O Parque Ecológico de Ribeirão das Neves, recentemente inaugurado é, com certeza, uma parceria que deu certo e que passou a ser uma das principais opções de lazer para a população nevense, nos dias normais, mas principalmente nos finais de semana e feriados.
O espaço é lindo e privilegiadíssimo. São três quadras poliesportivas, uma área muito bem montada destinada às crianças (suponho que até 10, ou máximo 12 anos de idade), uma academia de ponta ao ar livre, ciclovia e pistas para quem quer as boas e saudáveis caminhadas. E, por fim, um espaço que sugere também uma ágora para teatros e espetáculos menores.
É de dar gosto ver crianças correndo procurando aqui e ali diversão. É fascinante ver pessoas idosas caminhando e gente mais atlética se exercitando nos aparelhos. Mas toda esta grandeza aos poucos vai contrastando e revelando um outro cenário. Diz o adágio que “alegria de pobre dura pouco”
e parece verdade. Mas nesse caso e contexto eles próprios são os responsáveis pela interrupção das alegrias. O que deveria ser um bem para ser usado e preservado torna-se alvo dos ataques de vândalos de plantão. Coisa de gente pouco educada ou pouco civilizada. Qual o prazer, se é que existe algum prazer, em danificar um bem destinado ao uso comum? Causa perplexidade já que nada escapa ao ataque dessa gente. Vejamos:
Grande parte das árvores plantadas que já deveriam estar crescidas e viçosas tiveram o crescimento retardado, ou até mesmo interrompidos definitivamente, já que foram quebradas ao meio, restando apenas “varas” fincadas no chão.
A opção de lazer para as crianças já está limitado: de 2 escorregadores, restou um. Deste, a “escada” de cordas também já foi pro “beleléu”. Os balanços de madeira com réplicas de “caras” de cavalo também estão detonados – levaram as orelhas dos burros! Um outro brinquedo parecido com cavalinhos de ferro, tiveram recolhidas as peças que sobraram para não colocar em risco a vida dos pequeninos. Uma ponte móvel de madeira, muito bem trabalhada resta, mas bastante avariada. Até do gramado artificial já “comeram” uma nesga.
Outra coisa triste: os bebedouros que liberam o líquido precioso com um leve toque dos pés não funcionam mais. Parece que alguém quis saber como era a engenharia do dito cujo e destruíram as bolas de propulsão. No lugar colocam pedras três vezes maiores que o buraco e, claro, gente, desse jeito não dá.
Não dá prá não falar dos pais incautos que levam seus filhos ou os mandam para se “divertirem” perigosamente nos aparelhos da academia. Sem comentários...
Vez por outra aparece gente fumando no espaço. Combinação nada acertada para um parque ecológico.
Para ajudar, tem ainda a presença de animais, cavalos, vacas e cachorros dividindo o espaço com os humanos. Os donos destes animais deveriam ligar o “desconfiômetro”.
Tem muito mais coisas, mas para fechar, um lembrete: por todo o parque estão distribuídas caixas coletoras para lixos: existem as caixas para lixo comum, papéis, plásticos, vidros. Vamos colaborar jogando o lixo no lixo. Assim, todo mundo ganha e a diversão para quem não tem como mais mexer no orçamento, fica garantida.