Numa manhã dessas, precisamente no último sábado de outono, resolvi fazer, como de costume, uma caminhada no parque ecológico. Saimos por volta das sete e meia da manhã, eu, minha esposa e meu neto Thiago, que adora pilotar sua bicicleta lá no parque. De onde moramos até lá, não leva mais que cinco minutos, de carro, claro. Soprava um ventinho frio, o que não me grada muito pois nordestino que se preza não gosta de frio, adora calor. Mesmo depois de quase quarenta anos vivendo na região, ainda não me acostumei e nem quero, vôte.
Apesar da tristeza por constatar que o playground continua "desmontado" e o visual geral é de descuido, o parque sem dúvida continua sendo um lugar agradável para se exercitar e praticar esportes, para namorar também, que o digam os adolescentes gazeteiros que fogem da escola e encontram lá o lugar ideal para arrulharem seus sentimentos.
Após a caminhada, resolvemos de comum acordo dar uma voltas pelo entorno da cidade, só para passar o tempo, já que não tínhamos nada melhor para fazer. Primeiro, subimos até o alto do Savassi, alí pertinho da caixa d'água da Copasa. Tem-se uma vista estupenda, de cento e oitenta graus, é possivel ver pelo menos oito bairros, além de todo centro da cidade. Àquela hora da manhã, a luz do sol sobre as colinas por trás da PAN, criava um visual lindo, uma festa para os olhos. Porquê será que nunca se pensou em construir um mirante alí? Seria uma ótima opção de lazer e descontração, de se ver as luzes do entardecer sobre a cidade e de quebra ser acariciado pela brisa suave de fim de tarde. Fica aí a sugestão.
Após essa primeira apreciação, resolvemos garimpar outros locais. Descemos e paramos em frente o antigo terreno da Copasa, no São Pedro, do lado do conjunto de prédios da Probase, que diga-se de passagem, foi construido num local privilegiado. Ali, de frente para o local, bonito e abandonado, lembrei-me que havia um projeto de transformá-lo num centro cultural, onde se instalaria a ANELCA, haveria um mini teatro, salas para cursos de artes cênicas e plásticas, oficinas culturais, além de uma grande biblioteca, franquiada a toda comunidade, e tudo isso em meio a um bosque, aproveitando-se as edificações lá existentes. Infelizmente, o sonho foi abortado e a cidade penalizada. Um dedo sujo qualquer gorou e emperrou tudo, sabe-se lá porque. Mais uma vez os interesses individuais sobrepujaram o interesse coletivo.
Continuamos o passeio até o Colonial, fomos até a escola do bairro que localiza-se num local bem alto, de onde se tem uma vista frontal da via que faz a ligação com a BR-040, do antigo açude, hoje totalmente açoreado e de alguns sítios da baixada, além da parte baixa do bairro. Tudo muito bonito, cuja apreciação traz um sentimento de paz e serenidade, além de nos fazer rever alguns conceitos a respeito da nossa cidade.
Descubram o lado melhor de Neves. Aposto que vão ter uma surpresa.
Na noite da quinta-feira (23), feriado de Corpus Christi, militares da 204ª Cia montaram uma operação em local suspeito de tráfico, no bairro Papine.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do 40º Batalhão, os PMs abordaram dois homens em frente uma residência, e com eles foram encontradas 31 pedras de substância semelhante a Crack, 1 porção de substância semelhante a cocaína, 1 pedra de substância semelhante a pasta base de cocaína, 2 celulares e R$30,00 em dinheiro.
Segundo a PM, pelo portão da residência foi avistado dois pássaros da fauna silvestre mantidos ilegalmente presos e, ao adentrarem no recindo, localizaram ainda na varanda 1 pedra de substância semelhante a crack. Uma mulher que também estava na casa também foi conduzida para a 4ª Delegacia de Polícia do município.
Ainda de acordo com a PM, também foram efetuados boletins de ocorrência nos bairros Sônia, Cerejeiras e Bispo de Maura durante o feriado, todos relacionados ao tráfico de entorpecentes.
ACO 40º BPM
O Ministério da Educação (MEC) liberou para consulta na internet o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni). A informação está disponível na página eletrônica do ministério. Para entrar na página, o candidato precisa do CPF e do número de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com o MEC, os candidatos selecionados têm até 6 de julho para fazer a matrícula nas instituições particulares de educação superior indicadas na inscrição.
Conforme nota do ministério, a segunda chamada está prevista para 12 de julho, com prazo de apresentação dos documentos e matrícula até 19 de julho. A terceira e última chamada será publicada em 25 de julho, com prazo até 29 de julho para a matrícula.
Após as três chamadas, entre os dias 6 e 8 de agosto, os candidatos não incluídos poderão manifestar interesse em entrar na lista de espera.
O ProUni oferece a estudantes de baixa renda bolsas de estudos em faculdades particulares. Nesta seleção, o ProUni registrou recorde de inscrição com 460.745 candidatos a 92.107 bolsas de estudos para o segundo semestre do ano.
Agência Brasil
A Prefeitura de Ribeirão das Neves, em parceria com o Centro Universitário UNI-BH colocou em prática a primeira etapa do Projeto “Mãos a Obra”. As ações aconteceram nos dias 4 e 5 de junho, no Lar dos Idosos José Justino Rocha - Obra Unida da Sociedade São Vicente de Paula – SSVP.
O projeto coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, envolveu nessa etapa um piloto com 24 estudantes dos cursos de medicina, enfermagem e fisioterapia da instituição de ensino, que prestaram assistência a 20 idosos do Lar dos Idosos e também aos funcionários da Instituição.
O evento contou com as presenças da Promotora de Justiça, Anelisa Cardoso Ribeiro, e do Secretário Municipal de Assistência Social, João Marcelo de Abreu. O evento foi encerrado com uma grande festa Junina.
De acordo com o Secretário, o objetivo do projeto é prestar assistência social e médica aos idosos, que terão esses acompanhamentos através de encaminhamentos à Secretaria Municipal de Saúde. “Neste primeiro momento, a Secretaria de Assistência Social fará um apanhado da demanda de idosos em asilos cadastrados do município e, assim, traçar um planejamento do atendimento, aproveitando o máximo a parceria com o Centro Universitário”.
Durante o desenvolvimento das ações, neste primeiro momento, o Lar dos Idosos Justino Rocha será o precursor. “Vale lembrar também que muitos desses idosos são abandonados pela família, mas o Poder Público tem o dever de ampará-los e Neves quer ampará-los de maneira digna,” garantiu João Marcelo.
Novas ações estão previstas para acontecerem nos dias 27 e 28 de agosto e 5 e 6 de novembro.
É de conhecimento da população de Ribeirão das Neves que determinados bairros deste município estão marginalizados. Fato este que ocorre, devido, entre outros fatores, da ineficiência do poder público em todas as suas instâncias. O aumento da violência, em todas as suas vertentes, decorre da ausência de políticas públicas eficientes, em que a população possa efetivamente ser beneficiada, pelas atribuições que compete ao Estado. Tais atribuições, que versam sobre o bem-estar da população, enquanto parte indivisível da nação, é subjugada ao bel prazer daqueles que se julgam(aram) capazes para exercer as funções de administração, de legislação, execução e jurisdição no poder público.
Outros fatores estão relacionados à população, que por sua vez, deve como cidadãos, com direitos e deveres, colaborar. Pobreza não deve ser jamais motivo para o exercício da criminalidade ou qualquer outro tipo de violência. É comum se ver nos noticiários, depoimentos de indivíduos que sofreram a pena privativa de liberdade, por terem cometido crimes como roubo, latrocínio, tráfico de drogas, entre outros, dizerem que a razão pelo delito era a busca por ganhar dinheiro e ficar rico. A discussão desse pensamento está no dia a dia e na conduta da própria comunidade. Tem uma parcela muito pequena, se comparado a maioria, que pratica a violência gratuita na periferia e a maioria esmagadora de pessoas de bem que vivem corretamente, trabalham, estudam, exercem sua religiosidade, se divertem. Logo, a diferença de classes sociais não pode ser tomada como fator determinante da marginalização de determinadas áreas do município pela violência. A questão é: onde está a intervenção do poder público? E as políticas públicas? Saúde, educação, transporte público de qualidade, saneamento básico, lazer, ações capazes de proporcionar qualidade de vida a população.
A questão ambiental no bairro Rosaneves chegou ao ápice de intolerância pela população. O bairro foi um dos beneficiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto de execução do governo federal, que por sinal é um bom começo, mas que trouxeram indagações pertinentes para a população. Praticamente todas as ruas do bairro foram calçadas, mas parte da Avenida Madressilva, onde o tráfego de veículos é intenso não foi calçada, ou asfaltada. Por quê? Em conversa com populares, alguns diziam ter ouvido falar que a Avenida seria a última a ser pavimentada devido à intensidade do fluxo de veículos para não atrasar a obra e não danificar os trabalhos. Outros já chegaram a dizer que ouviram comentários de que o dinheiro para a finalização da obra havia acabado. Houve até aqueles que chegaram a inferir sobre as próximas eleições municipais e que provavelmente a finalização da obra poderia ser usada como promessa de campanha política.
O fato é que no bairro Rosaneves a questão ambiental sempre esteve caótica assim como em outros bairros do município. A Coleta de lixo irregular é somente um dos problemas. Durante o tráfego de veículos na Avenida Madressilva a poeira que sobe devido à velocidade alta dos carros e ônibus invade as casas e provoca uma serie de males, sobretudo, em crianças e idosos, além da sujeira nas moradias.
Cabe ao poder publico apresentar respostas a população do bairro Rosaneves sobre as obras inacabadas. Sendo uma obra do governo federal, imagina – se que tenha sido feito um estudo, sobretudo econômico de viabilidade do projeto. Sendo assim, a população imagina que o dinheiro foi destinado. E as perguntas que muitos já arriscam responder: porque as obras ainda não terminaram? Se a população começa a especular o destino da verba pública, onde está então o dinheiro? São perguntas que não saem do imaginário da população. O fato é que o problema existe. Resta saber, quando será solucionado.
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