Em maio desde ano, estive visitando o nosso Distrito Federal e aproveitei a oportunidade para conhecer o estádio Mané Garrincha assistindo a final do campeonato distrital, entre os times Brasiliense e Brasília. Logo do lado de fora, o que me chamou a atenção, foi ver várias cadeiras amontoadas em um canto. Fiquei imaginando uma briga e que armas teriam em abundância.
Ao entrar no estádio, percebi o número bem reduzido de policiais militares, situação que em Minas Gerais, não é comum. No lugar deles, vi homens e mulheres com coletes florescentes em volta do gramado e nas arquibancadas fazendo a segurança no lugar dos militares. O bom é que não houve nenhum incidente e apenas a rivalidade sadia entre as duas torcidas que encherem o campo.
Não é preciso ser nenhum especialista para ter certeza que esse tipo de segurança para estádios, não é nem um pouco viável. Prova disso foi mais um episódio que aconteceu em uma partida de futebol no domingo (08/12), entre o time do Atlético Paranaense e Vasco da Gama, em Joinville/SC. Vários torcedores saíram machucados, alguns até de maca direto para o hospital.
Em entrevista a uma emissora de televisão, um sargento da PM relatou, que como se tratava de um evento particular, a polícia estava fazendo a segurança apenas na parte externa do estádio e que estaria seguindo uma recomendação do Ministério Público. Em resposta, um promotor de justiça disse que o MP não tem autoridade para tal recomendação e que talvez tenha acontecido um erro de interpretação por parte da polícia.
Na verdade, ninguém sabe quem irá assumir este monstruoso erro, o que já sabemos do poder público, é ele novamente rebatendo um problema como uma bolinha de tênis. Mas infelizmente, quem sai perdendo neste jogo são as pessoas de bem que comparecem aos estádios para se divertirem, famílias com crianças e idosos na tentativa de terem uma diversão sadia, se deparam com uma guerra entre marginais onde a imprensa já identificou a reincidência de vários agressores.
Em pleno século XXI, somos obrigados a assistir cenas lamentáveis como esta, onde o poder público mesmo após o incidente, se omitiu publicamente. Ainda bem que Minas Gerais não aderiu a mesma postura de escalar uma segurança privada onde o evento exige um amplo preparo, da polícia ostensiva. Até quando Brasil???
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