A Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão das Neves divulgou o edital para a Consulta Popular que definirá os diretores e vice-diretores das escolas municipais para o quadriênio 2026-2029. O processo, baseado na Lei Municipal nº 4.109/2020, visa garantir uma gestão escolar democrática com a participação da comunidade.
Cronograma e Locais Importantes
A votação está marcada para o dia 8 de novembro de 2025, nas Escolas Municipais de Educação Básica, com o horário de 8h às 17h, sem atrasos. A apuração dos votos ocorrerá na sede da Secretaria Municipal de Educação (SMED), localizada na Rua Seicídio Jorge Ricardo, nº 86, no Bairro Santa Paula.
A agenda completa do processo inclui:
19 a 25 de agosto de 2025: Assembleias nas escolas para a formação das Comissões Organizadoras Escolares.
31 de agosto de 2025: Previsão da aplicação da prova de Conhecimento Teórico Básico de Gestão Escolar.
22 de setembro de 2025: Data de entrega do Plano de Gestão à Comissão Organizadora Escolar.
1º a 7 de outubro de 2025: Inscrição presencial das chapas na SMED.
Condições e Requisitos para Candidatos
Para se candidatar, os profissionais devem atender a uma série de requisitos:
Estar em exercício na escola municipal há, no mínimo, seis meses.
Possuir avaliação de desempenho igual ou superior a 70%.
Não ter sido demitido do serviço público nos últimos cinco anos.
Ter graduação em Licenciatura Plena, Pedagogia ou Normal Superior, ou Bacharelado/Tecnólogo com formação Pedagógica Docente.
Ter aproveitamento de, no mínimo, 60% na prova de Conhecimento Teórico Básico de Gestão Escolar, certificada pela FADECIT.
Os candidatos a diretor e vice-diretor não podem ter parentesco até o 3º grau. Cada chapa deve elaborar um Plano de Gestão Escolar para o quadriênio, que será analisado pela Comissão Organizadora Escolar.
Quem pode votar?
A votação é aberta a três grupos da comunidade escolar:
Profissionais em exercício na escola municipal.
Pais, responsáveis legais ou responsáveis pedagógicos por estudantes matriculados.
Estudantes matriculados com idade mínima de 14 anos.
O voto é secreto e universal. Será considerada eleita a chapa que obtiver a maioria simples (50% mais um) dos votos válidos. Em caso de segundo turno, a chapa vencedora será a que obtiver a maioria simples dos votos válidos.
Em caso de empate no segundo turno, o critério de desempate será a idade do candidato a Diretor, sendo vencedor o mais velho.
Para mais detalhes sobre o processo, incluindo os anexos e modelos de documentos, o edital completo está disponível no Diário Oficial dos Municípios Mineiros.
A Via Cristais, concessionária responsável pelo trecho da BR-040 entre Belo Horizonte (MG) e Cristalina (GO) e subsidiária da VINCI Highways, segue com o cronograma de recapeamento asfáltico como parte da primeira fase de melhorias previstas para a rodovia.
Segundo a concessionária, os trabalhos seguem até o dia 28 de julho, com intervenções em diferentes municípios mineiros. Em Ribeirão das Neves, as obras ocorrem de 22h às 5h, no trecho entre a cidade e Belo Horizonte.
As atividades ocorrem em ambos os sentidos da rodovia, mas sem interdição total da via. A previsão é que essa etapa das obras seja concluída até outubro, dependendo das condições climáticas.
As intervenções fazem parte da chamada “primeira onda” de medidas de respostas rápidas, iniciada em 11 de março, e visam promover melhorias imediatas na infraestrutura da rodovia, com foco na segurança viária e no conforto dos usuários.
O escopo dos trabalhos inclui reparos profundos no pavimento, fresagem, recapeamento completo e melhorias no sistema de drenagem. A Via Cristais orienta os motoristas a redobrarem a atenção e respeitarem a sinalização nas áreas em obras, especialmente nos trechos com intervenções noturnas em Ribeirão das Neves.
Mais de 130 bairros de Betim, Contagem, Esmeraldas e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ficarão sem água na próxima terça-feira (22/7). O motivo é uma manutenção programada da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) que deverá causar interrupções no abastecimento.
Conforme a Copasa, a previsão é que o fornecimento de água seja normalizado gradualmente na manhã de quarta-feira (23/7). "Para minimizar os impactos, será disponibilizado caminhão-pipa para abastecer os reservatórios da empresa", informou.
Em situações como essa, imóveis com caixas d’água podem não ser afetados.
Em Ribeirão das Neves serão afetados Alterosa, Jardim Verona e Veneza. Em Esmeraldas, Conj. Castelo Branco, Corcovado, Monte Sinai, Novo Retiro, Parque do Sabiá, Pinheiros, Recanto da Floresta, Recanto da Mata, Recanto do Passaredo, Recanto Verde, Recanto Verde 2, Recreio do Retiro, Recreio do Riachinho, Residencial Caio Martins, Retiro, Serra Verde, Vila Esmeraldas.
Após a prisão, suspeito alegou que a relação foi consensual e que houve um 'flerte mútuo'
Um condutor de moto por aplicativo, de 32 anos, foi preso após uma jovem, de 18, denunciar ter sofrido um estupro por parte dele depois de uma corrida no bairro Belo Vale, em Ribeirão das Neves, na madrugada desta sexta-feira (18/7).
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a vítima relatou que durante o trajeto de aproximadamente três minutos, o homem afirmou que já havia realizado outras corridas para ela e que a 'achava bonita'. Ao chegarem no destino, a jovem optou por efetuar o pagamento via PIX.
O condutor desembarcou, forneceu a chave para pagamento e o valor foi transferido para a conta dele. Entretanto, a vítima relatou que após o pagamento, o suspeito a segurou pelo braço e, ao tentar se desvencilhar, foi ameaçada de que ele estaria armado, fazendo com que ela perdesse a capacidade de reação.
A PMMG apontou que o condutor apalpou os seios da jovem, introduziu a mão por dentro da calça e passou a tocar suas partes íntimas. Dessa forma, ele virou então virou a vítima de costas, pressionou seu rosto contra um muro, abaixou sua calça e realizou penetração vaginal sem o consentimento dela.
Estado de choque
A jovem afirmou aos militares que, durante o ato forçado, conseguiu se desvencilhar e correu para sua casa, onde entrou em estado de choque. Por medo de assustar seus avós, ela não comunicou imediatamente o ocorrido a familiares e realizou contato com a PMMG pelo 190. Por volta das 10h30, as autoridades policiais contataram a vítima e, com base nas informações repassadas por ela, se dirigiram ao endereço da placa da motocicleta.
Suspeito alega relação consensual
De acordo com a corporação, os militares encontraram o homem no local indicado, que confirmou ter realizado a corrida e alegou haver ocorrido um 'flerte mútuo', afirmando que a relação foi consensual e que houve interesse de ambas as partes. O argumento não convenceu os policiais e ele foi preso sem haver resistência.
A jovem foi encaminhada para atendimento médico no Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte onde foi submetida a exames complementares indicados para casos de violência sexual. Já o condutor permaneceu em custódia até a finalização do registro policial. Ele e a vítima foram encaminhados à 10ª Delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para as providências necessárias.
Moradora do bairro Maria Helena, em Ribeirão das Neves, a estudante Diully Ranieri, aluna do 3º ano noturno da Escola Estadual Juscelino Kubitschek (JK), também está prestes a embarcar para uma nova jornada acadêmica internacional. Ela foi selecionada para participar da Asia International Mathematical Olympiad (AIMO), que será realizada em Tóquio, no Japão.
Diully já acumula conquistas importantes: em fevereiro deste ano, foi medalhista de bronze na International Talent Mathematics Contest (ITMC), na Tailândia, consolidando seu nome entre os jovens talentos da matemática brasileira. "Fui ganhadora da ITMC, na Tailândia, trazendo a medalha de bronze para o Brasil", ressalta.
“Estou extremamente animada e grata por essa viagem, que tenho certeza de que será incrível. Com muita dedicação e fé em Deus, sei que posso tudo”, disse a estudante. Ela espera voltar ao Brasil com mais uma medalha e reforçar o orgulho da comunidade escolar e da cidade.
A participação de Diully em competições internacionais reflete o potencial dos estudantes das escolas públicas e o impacto de oportunidades educacionais bem direcionadas.
Nós, das Ciências Sociais, temos uma máxima que pode ajudar a responder à questão que dá título a este artigo: “Tentar resolver problemas complexos com soluções simples só aumenta o problema.”
Exemplos dessas políticas amadoras se acumulam ao longo da história. A Lei Seca nos Estados Unidos é um grande exemplo. Em vez de compreender por que a classe trabalhadora norte-americana se afundava no vício, e buscar enfrentar suas causas — como entender o uso abusivo de álcool como sintoma de um mundo sem perspectiva de melhora de vida para trabalhadores submetidos a jornadas extenuantes, sem acesso a lazer, recreação ou sequer tempo para estar com suas famílias — o governo preferiu a repressão.
Assim, a resposta do governo norte-americano da época, nada afeito a análises complexas, foi resolver o problema da forma mais simplista possível: proibiu, por decreto, o consumo de álcool. Em vez de apresentar um projeto estruturado e multissetorial que enfrentasse a miséria das classes empobrecidas, optou-se pelo que uma elite com visão colonial sempre faz: sobrecarregar as forças de segurança para reprimir e tentar “domesticar” os excluídos à sua lógica de exploração.
O resultado dessa “solução mágica” não foi a redução, mas sim o aumento do consumo de bebidas. O mais agravante foi que os donos de bares e os consumidores passaram a ser tratados como transgressores da lei, superlotando as cadeias — obviamente compostas, em sua maioria, por pessoas pobres, pois a elite daquela época, assim como ocorre hoje com a questão da maconha e de outras drogas no Brasil, continuou tomando seu uisquinho sem maiores consequências. Outro grande problema causado pela proibição foi o fechamento das fábricas que produziam bebidas alcoólicas. Com isso, a produção passou a ser clandestina, o que aumentou os casos de intoxicação por bebidas adulteradas, agravando ainda mais o já deficitário sistema de saúde pública norte-americano.
Nenhuma dessas consequências sensibilizou os donos do poder. Entretanto, a gota d’água para o fim da Lei Seca foi o fato de ela colocar em risco os interesses das elites tradicionais. A venda ilícita de álcool gerou tantos lucros que permitiu o surgimento de figuras como Al Capone. Esse mafioso de origem italiana ganhou tanto dinheiro que, primeiro, comprou o silêncio e a conivência da polícia — que, cansada de “enxugar gelo” ao prender pequenos usuários e traficantes de álcool, passou a ignorar a ilegalidade. Depois, para dar uma aparência de legalidade, Al Capone comprou uma rede de lavanderias para mascarar seus lucros — inventando assim o termo “lavagem de dinheiro”. Além disso, investiu em hotéis e outros negócios, tornando-se uma espécie de rei de Chicago. Por fim, comprou juízes e passou a financiar campanhas políticas, até que as autoridades, temendo perder o controle político da cidade, revogaram a Lei Seca e buscaram outras (ainda precárias) formas de lidar com o alcoolismo.
Essa lógica de tentar resolver problemas complexos com soluções mágicas também se repete na história das Américas, com o intuito de manter intactos os privilégios das elites e negar sua responsabilidade direta pelo contexto gerador de problemas sociais que se pretende resolver com medidas populistas.
A chamada “Guerra às Drogas”, iniciada na década de 1960, tinha, assim como a Lei Seca Décadas antes, o propósito era acabar com o uso de drogas entre jovens norte-americanos que, na época, estavam cansados de uma sociedade de consumo e sem sentido, buscando alternativa a um estilo de vida que pretendia escravizá-los, assim como fizeram com seus pais, e se opondo ao desejo do governo de enviá-los para uma guerra sem sentido do outro lado do mundo, no Vietnã. Criaram um movimento de fuga da sociedade que os oprimia, ligado à contracultura, sob os lemas “Paz e Amor”, mergulhando de cabeça nesse novo modo de viver, colocando assim em xeque a lógica do modelo colonial, que exige que as pessoas existam apenas para trabalhar e gerar riqueza — riqueza que, em grande parte, não fica com elas.
Essa elite — que ainda enxerga o mundo como os colonizadores que chegaram à América em 1492 — preferiu iniciar uma “guerra” que ainda dizima toda a América Latina. Vide a história da Colômbia, muito bem retratada na série Narcos, que provavelmente já matou mais pessoas — em sua esmagadora maioria jovens, indígenas e negros moradores das periferias de origem latina — do que as duas guerras mundiais juntas.
O mesmo ocorre no Brasil, a partir da segunda metade do século XXI: a tentativa de resolver o problema da violência — causada, em grande parte, pela continuidade de um sistema colonial semelhante ao de castas, que privilegia uma minoria que vive em luxos estratosféricos às custas da exclusão da maioria — culminou na “solução mágica” do encarceramento em massa dos indesejáveis: jovens, negros, pobres, oriundos de famílias expulsas do campo para cidades que nunca ofereceram qualquer chance de inclusão — nem para seus antepassados, nem para eles. O resultado? O exponencial crescimento das facções criminosas dentro dos presídios, que há tempos extrapolaram seus muros e, assim como Al Capone, passaram a dominar setores da economia das grandes cidades.
Ao ler este texto até aqui, algumas pessoas podem se perguntar — especialmente aquelas com simpatia pelo modelo de escola cívico-militar: o que isso tem a ver com a proposta do governo Romeu Zema para a educação? A resposta é óbvia: faz parte da mesma lógica colonial de sempre.
Em vez de encarar os complexos problemas enfrentados pela educação brasileira — frutos de um crônico abandono, com salas lotadas, onde o professor mal consegue decorar o nome dos alunos, infraestruturas paupérrimas, pedagogias obsoletas, principalmente para jovens oriundos de classes populares que não veem sentido algum nos currículos, que apenas os tratam como futura mão de obra barata e não comunicam os reais problemas enfrentados — opta-se pela solução mágica, que quase sempre envolve repressão aos já subalternizados.
A pergunta é: o que esperar da presença de policiais em uma escola de periferia, que, com seu olhar treinado a partir da visão de uma elite colonial, enxergam parte significativa dos alunos atendidos por nossas escolas como suspeitos? E entenda-se “suspeito” como sinônimo de jovem, negro, oriundo de família de baixa renda e com os hábitos de vestimenta típicos das periferias. O resultado é quase óbvio: a expulsão dos tidos como “indesejáveis” do espaço escolar — justamente os mais vulneráveis, e para quem a escola era a única chance de escapar do ciclo de violência e pobreza.
Essa solução “mágica” tem sido escolhida em detrimento da implementação do Plano Nacional de Educação (2014–2024), uma política de Estado construída de forma colegiada, com metas estruturadas, a serem realizadas em regime de colaboração entre governo federal, estados e municípios. O PNE tem como objetivo garantir uma educação pública, gratuita, de qualidade e voltada para a equidade — com valorização da carreira docente, formação continuada, planos de carreira dignos, gestão escolar verdadeiramente democrática e atenção à aprendizagem real dos estudantes.
Nada disso foi feito. Para ser justo, a única meta atingida de fato pelo governo Zema, no que diz respeito ao PNE, foi a ampliação da formação técnica de jovens, por meio do programa Trilhas do Futuro. Porém, em vez de fortalecer a educação integrada, como os modelos do CEFET e do IFMG, o governo optou por parcerias público-privadas, cuja qualidade tem sido amplamente questionada — inclusive pelos próprios estudantes.
Nos sete anos de governo em Minas, pouco se pensou em políticas públicas para educação realmente estruturadas. Pelo contrário: direções escolares, professores e estudantes estão cada vez mais sobrecarregados com avaliações externas sucessivas, que consomem o tempo das já escassas aulas — especialmente de disciplinas como Sociologia, Filosofia, Artes, História e Geografia.
Eu mesmo, de 10 aulas planejadas neste bimestre para uma turma, consegui ministrar apenas 4, devido às inúmeras avaliações externas. São diagnósticos o ano inteiro — que trazem sempre os mesmos resultados, agravados, além da má qualidade do ensino ofertado, pela baixa adesão e pelo desinteresse dos estudantes por avaliações que não fazem sentido para eles, o que resulta em provas "chutadas". Com razão, eles preferem investir seu tempo em algo mais significativo.
Seguindo a lógica do diagnóstico, seria como constatar um câncer em estágio inicial e nada fazer. No diagnóstico seguinte, a doença evolui — e o paciente, no caso, o estudante, é submetido a sucessivos exames, sem a adoção de nenhuma medida para enfrentar os problemas diagnosticados. Por fim, o estudante conclui a educação básica e recebe um diploma que apenas atesta seu analfabetismo funcional. Conveniente para o governo que representa essa elite, já que analfabetos funcionais são mais fáceis de manipular — e de acreditar em soluções mágicas, como a escola cívico-militar.
Cabe aqui desmentir a propaganda amplamente divulgada pelo governador/influencer de Minas Gerais sobre o suposto sucesso dessas escolas. De fato, as escolas com melhor desempenho no estado são públicas, mas não é o Colégio Tiradentes — que, apesar de apresentar resultados um pouco melhores do que a escola pública, o faz não devido à adoção do modelo cívico-militar, mas sim por causa de maiores investimentos e da exclusão compulsória dos estudantes considerados “problemáticos”, que acabam retornando para a escola realmente pública
As verdadeiras referências são os CEFETs, Coltecs e IFMGs, que superam até escolas particulares de elite em aprovações no ENEM. E isso porque recebem investimento por aluno quatro a seis vezes maior que a rede estadual — são oásis em meio ao subfinanciamento da educação pública.
Com esses recursos, essas instituições cumprem quase todas as metas do PNE no que diz respeito ao ensino médio. Recentemente, ao levar turmas do 9º ano para conhecer o IFMG de Ribeirão das Neves, presenciei algo raro — principalmente para quem atua nas periferias: professores motivados e orgulhosos de suas instituições.
Uma breve pesquisa revelou as razões desse fenômeno: bons salários, planos de carreira atrativos, elevada qualificação docente (muitos mestres e doutores), além da implementação de um modelo de educação que enxerga os estudantes de forma integral — com apoio de psicólogos, assistentes sociais, e uma estrutura que integra formação profissional e ensino médio. Uma escola de um único turno com sete horas diárias, com rica infraestrutura de laboratórios — ao contrário do programa Trilhas do Futuro, que não apresenta essa mesma integração nem qualidade.
Para concluir — e reconhecendo que este texto, por ser extenso, provavelmente não será lido por quem acredita em soluções simplistas para problemas complexos — deixo aqui meu argumento final contra a falácia de que a implementação de escolas cívico-militares seja uma solução mágica para a complexidade do sistema educacional brasileiro e para o histórico de subinvestimento na educação básica.
Colocar um policial militar reformado para cada 150 alunos, como alternativa à valorização da formação humana, é, no mínimo, desonesto. Mas o que se pode esperar de uma elite com visão colonial?
O oposto disso seria adotar medidas “abomináveis” para essa elite: promover justiça tributária — em que essa elite passaria a pagar impostos como as classes populares e média, deixando de sequestrar metade do orçamento da União com seus lucros e dividendos sobre uma dívida pública nunca auditada — e construir um Estado de bem-estar social, como já foi feito há mais de um século nos países europeus idolatrados por essa classe que faz cosplay de Odete Roitman.
A solução oferecida por esse governo, representante dessa elite colonial, é repetir a velha lógica do vigiar e punir — evidentemente, apenas os pobres. Afinal, ninguém propõe escolas cívico-militares para os filhos da elite, que também enfrentam, em suas escolas — vários estudos comprovam isso — violências das mais diversas naturezas — especialmente simbólicas —, indisciplina e uso abusivo de drogas, consequência de um modelo de educação que impõe uma competição predatória, que mina a saúde mental de seus estudantes, em nome de uma meritocracia ridícula.
Porque, sejamos honestos: qual é o mérito individual de estudar em uma escola que poucos podem pagar?
Alexandre Siqueira de Freitas foi espancado por colegas de cela no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, e morreu no hospital
Um detento de 33 anos morreu nesta quinta-feira (3) após ser agredido por colegas de cela no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
Alexandre Siqueira de Freitas foi localizado pelos policiais no chão, com hematomas e dificuldade para se mover.
De acordo com o boletim de ocorrência, agentes da unidade foram acionados por volta das 7h15, após serem informados de uma briga entre detentos.
Ele foi retirado da cela e atendido na enfermaria do presídio, sendo posteriormente encaminhado ao Hospital Municipal São Judas Tadeu, onde morreu por volta das 9h, após tentativas de reanimação.
A direção do presídio informou que instaurou procedimento interno para apurar administrativamente o caso. Os detentos envolvidos serão ouvidos pelo Conselho Disciplinar e podem sofrer sanções que vão de advertência à comunicação ao juiz da execução penal. A investigação criminal está a cargo da Polícia Civil.
Alexandre havia sido admitido no presídio em dezembro de 2024 e possuía passagens anteriores pelo sistema prisional desde 2012.
Um rapaz de 19 anos quase foi baleado pelo avô da namorada após um desentendimento em relação ao horário que a familiar chegou em casa.
A ocorrência foi registrada no bairro Santa Martinha, em Ribeirão das Neves, nesta sexta-feira (4).
A confusão começou quando a jovem, também de 19 anos, voltou para casa em companhia do namorado, já na madrugada de hoje. A mãe dela ficou muito incomodada e questionou sobre o motivo para ele chegar mais tarde.
Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), nesse momento, o avô da moça, de 78 anos, saiu armado e foi na direção do namorado da neta dizendo “vou te matar, seu vagabundo”.
Em seguida, ele atirou duas vezes contra a vítima, mas não acertou porque o jovem correu bastante. O idoso foi encontrado pela PM escondido no bairro Xangrilá, em Contagem, e preso. A arma utilizada no crime, segundo o autor confesso, foi jogada em um matagal e não encontrada.
Direto do bairro Jardim Verona, em Ribeirão das Neves (MG), Claudinha e Fiim estão de volta com o lançamento da música “Final dos Tempos”, já disponível nas plataformas digitais.
A dupla, que marcou presença na cena com os funks conscientes “Muleque Cabuloso” e “Se Bater de Frente”, aposta mais uma vez em letras fortes e reflexivas, com mensagens que falam da realidade da quebrada e dos desafios da vida.
O videoclipe de “Final dos Tempos” já foi gravado e está em fase de produção, com direção da produtora Explode Record. Enquanto o clipe não sai, os fãs já podem conferir a música no Spotify e outras plataformas. Acesse aqui!
Com uma trajetória marcada por letras de superação e vivência, Claudinha e Fiim seguem fortalecendo o funk consciente mineiro, representando a quebrada com autenticidade e compromisso.
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