O tema de hoje dá continuidade ao anterior, sobre o uso da vírgula. Vejamos, então, a resposta à questão que deixei ao final do post Pontuação - Parte I - "Maria, saiu para passear com o seu cachorrinho Totó". Se você respondeu que a vírgula é indevida porque não se separa o sujeito (Maria) do predicado (saiu para passear com o seu cachorrinho Totó), você está indo bem. A vírgula, nesse caso, é totalmente equivocada.
Abaixo, veja algumas situações em que o uso da vírgula é necessário. Adicione-as às situações do post anterior.
João comprou um carro. Maria, uma moto.
(a vírgula é usada para assinalar a elipse do verbo “comprou” na segunda oração)
Maria chegou em casa, trancou a porta, abriu as janelas, deitou-se no chão e dormiu.
(a vírgula é usada para separar orações que possuem o mesmo sujeito - Maria)
Maria saiu de fininho, e João permaneceu ali.
(a vírgula separa orações unidas pela conjunção “e” que possuem sujeitos diferentes – Maria e João)
Se Maria estudasse mais, pensei, teria sido aprovada no vestibular.
(a vírgula é usada para isolar a oração intercalada “pensei”)
Se Maria ligar, diga-lhe que não posso atender, ou melhor, diga-lhe que já saí.
(a vírgula é usada para separar expressões que explicam ou retificam uma informação anterior, como “ou melhor”, “isto é”, “ou seja”, entre outros)
Assim que a festa acabou, Maria voltou para casa.
(a vírgula é usada para separar a oração adverbial desenvolvida “assim que a festa acabou”)
Maria, caprichosamente, logo que se levantou, organizou a casa e saiu para trabalhar.
(a vírgula é usada para separar adjuntos adverbiais de longa duração como “caprichosamente” e “logo que se levantou”)
Disseram-lhe, porém, que Maria não poderia voltar.
(a vírgula é usada para separar conjunções pospositivas como “porém”, “entretanto”, “pois”, “portanto”, “contudo” entre outras)
Para se sentir mais bonita, Maria se maquiava todos os dias.
(a vírgula, neste caso, é necessária, pois separa termos invertidos na oração; se a oração fosse “Maria se maquiava todos os dias para se sentir mais bonita”, a vírgula seria desnecessária)
Por hoje é só! Deixo-lhes, novamente, com uma questão para resolver: usa-se vírgula na oração “Maria não falará, nem escreverá sobre o assunto”?
Abraços e até a próxima!
Estava vendo esses dias na TV sobre o caso do Juiz Alexandre Martins, que foi assassinado há 10 anos na porta de uma academia em Vila Velha/ES. Alexandre não fazia só o seu trabalho, ele ia um pouco além disso, estava investigando “o crime organizado” onde alguns dos envolvidos eram um Juiz de direito, um policial civil e um coronel da Polícia Militar. Essa quadrilha facilitava a saída de presos da cadeia. Indivíduos que traficavam, matavam e roubavam. A demora do julgamento dos acusados de encomendarem a morte do juiz, acontece pelos inúmeros recursos que a justiça possui, são recursos que demoram até anos. Será que todos conhecem essa “arte manha”? “Dificilmente, a justiça consegue prendê-los, porque são pessoas abastecidas pelo dinheiro do crime, pessoas que sempre são muito bem defendidas. Puni-los é um desafio do judiciário brasileiro”, destacou o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), o juiz Nelson Calandra. Ou seja, traduzindo essas palavras: Existe a justiça para os pobres e para os ricos, se fosse um pobre que tivesse cometido o mesmo crime contra o juiz, já estaria preso porque não teria recursos para pagar um bom advogado que conheça profundamente todas as “ordem jurídicas” capazes de estenderem um processo judicial por mais de uma década. Então temos a justiça para o pobre, para o rico e agora temos a terceira justiça que é para os casos de grande repercussão, como o caso do goleiro Bruno que apesar de ser um processo muito complexo, em menos de três anos foi preso e condenado. Outro caso semelhante é o da família “Nardoni” que em dois anos se concluiu tudo. Estamos em um país que na minha opinião as leis são criadas baseado na “síndrome do preso político” já que são eles os legisladores. Temos os advogados que são profissionais de direto que cursam a mesma matéria, indiferente da instituição de ensino, mas que podemos contratá-los por uma diferença de preço absurda, não dependendo somente do caso mas também dos envolvidos.
Um incêndio queimou pelo menos 500 pneus mais os equipamentos de uma borracharia, na noite desta terça-feira (28), no bairro Urca, em Justinópolis.
De acordo com informações dos bombeiros, a suspeita do proprietário é a de que o incêndio tenha sido criminoso. Imóveis vizinhos não foram atingidos e ninguém se feriu.
Quatro carros, dez militares e cerca de dois mil litros de água foram usados para combater as chamas.
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