Passadas as eleições, conhecidos os resultados, pudemos finalmente chegar a algumas conclusões.
Lamentavelmente verifica-se que estamos diante de um apagão. Apagão social, cultural, profissional, familiar, e mais entristecedor ainda, o apagão educacional.
Estamos enfrentando um momento onde nos deparamos com muitas informações, porém, com pouquíssima conscientização.
As pessoas têm recebido informações de toda natureza, de todas as fontes, verdadeiras ou mentirosas, mas ninguém tem sabido o que fazer com elas.
Criou-se no Brasil, duas facções, a do Lulísmo e a do Bolsonarismo, e desfocamos do principal que é o país.
Pessoas se enfrentando em defesa das suas escolhas, uns Lulístas outros Bolsonarístas, enfraquecendo o mais importante que é a força da coletividade. Estamos divididos.
Influenciados pelos interesses da grande mídia e redes sociais, nos separamos em duas partes, nos esquecendo do nosso próprio EU, para então defender e favorecer aqueles que não medem esforços para se perpetuarem no poder, notoriamente às custas de nossa ignorância de não percebermos que somos apenas o meio, facilmente manipuláveis.
Vi com muita preocupação, que o resultado da eleição presidencial, não se deu por escolhas, mas por exclusão. Votou-se em um, por não gostar do outro, e as propostas ficaram em segundo plano. Até porque não houve propostas de relevância para nos apegarmos, assistimos a encenações repetitivas, onde os benefícios do Bolsa Família ou Emergencial (ou seja lá qual nome), foi prevalecente.
Os debates até poderiam ter tido os ringues como cenário, já que as intenções dos candidatos não eram as de nos apresentar o que pretendiam oferecer se eleitos, mas de nocautear um ao outro, tendo o passado sujo de ambos como golpe fatal. E passado sujo, é prenuncio de futuro imundo.
Temo que se o brasileiro não repensar seu comportamento, passando a usar a força da coletividade em prol do país e do brasileiro, e não em prol de um ou de outro, os ânimos vão se aflorar, e assistiremos a grandes embates entre, trabalhadores x empregadores, filhos x pais, religião x religião, gêneros, raças entre outras tantas.
O que vejo como mais preocupante em minha humilde percepção, é o escandaloso corporativismo entre os poderes, o que fiscaliza com o que deveria ser fiscalizado.
Se não nos atentarmos para isso, cobrando para que cada órgão esteja em seu devido lugar exercendo o papel determinado na forma expressa na lei, e não em favor dos interesses dos detentores do poder, estaremos cada vez mais enfraquecidos, mais dependentes.
Os desafios continuarão enormes a partir de janeiro, e por mais bem intencionado seja o candidato eleito, falta-lhe a habilidade do milagre, portanto, estejamos preparados, pois o que está sendo esperado do governo que iniciará em 2023, não se resgatará de um dia para o outro.
Além dos desafios de governar os problemas internos do País, terá ainda a missão de encontrar soluções para os gargalos deixados pelo alto custo da Pandemia do Covid 19, da guerra da Ucrânia e da forte recessão econômica no mercado internacional.
Seguindo o raciocínio de especialistas, em relação à economia, diferentemente do estilo liberalista do Bolsonaro;
(...)
“é característico do governo do PT trazer para dentro da economia a pirâmide social.
Com isso, a demanda agregada tende a ser maior, pois há mais apoio econômico à população, o que aumenta seu poder de compra e pode deixar a inflação um pouco mais alta”.
* Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital.
Lembrando minha ultima coluna, mesmo tendo o candidato eleito um instinto popular, nada será muito fácil para ele. O momento é outro, e ele também já não é o mesmo.
Teremos de ter muita responsabilidade com nossas finanças, pois em curto prazo não haverá milagres.
Toda árvore leva um tempo até florir e produzir seus frutos.
Então, restou-nos a forte missão de unir nossas energias e torcer muito para que seja um governo assertivo, honesto e voltado para o povo, e não para os políticos e/ou seguimentos, como vimos imperar até hoje.
Avante Brasil!