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Segurança

Para marcar os 13 anos da Lei Maria da Penha, a Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) divulgou, nessa quarta-feira (7), o diagnóstico de violência doméstica referente ao 1º semestre de 2019 com a presença de delegadas de Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ribeirão das Neves e Santa Luzia.

No primeiro semestre deste ano, a Polícia Civil contabilizou 74.361 ocorrências deste crime em Minas Gerais. A cidade que tem maior número de registros de violência doméstica é Belo Horizonte - de janeiro a junho de 2019, foram 9.053 ocorrências na capital.  Quando aos números de feminicídios tentados e consumados, foram quase uma ocorrência por dia no Estado somente nos primeiros seis meses deste ano, totalizando 171 registros, sendo que deste total, 67 mulheres perderam as suas vidas e outras 104 escaparam por pouco.

A delegada Ingrid Estevam, do Núcleo Especializado na Investigação de Feminicídios, ponderou que a Lei Maria da Penha trouxe avanços no campo da proteção à mulher, já que não havia nenhum mecanismo legal para inibir este tipo de crime. "Em 99% dos casos que envolvem violência doméstica, nós temos êxito na prisão do autor", comentou.

A delegada Isabella Franca Oliveira, da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ressaltou que o aumento no número de feminicídios e violência doméstica com o passar dos anos, não significa, necessariamente, um aumento no número de casos mas, sim, no número de notificações. "Tem crescido cada vez mais o número de mulheres que estão denunciando os crimes de violência doméstica e familiar. Quanto mais se fala sobre isso, mais as mulheres se conscientizam das violências que podem sofrer, e tomam mais coragem para denunciar", ponderou.

Medidas protetivas

Um dos mecanismos de defesa da mulher mais importantes trazido pela Lei Maria da Penha é a medida protetiva, que restringe a aproximação do agressor à vítima. Somente este ano, já foram feitos 240 pedidos de medida protetiva em Ribeirão das Neves.

Para denunciar casos de violência contra a mulher em qualquer lugar do país, o número é 180. Em casos de violência flagrante, a Polícia Militar também deve ser acionada. Sobre casos pretéritos, é possível formalizar a denúncia em qualquer delegacia de polícia no Estado.

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Agentes penitenciários prenderam um homem que arremessava objetos para dentro do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na madrugada de sábado (29).

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou, neste domingo (30), que o suspeito, de 22 anos, precisou ser contido à força após recusar a ordem de parar e chegou a se ferir na abordagem. O suspeito usava uma linha de nylon ao lado muro que fica próximo ao pavilhão 5 quando foi visto pelos agentes.

Com o homem, foram apreendidos 12 celulares, carregadores e fones de ouvido, duas porções de substância parecida com maconha e uma balança de precisão, além de rolos de linha de nylon, serrinhas e isqueiros.

A direção do presídio fez um boletim de ocorrência e também instaurou uma investigação para apurar o fato.

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A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) divulgou, nesta sexta-feira (31), a listagem dos 322 nomes convocados em primeira chamada do processo seletivo simplificado para contratação de novos agentes de segurança penitenciária distribuídas por 13 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) do Estado.

O processo seletivo teve quatro etapas e terá validade de um ano a contar da data da publicação da homologação, podendo ser prorrogado por igual período a critério da Administração. As convocações acontecerão gradualmente de acordo com a necessidade da pasta. A carga horária é de 40 horas semanais e a remuneração é de R$4.098,45.

De acordo com a pasta, foram 123 mil inscrições válidas. A primeira etapa foi constituída de prova e títulos. Depois foram realizadas as investigações sociais e selecionados quatro mil candidatos para o curso introdutório. A última etapa foi a realização de uma prova objetiva de caráter classificatório e eliminatório. Os aprovados irão compor o cadastro de reservas da secretaria e serão chamados gradualmente de acordo com a necessidade da pasta.

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Mais de cinco mil inquéritos estão atualmente em tramitação na Delegacia Especial de Crimes contra a Mulher, o Idoso e o Adolescente deRibeirão das Neves. A maioria é de ameaça e lesão corporal em casos deviolência doméstica contra a mulher, mas também há muitos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.

Esse foi o quadro encontrado pelas deputadas Marília Campos (PT) e Andréia de Jesus (Psol), que participaram da visita técnica ao local realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (29).

O alto número de inquéritos em andamento, apresentado durante o encontro, é um dos indicativos ressaltados pela delegada Carla Amorim de que é necessário aumentar o efetivo. Segundo ela, há apenas uma escrivã, que é responsável por todas as oitivas - com vítimas, testemunhas e agressores. A própria delegada também atende, em revezamento com outros colegas, outra delegacia da região que está sem titular. Outro problema relatado é que a maioria dos investigadores é de homens, o que dificulta o trabalho, já que muitas das vítimas não se sentem confortáveis em serem atendidas por eles.

Carla Amorim destacou ainda que, ao contrário de outras delegacias, que se concentram nos crimes e nos agressores, ali o foco é no atendimento das vítimas e no seu encaminhamento para outros atores da rede, como psicólogos, para garantir sua retirada da situação de violência. Assim, seria necessário um treinamento específico aos investigadores, escrivães e delegados, o que não é oferecido pela Polícia Civil.

Rede de proteção

Entre os gargalos para melhor encaminhamento das situações estaria a inexistência de uma vara judicial específica no município para atender os casos de violência doméstica. A delegada Carla Amorim explicou que é comum, por exemplo, que o juiz conceda medidas protetivas, que determinam o afastamento do agressor da vítima, como procedimento de urgência e, assim, essa medida acaba extinta pouco tempo depois, sem que as ameaças tenham cessado.

O encontro desta quarta-feira contou com a presença de outros atores da rede de proteção à mulher de Ribeirão das Neves, como psicólogas e assistentes sociais que atuam na área a partir da prefeitura. Segundo elas, já têm sido realizadas conversas com os representantes do Poder Judiciário, mas ainda de forma muito incipiente. Elas reivindicaram treinamento para os membros desse Poder de forma a garantir que eles entendam as especificidades das violências domésticas.

Agressão

Uma mulher que foi atendida na Delegacia durante a visita da comissão deu seu depoimento e contou que se mudou de Ribeirão das Neves com as filhas de 4 e 17 anos para fugir das agressões do ex-marido. Ele, porém, alegou alienação parental para reivindicar a guarda das crianças e o juiz da Vara da Infância a concedeu a ele. Agora, ela não pode nem visitar as filhas. Para lutar pela guarda novamente, precisou retornar a Ribeirão das Neves e voltou a ser agredida e ameaçada pelo ex-companheiro.

Diante do relato, os presentes ressaltaram que o município conta com apenas uma Vara da Infância, que funciona juntamente com a Vara de Sucessões. Dessa forma, os juízes que atuam na área estão sempre sobrecarregados e têm dificuldades para julgar e acompanhar adequadamente os casos que chegam.

A deputada Andréia de Jesus, que é moradora de Ribeirão das Neves, também falou da necessidade de fortalecer a Defensoria Pública do município. Segundo ela, para conseguir atendimento no órgão, é necessário dormir na fila para pegar uma senha de atendimento.

Polícia Militar

Também o atendimento da Polícia Militar foi citado como um ponto de atenção. Segundo a escrivã Cristiane Dias, é comum ouvir das vítimas que já denunciaram os agressores outras vezes, mas acabaram revitimadas, que voltaram para os maridos ou companheiros porque gostam. A Patrulha de Atendimento à Violência Doméstica da Polícia Militar, que começou a funcionar em Ribeirão das Neves há pouco mais de um ano, de acordo com Cristiane Dias, amenizou o problema.

A patrulha trabalha em parceria com a delegacia, que indica os casos em que as mulheres ou crianças estão em maior vulnerabilidade para que os militares façam visitas regulares para conversar com vítimas e agressores de forma a evitar violências mais graves. O problema, na avaliação da escrivã da delegacia da Polícia Civil, é que a patrulha da Polícia Militar do município conta com apenas dois policiais, um homem e uma mulher, o que é pouco para atender uma cidade de 400 mil habitantes.

 

Com informações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

 

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O governador Romeu Zema entregou nesta sexta-feira (10), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, 625 novas viaturas para 494 cidades mineiras, que foram adquiridos por meio de emenda parlamentar dos deputados federais de Minas Gerais da últimaLegislatura (2015-2018) no valor de R$ 40,9 milhões. O município de Ribeirão das Neves recebeu dois veículos para reforçar o policiamento.

Com a presença de centenas de prefeitos e de deputados federais e estaduais, o governador ressaltou o trabalho desempenhado por sua gestão, mesmo em meio a dificuldades financeiras, e a prioridade dada às áreas estratégicas, como a Segurança Pública, com resultados já nos primeiros meses deste ano. "Temos conseguido fazer com que os índices de criminalidade sejam os mais baixos dos últimos 20 anos, então não é só dinheiro que resolve as coisas. Ele ajuda, mas o que resolve é essa vontade de querer mudar", disse o governador.

Na avaliação geral, dos 12 crimes monitorados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio do Observatório de Segurança Pública Cidadã, 11 apresentaram queda no primeiro trimestre deste ano.

O número de roubos em Minas Gerais caiu 32% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 7.110 registros de roubos a menos nos três primeiros meses de 2019, o que significa a redução de 79 ocorrências por diadeste tipo de crime no estado. Já o total de vítimas de homicídios, importante indicador de violência, também diminuiu 16,2%, passando de 860 vítimas para 721 nos três primeiros meses deste ano.

Também participaram da solenidade secretários de Estado, representantes das forças de segurança estaduais, deputados, prefeitos, vereadores e lideranças municipais.

 

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O Secretário de Estado de Segurança Pública, General Mário Araújo, visitou nessa terça-feira (8), o Complexo Penitenciário Público Privado (CPPP), em Ribeirão das Neves. Na sua primeira visita a uma das 197 unidades prisionais do Estado, o secretário deixou claro que uma das prioridades da sua gestão será o trabalho efetivo na capacitação de agentes penitenciários e na melhoria da infraestrutura do sistema prisional mineiro.

O General ressaltou, também, que para o sistema prisional não há frase de efeito ou fórmula mágica. "É preciso muito trabalho. Vamos conhecer todos os modelos para extrairmos as boas práticas de cada um deles", disse o novo chefe da pasta.

Acompanhado pelo diretor-geral do complexo por parte do Estado, José Fábio Piazza Júnior, e pelo diretor-presidente dos Gestores Prisionais Associados (GPA), Rodrigo Gaiga, o secretário conheceu a unidade I do complexo prisional onde encontram-se internos do regime fechado. A visita foi iniciada por uma apresentação da empresa privada que administra a unidade em cogestão com Estado, quando foram apresentados os números e indicadores do CPPP. "A GPA tem em mãos um grande desafio. É muito importante os senhores estarem aqui para conhecer este projeto. Esta unidade tem muita tecnologia embarcada e aqui é tudo pensado para haver o mínimo de problema possível", disse Gaiga.

Depois da apresentação, a comitiva conheceu as salas de aula, oficinas de informática, o núcleo de saúde, as salas de controle e as oficinas de trabalho da unidade I, onde foram apresentados ao General Mário Araújo projetos de ressocialização como o Jovem Aprendiz e o Portas Abertas.

Positivamente impactado com o funcionamento da unidade e sua estrutura automatizada, o secretário conversou com internos como o Ednardo Souza, de 36 anos, que já cumpriu pena em várias unidades prisionais do Estado, incluindo a PPP, e hoje já em regime aberto, é contratado da GPA como professor de pintura do projeto Portas Abertas.

Para finalizar a visitação o secretário conheceu a chamada célula-mãe, onde fica localizada a cozinha industrial que atende o complexo. Na cozinha são preparadas todas as refeições servidas para os 2.164 internos e seus servidores. A pedido do secretário a comitiva aproveitou a ocasião para almoçar e experimentar a mesma refeição que é servida aos internos. "Saio daqui impressionado pela apresentação da unidade. É um modelo vencedor. Precisamos agora comparar os custos com o modelo tradicional. Vi aqui esperança e humanização. Esta é uma mensagem de esperança para a sociedade brasileira", disse o secretário.

 

Com informações da Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais.

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