Empresa viabilizará o desenvolvimento de projetos de brasileiros no Massachusetts Institute of Technology (MIT) | Media Lab
A Natura, multinacional brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, está convidando, por meio do Programa Natura Campus, interessados em gerar inovação e valor compartilhado. O Programa, que promove a articulação de pesquisadores, universitários e interessados em criação e desenvolvimento de ideias e projetos científicos e tecnológicos, lançou, em conjunto com o MIT | Media Lab, uma chamada à rede científica brasileira.
Esta ação que reforça a parceria do Programa com Universidades e Institutos de Pesquisa irá viabilizar o desenvolvimento das melhores ideias que tratem da questão: "Como a tecnologia pode unir o produto ao ambiente virtual para ampliar a experiência do consumidor Natura?".
A chamada, que estará aberta até meados de junho, visa ainda promover a ida dos selecionados da rede científica brasileira ao MIT - Massachusetts Institute of Technology para transformar os projetos em realidade.
"Para a Natura é uma grande oportunidade de valorizar talentos e propostas inovadoras, além de desenvolver o crescimento sustentável, ampliando o valor dos negócios gerados em nossa rede de relações", destaca Gerson Pinto, vice-presidente de Inovação da Natura.
As propostas selecionadas na chamada serão transformadas em protótipos trazendo soluções tecnológicas para aumentar a experiência dos consumidores, elevando a qualidade e a intensidade das relações, um dos principais pilares da empresa.
Para desenvolver os protótipos, a Natura, que é membro do consórcio MIT | Media Lab, promoverá nos dias 4, 5 e 6 de agosto um Hackathon, com duração de 72 horas na sua sede em Cajamar. Durante o Hackathon, os selecionados da rede científica brasileira, os colaboradores selecionados internamente na Natura e os pesquisadores do Media Lab mergulharão em uma experiência de colaboração, cocriação, prototipagem e muita criatividade para desenvolverem projetos que respondam a pergunta-chave da chamada.
Os projetos desenvolvidos serão construídos com sugestões do consumidor. No último dia do evento, serão selecionados projetos vencedores e os responsáveis serão premiados com a realização de uma etapa de desenvolvimento de até seis meses no MIT a partir de novembro deste ano.
Os colaboradores da Natura que participarem dos grupos de trabalho e que tiverem propostas aprovadas também estarão presentes e acompanharão de perto o desenvolvimento dos projetos no Media Lab.
Inscrição
Os interessados poderão preencher o formulário disponível no portal Natura Campus e obter o documento descritivo do projeto obrigatoriamente em via eletrônica. Para submeter o projeto, o interessado deverá clicar no link correspondente à chamada "MIT Media Lab |Natura Campus" e preencher todos os campos da inscrição. O período para a submissão das propostas já está disponível online e irá até o dia 11 de junho.
Sobre o programa Natura Campus
O programa foi criado a partir da crença da Natura de que o estabelecimento de relações colaborativas é o melhor caminho para a identificação do novo, para a criação e para a melhoria de conceitos, para a geração de conhecimento e para o desenvolvimento de tecnologias. Para isso, a Natura tem como prática o estabelecimento de canais de relacionamento com a comunidade científica.
A partir de 2001, a empresa criou o Programa Natura Campus devido ao aprendizado gerado com os primeiros projetos em cooperação realizados com instituições de ciência a partir de editais de fomento público envolvendo o CNPq e a FAPESP.
Até o momento o Programa já acumulou mais de 50 projetos de pesquisa em parceria com mais de 30 organizações que atuam com desenvolvimento de Ciência e Tecnologia.
Atualmente, cerca de 3.500 pesquisadores estão registrados no programa e acompanham as oportunidades de pesquisa colaborativa com a Natura. Além disso, a estruturação de uma rede de conhecimento e competências tecnológicas contribui diariamente para os processos de interação com os pesquisadores da empresa e geram oportunidades por meio de ações de ativação existentes no programa,tais como: chamadas, desafios, interações científicas, workshops, entre outros.
Sobre a Natura
Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza. É líder no setor de venda direta no Brasil e registrou R$ 7 bilhões de receita líquida em 2013. Possui 30 linhas de produtos, sete mil colaboradores, 1,6 milhão de consultoras e operações na Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia e França. A estrutura da Natura é composta por fábricas em Cajamar (SP) e Benevides (PA), oito centros de distribuição no Brasil, além de centros de Pesquisa e Tecnologia em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Nova Iorque (EUA). Em dezembro de 2012, a empresa adquiriu de 65% da fabricante australiana de cosméticos australiana Aesop, a qual atua em países da Oceania, Ásia, Europa e América do Norte. Para mais informações sobre a Natura, visite www.natura.com.br e confira nossos perfis nas redes sociais.
A proposta de definição das Zonas de Interesse Metropolitano (ZIMs) e as Áreas de Interesse Metropolitano (AIMs) têm como premissas básicas o DESENVOLVIMENTO INTEGRADO E ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL MAIS JUSTA.
A proposta de implementação do aterro sanitário metropolitano em Ribeirão das Neves revela uma afronta direta a essas premissas apontadas anteriormente, uma vez que se trata de um município marcado historicamente pela destinação de projetos secundários, com impactos negativos de diversas ordens para essa cidade.
Desenvolvimento integrado e organização territorial mais justa pressupõem a distribuição de ônus e bônus de forma igualitária entre os municípios que compõem a região metropolitana. Contudo, essa cidade tem sido lembrada tão somente na hora de distribuir os ônus, em favor de um objetivo maior que é resolver problemas de ordem macrorregional, como a localização de estabelecimentos penitenciários, e agora recebimento de lixo de outras cidades.
Quando se discute a formulação de políticas de mobilidade (metrô e BRT, por exemplo), políticas de instalação de complexos industriais e atacadistas, políticas de construção de grandes unidades hospitalares, entre outras, o município de Neves está certamente na lista para ser beneficiado, porém em último lugar na escolha.
A prefeita Daniela Corrêa deixou claro seu interesse pela destinação do lixo da região metropolitana para a cidade que governa. Basta conferir a sua justificativa descrita no anexo do Projeto de Lei Municipal n. 007/2014, de autoria da Chefe do Executivo.
Segundo dados descritos pelo senhor Sidney Martins, integrante da equipe técnica da Prefeita Daniela Corrêa, o município de Ribeirão das Neves gasta atualmente cerca de R$ 500 mil por mês com o "lixão" em operação na cidade.
Se considerarmos o valor de R$ 18,00 a tonelada de resíduos sólidos a ser pago no novo modelo de aterro metropolitano, e levando em consideração a produção de aproximadamente 200 toneladas diárias de lixo por Neves, esta cidade arcaria com um custo mensal aproximado de R$ 108 mil reais por mês. Ou seja, o município teria uma economia mensal aproximada de R$ 392 mil.
Portanto, o aterro metropolitano consiste, sob a ótica econômica, um negócio "bão de mais da conta sô", como dizem os mineiros, porém desde que não seja instalado no município de Ribeirão das Neves, por razões de todas as ordens.
Em primeiro lugar, a destinação do aterro metropolitano para aquela cidade viola agressivamente as premissas de desenvolvimento integrado e organização territorial mais justa.
A falta de infraestrutura da cidade, especialmente a precária pavimentação das ruas, sofrerão ainda mais com o impacto aproximado de 3 mil toneladas de lixo por dia (oriundos de 44 municípios), que representa 200 carretas caçambas (15 toneladas cada uma) por dia.
A mesma falta de infraestrutura da cidade, com o trânsito dessa enorme quantidade diária de lixo, propicia riscos de acidentes veiculares, sem contar com a poluição sonora.
A proposta não possui vantagem econômica expressiva de arrecadação de imposto ISS, pois 166 mil reais por mês (valor declarado pela Prefeita Daniela Corrêa) é um valor ínfimo perante os prejuízos na infraestrutura da cidade, a depreciação de sua imagem, e riscos ambientais assumidos.
A especulação imobiliária, diante da instalação desse empreendimento, aterrará o valor dos imóveis, pois se tornarão menos atrativos para investidores e famílias de fora.
Ainda que o aterro se encontre distante do centro urbano e tenha tecnologia adequada usada, o empreendimento não é 100% seguro e pode gerar sérios danos ao solo e leitos subterrâneos e superficiais, assim como à saúde humana devido aos vetores de doença, como ratos, insetos, aves etc.
Embora o projeto tenha a previsão de incentivos para o uso de tecnologia moderna e limpa, a incineração do lixo não foi proibida, situação que poderá afetar as regiões mais próximas.
No tocante à oferta de trabalho, os empregos que seriam gerados são poucos e com baixos salários. Além disso, não existe obrigatoriedade de contratação de moradores da cidade.
A cidade, estigmatizada pela presença de estabelecimentos penais, sofrerá mais ainda a violação de sua imagem, tendo prejuízos com o desinteresse de empresários de instalarem seus negócios ou até mesmo a fuga dos atuais.
Trata-se de um projeto de mais de 30 anos, cujo terreno ocupado e do entorno apresentará limitações de uso econômico, habitacional e social, após o encerramento das operações.
Em uma cidade que possui volume elevado de problemas sócio econômicos, não nos parece justa, técnica e socialmente adequada a escolha da localização do aterro metropolitano, razão pela qual, caso seja aprovado o projeto de lei municipal, a prefeita Daniela Corrêa, assim como os vereadores que forem favoráveis, carregarão eternamente o rótulo de "os políticos do lixo".
Aos vereadores que já se manifestaram publicamente contra essa ideia (Fabiano Diniz, Vanderlei Delei, Rômulo Fernandes, Lourival Andrade, Valter Bento e Nilton Brauninha), os cumprimentos e agradecimentos devem ser externados por toda a população, pois exerceram nada mais do que a missão constitucional que lhes foi imputada, desapegados das alianças com o Poder Executivo Municipal.
Àqueles vereadores que ainda não se manifestaram, tornam-se lamentáveis suas atitudes, tendo em vista os dados e informações já amplamente lhes apresentados, sob a ótica econômica, ambiental e social, afinal, vocês foram eleitos para representar os cidadãos dessa cidade e não da Região Metropolitana.
Nesta tomada de decisão, a população local terá subsídio para separar o "joio do trigo" no próximo sufrágio eleitoral.
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