ampliar o alcance;
* Criar e divulgar canais de denúncia simples e acessíveis, com retorno rápido e acompanhamento das demandas da população;
* Organizar mutirões regulares de limpeza urbana em áreas críticas, envolvendo a comunidade para fortalecer o sentimento de pertencimento e responsabilidade.
Para a Câmara Municipal:
* Elaborar, aprovar e fiscalizar leis que promovam a gestão eficiente dos resíduos sólidos e a proteção ambiental, com instrumentos claros para a aplicação e acompanhamento;
* Monitorar e cobrar a execução das políticas públicas ambientais pela Prefeitura, garantindo transparência e participação social;
* Destinar recursos orçamentários adequados para a gestão de resíduos, educação ambiental e infraestrutura urbana, priorizando investimentos que resultem em melhorias visíveis e duradouras;
* Promover audiências públicas e fóruns de debate para fortalecer o engajamento da sociedade civil, criando espaços onde cidadãos, técnicos e gestores possam construir soluções coletivas;
* Incentivar parcerias entre os setores público, privado e organizações da sociedade civil, buscando inovação, eficiência e responsabilidade social nas ações ambientais.
O desafio do lixo nos mostra que a sustentabilidade vai muito além de metas ambientais: trata-se de um compromisso com a justiça social, com a dignidade coletiva e com a construção de um futuro comum. Em Ribeirão das Neves, essa responsabilidade deve ser compartilhada por todos — cuidar do meio ambiente é também cuidar das relações e dos espaços que dividimos: ruas, praças, lotes e bairros que contam a história da nossa convivência.
Que este 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, seja um marco simbólico, mas que o compromisso com a cidade se renove a cada dia. Porque uma Ribeirão das Neves mais limpa, justa e sustentável começa com atitudes cotidianas — de cada morador e, sobretudo, de cada gestor público. Cada gesto conta. E é juntos que cuidamos da cidade em que vivemos e que também queremos preservar para as futuras gerações.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania de Ribeirão das Neves, por meio do programa Capacita Neves, anuncia a abertura de inscrições para o curso gratuito de Assistente de Logística. A iniciativa, realizada em parceria com o Senac Minas, oferece 26 vagas e visa qualificar profissionais para atuação em um setor com crescente demanda no mercado de trabalho.
As inscrições estarão disponíveis no período de 04 de junho a 26 de julho de 2025. Os interessados devem se inscrever exclusivamente por meio do formulário online, acessível através do link disponível no site da Prefeitura
O curso é direcionado a maiores de 18 anos e tem previsão de início das aulas em 04 de agosto de 2025, com término previsto para o final de setembro. As aulas ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, na sede do Capacita Neves, localizada na Rua Carmélia Loff, 195, Centro de Justinópolis.
A capacitação em Assistente de Logística busca oferecer aos participantes conhecimentos práticos essenciais para ingressar ou se aprimorar nesse segmento em constante expansão. O conteúdo será ministrado por instrutores especializados do Senac Minas, o que representa uma oportunidade para o desenvolvimento profissional e o aumento das chances de empregabilidade.
Serviço:
Curso: Assistente de Logística
Inscrições: De 04 de junho a 26 de julho de 2025
Período do curso: De 04 de agosto a 29 de setembro de 2025
Horário: Segunda a sexta-feira, das 13h às 17h
Local: Capacita Neves – Rua Carmélia Loff, 195 – Centro de Justinópolis
A Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura de Ribeirão das Neves informam o início das atividades do Vacimóvel no município. O veículo, adaptado para o armazenamento e aplicação de vacinas, tem como objetivo principal expandir a cobertura vacinal e contribuir para a proteção da população contra diversas doenças.
Neste mês de junho, o Vacimóvel concentrará em diversas escolas estaduais da cidade, atendendo a uma demanda da Secretaria de Estado de Saúde. A iniciativa visa imunizar estudantes da rede estadual, faixa etária considerada prioritária para o aumento das taxas de vacinação. Este projeto complementa o Programa de Saúde na Escola (PSE), já em andamento nas escolas municipais.
Para a vacinação, é indispensável a apresentação de documento de identidade, CPF ou Cartão SUS, e o cartão de vacina. No caso de estudantes, além dos documentos mencionados, será exigido o Termo de Autorização de Vacinação, devidamente assinado pelos pais ou responsáveis legais.
Confira o cronograma do Vacimóvel nas Escolas Estaduais de Ribeirão das Neves:
04/06: Escola Estadual Maria da Glória Assunção
05/06: Escola Estadual do Bairro Rosaneves
09/06 e 10/06: Escola Estadual Antônio Rigueira da Fonseca
12/06: Escola Estadual Nossa Senhora das Neves
13/06: Escola Estadual João Gonçalves Neto
16/06 e 17/06: Escola Estadual João Corrêa Armond
23/06 e 24/06: Escola Estadual Pedro de Alcântara Nogueira
27/06 e 30/06: Escola Estadual José Bonifácio Nogueira
Atendimento em Bairros da Cidade:
Além da programação nas escolas, o Vacimóvel também realizará atendimentos em bairros para alcançar a população em geral.
18/06: Bairro Paraíso das Piabas, na região de Justinópolis. O atendimento será na Rua José Maria de Menezes, 60, próximo à entrada do Monte de Oração.
26/06: Bairro Belvedere, também na região de Justinópolis. O veículo estará na Rua Manoel Luciano Pio, 701.
Nos atendimentos nos bairros, o serviço estará disponível das 9h às 16h.
A Secretaria Municipal de Saúde reitera a importância da vacinação como medida fundamental para a prevenção de doenças e a manutenção da saúde pública. A colaboração da população, comparecendo com a documentação necessária, é essencial para o sucesso da campanha.
A Cia Coordenadas anuncia a abertura de novas vagas de emprego para diversas funções. Os interessados em fazer parte da equipe terão a oportunidade de concorrer a posições em diferentes áreas. As vagas disponíveis são para:
Manobrista: Com ganhos potenciais de até R$ 3.403,57, incluindo salário base de R$ 1.817,70 e ticket de R$ 800,00. Não é necessário experiência prévia, e adicionais são proporcionais à escala de trabalho.
Lubrificador: Ganhos de até R$ 2.617,70, com salário base de R$ 1.817,70 e ticket de R$ 800,00.
Agente de Estação: Ganhos de até R$ 2.318,00, com salário base de R$ 1.518,00 e ticket de R$ 800,00.
Zelador e Polidor: Ganhos de até R$ 2.469,02, com salário base de R$ 1.669,02 e ticket de R$ 800,00.
Áreas da Manutenção: Vagas para mecânica, elétrica, lanternagem, borracharia e pintura, com salário a combinar, proporcional ao plano de cargos e salários.
A empresa oferece um pacote de benefícios que inclui Carteira Assinada (CLT), ticket alimentação, passe livre (transporte urbano de Belo Horizonte e região metropolitana), plano de saúde, convênio farmácia, convênio Sest Senat (com acesso a odontologia, psicologia, fisioterapia, nutricionista e cursos), outros convênios, seguro de vida, ótimo ambiente de trabalho e ticket adicional no retorno de férias (aplicam-se condições internas).
A contratação é imediata, e os testes são realizados no local. É necessário apresentar documento de identificação e carteira de trabalho no momento da entrevista. Há vagas também para Pessoas com Deficiência (PcD), sendo que a habilitação (CNH D ou E) é imprescindível para algumas funções.
Para se candidatar, os interessados devem comparecer na unidade da Cia coordenadas localizada na Rua Henrique Saporí, nº 580, Bairro Florença, neste domingo, 9 de junho, a partir das 8h às 10h ou enviar seu currículo via WhatsApp para o número (31) 99958-2594.
O Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, uma das vias mais importantes de Belo Horizonte, foi oficialmente transferido do governo federal para a gestão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na última terça-feira (2). A mudança visa garantir à cidade maior autonomia para realizar melhorias e intervenções na rodovia sem depender de autorizações federais.
O termo de transferência foi assinado pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Na ocasião, o prefeito Damião também anunciou que enviará à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) um projeto de lei para alterar o nome da via para Fuad Noman, em homenagem ao ex-prefeito falecido em março.
Com 26,5 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário é composto pelas BRs 262, 381 e 040. A municipalização é vista como um passo fundamental para solucionar os problemas de segurança e fluidez do tráfego na região. Dados recentes mostram a urgência de intervenções: somente entre janeiro e abril de 2025, foram registrados 1.417 acidentes na via, resultando em 206 feridos e cinco óbitos.
Inicialmente, foram transferidos 22,4 km do Anel Rodoviário para a PBH. Os 4,1 km restantes permanecerão sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) até a conclusão das obras de ampliação e melhorias na BR-381, entre a capital e Caeté, previstas para os próximos três a quatro anos.
O contrato de municipalização prevê que o Dnit continue responsável pelas obras de manutenção e conservação em andamento, como o recapeamento e a sinalização, com um investimento estimado em R$ 50 milhões.
Com a transferência, a PBH poderá agora dar andamento à construção de dois novos viadutos no Anel, um no cruzamento com a BR-040 e outro sobre a Via Expressa, próximo à Arena MRV. A União repassará R$ 63 milhões para o município executar essas obras, com projetos que devem ser entregues até 2026. O prefeito Damião mencionou que futuras intervenções, incluindo seis viadutos já anunciados, poderão ser custeadas pela própria PBH ou em parceria com o governo federal.
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