A coluna A.Parte do jornal O Tempo desse domingo (19) revela que o ex-secretário municipal de Saúde e atual secretário de Governo de Ribeirão das Neves, João Marcelo Guimarães de Abreu, é alvo de investigação pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por suposta irregularidade na licitação que contratou a clínica São José para prestar serviços de exames laboratoriais ao município.
De acordo com a coluna, no último dia 10 de novembro, o apartamento do secretário teria sido alvo de busca e apreensão de um mandado expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Ribeirão das Neves. A dona da clínica, Flávia Guimarães Mesquita, e a atual secretária municipal de Saúde, Renata Leandro Figueiredo e Silva, também teriam sido alvos da ação da polícia.
A suspeita do MP é que houve irregularidade no procedimento administrativo de licitação para contratação da clínica, localizada próximo à UPA Centro, por R$ 7 milhões, cujo contrato foi assinado em julho deste ano.
No início do ano, a Secretaria Municipal de Saúde já havia contratado a Clínica São José, com dispensa de licitação, para instalar um laboratório de análises clínicas em comodato no município dentro do Hospital São Judas Tadeu pelo valor de R$ 2 milhões nos seis meses de vigência do contrato.
O Ministério Público está evitando manifestações sobre o caso para não atrapalhar as investigações. A Prefeitura também não se pronunciou sobre o episódio.
A Comissão de Ética da Câmara de Ribeirão das Neves analisa um pedido formal para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o vereador Célio Eustáquio da Fonsa, o Lelo (PRTB), por uma série de denúncias e por quebra de decoro parlamentar. O pedido requer ainda afastamento do vereador até o término das investigações.
Na denúncia recebida pela Casa, feita pelos munícipes Rafael Nunes Jorge e Gilberto José Pereira, são apontadas possíveis irregularidades envolvendo a nomeação de Erick Fonseca - filho de Lelo - aos cargos de auditor geral e de secretário de esportes e cultura de Ribeirão das Neves, a contratação de uma empresa de uma das noras do vereador para prestação de serviços de oficina automotiva ao município e pelo exercício de cargo em comissão de vice-diretora de escola municipal pela esposa de Erick.
A solicitação foi encaminhada para a Comissão de Ética, presidida pelo vereador Fábio Caballero. Em reunião na última terça-feira (14), Caballero fez a leitura de seu relatório, que pedia o arquivamento da solicitação. No entanto, após discussão dentro da comissão, o pedido foi quebrado em dois: a parte que pede a CPI foi arquivada, pois segundo Fábio é de competência exclusiva dos parlamentares a abertura desse tipo de investigação. Por outro lado, sobre o pedido de afastamento, a comissão aprovou que a Casa faça requirimentos junto ao Ministério Público (MP) para buscar mais elementos e eventuais provas contra o vereador.
Caballero rechaçou a tese de que o processo interno contra Lelo teria sido arquivado em um acordo para evitar as investigações. "Não foi arquivado, vamos buscar mais elementos junto ao MP. A comissão aprovou por unanimidade o pedido de busca por todos os processos, denúncias e provas em desfavor do parlamentar", avaliou Caballero.
Já o vereador Lelo, alvo das acusações, se mostrou tranquilo e afirmou que não vê qualquer responsabilidade no que tange as denúncias. "O MP tem que apurar, mas não vejo qualquer irregularidade. A nomeação do Erick é de competência do chefe do Executivo, eu não era sequer presidente da Câmara quando da contratação da oficina, e minha nora foi eleita vice-diretora antes de o meu filho assumir qualquer cargo. Não vislumbro nada que me coloque em situação de culpa", afirmou Lelo.
Após manifestação do MP, a Comissão de Ética deve marcar nova reunião para discutir sobre o afastamento do vereador, que, para ser concretizado, deve ter 10 dos 14 votos no plenário da Câmara.
Otimização dos serviços. Essa é a justificativa da Prefeitura de Ribeirão das Neves para a locação de um imóvel de familiares do chefe do executivo nevense por R$ 138 mil anuais, conforme informado em primeira mão pelo RibeiraoDasNeves.net na última segunda-feira (13).
De acordo com a administração municipal, "a atual gestão vem promovendo mudanças desde o início do mandato, reduzindo despesas e melhorando os espaços, para facilitar o acesso do público aos equipamentos da prefeitura e proporcionando qualidade de serviços aos servidores".
O espaço, segundo o Poder Executivo, vai abrigar, além da Secretaria de Esportes e Cultura, a Casa dos Conselhos. "A medida tem como objetivo centralizar os atendimentos à população e à própria prefeitura, com economia de tempo e comodidade de locomoção".
Além disso, a assessoria de Junynho Martins alegou que o prefeito "pertence a uma família muito grande no município com mais de 500 membros em primeiro grau".
Nova política
A Prefeitura destacou ainda medidas tomadas desde o início do ano no sentido de economia dos gastos público. "O novo prédio da Secretária Municipal de Saúde, já inaugurado e em funcionamento, e as novas instalações que estão sendo concluídas em terreno próprio para abrigar as secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania e de Segurança, Trânsito e Transporte, que hoje funcionam em prédios que pagam aluguel", que, segundo o órgão, resultarão em uma economia superior a R$ 700 mil.
Leia a resposta na íntegra:
INFORMAÇÃO À IMPRENSA
Em referência ao contrato Nº 095/2017, processo 293/2017, cujo objeto foi a locação do imóvel situado à Rua Ari Teixeira da Costa Nº 1099, bairro São Geraldo, no valor anual de R$ 138.000,00 (cento e trinta e oito mil reais), a Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves informa que a medida faz parte da otimização dos serviços. A atual gestão vem promovendo mudanças desde o início do mandato, reduzindo despesas e melhorando os espaços, para facilitar o acesso do público aos equipamentos da prefeitura e proporcionando qualidade de serviços aos servidores.
Entre as alterações promovidas podemos destacar o novo prédio da Secretária Municipal de Saúde, já inaugurado e em funcionamento, e as novas instalações que estão sendo concluídas em terreno próprio para abrigar as secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania e de Segurança, Trânsito e Transporte, que hoje funcionam em prédios que pagam aluguel.
A Prefeitura Municipal destaca que essas medidas resultarão em uma economia superior a R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), recursos que serão revertidos em outros benefícios para a população. Em relação a locação do espaço para abrigar a Secretaria de Cultura e Esportes e a Casa dos Conselhos, a Prefeitura Municipal esclarece que a medida tem como objetivo centralizar os atendimentos à população e à própria prefeitura, com economia de tempo e comodidade de locomoção. Sobre o questionamento do grau de parentesco do Prefeito Junynho Martins com os locatórios do imóvel, informamos que o mesmo pertence a uma família muito grande no município com mais de 500 membros em primeiro grau.
A Prefeitura de Ribeirão das Neves alugou um imóvel de familiares do prefeito Junynho Martins (PSC) em frente à sede do Poder Executivo para alocar a Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, pasta gerenciada por Erick Fonseca, filho do vereador Lelo (PRTB).
No início do ano, especulou-se tal locação a partir do fechamento de uma padaria de propriedade de parentes do chefe do executivo nevense que funcionava desde a década de 1990 no imóvel. Naquele momento, apesar de a administração municipal negar a informação, uma grande reforma no prédio estava sendo tocada.
A publicação foi feita nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial dos Municípios Mineiros (DOMM), mas a assinatura do contrato havia sido feita em 17 de outubro. A contratação - feita com dispensa de licitação - vai custar ao município R$ 138 mil ao ano, R$ 11.500 por mês. O imóvel pertence a Gilmar Cláudio da Silva, Kátia Silene Alves Guimarães da Silva e Deivisson Carlos da Silva: Gilmar e Deivisson são primos de 1º grau do prefeito.
O detalhe é que tanto a estrutura de Esportes como a de Cultura estão atualmente em imóveis próprios do município: no Parque Ecológico e na subprefeitura de Justinópolis, respectivamente, ou seja, não geravam, até o momento, custos de aluguel aos cofres públicos.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Ribeirão das Neves não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Os vereadores aprovaram por unanimidade dois Projetos de Lei (PL) importantes na reunião ordinária da Câmara Municipal nessa terça-feira (7), que tratam questões como o autismo e a isenção de taxas para entidades filantrôpicas.
O primeiro projeto aprovado, PL nº 42c/2017, de autoria do vereador Léo de Areias (PDT), institui dois testes rápidos de identificação precoce do autismo, um nos primeiros 18 meses de vida e outro dos 18 meses até os 3 anos de idade da criança. Além disso, o texto obriga os estabelecimentos públicos e privados, como bancos, supermercados e farmácias, a dar atendimento prioritário aos portadores da doença.
O vereador comemorou a aprovação do projeto e destacou a importância da identificação precoce da doença. "Atualmente, muitas pessoas com deficiência encontram-se sem diagnóstico e sem acompanhamento adequado no município, o que leva a um péssimo prognóstico à vida dessas pessoas", ressaltou Léo de Areias.
Outro projeto aprovado por 100% dos parlamentares, PL nº 029/2017, concede isenção do pagamento de taxa e multa urbanística relacionados à regularização de edificações e habite-se de imóveis ocupados por instituições filantrôpicas, de autoria do Poder Executivo.
A isenção, de acordo com o texto da Lei, será declarada por ato do prefeito, mediante requerimento da entidade interessada dentro do prazo de um ano - prazo este estipulado por emenda do vereador Vanderlei Delei -, que deverá cumprir uma série de requisitos.
Como justificativa do projeto de lei, o prefeito Junynho Martins (PSC) destacou a oportunidade que essas entidades, que prestam serviços às pessoas mais carentes, terão pararegularizar os imóveis, "contribuindo para a organização e regularização do cadastro imobiliário do município".
Ambos os projetos seguem agora para sanção do chefe do Executivo.
Os vereadores de Ribeirão das Neves mantiveram o veto parcial do prefeito Junynho Martins (PSC) sobre artigos incluídos pela Emenda Nº 02/2017 da Proposição de Lei Nº 050/2017, que regulamenta o Programa "Minha Casa, Minha Vida" na cidade. O chefe do Executivo vetou itens que incluiam associações ligadas aos vereadores Fabio Caballero (PPS) e Vicente Mendonça (PT) no texto da Lei.
A apreciação do veto aconteceu de forma tensa no plenário da Casa durante reunião ordinária dessa terça-feira (31). Dezenas de moradores que reivindicam a construção de moradias populares estiveram presentes na sessão e pressionaram os parlamentares a quebrar o veto do prefeito.
Após muita discussão entre vereadores da base do prefeito Junynho Martins e parlamentares do grupo que queriam a derrubada do veto, a questão foi apreciada com votação nominal. No fim, 8 vereadores acompanharam o veto do Executivo e apenas 6 foram contra, retirando assim os artigos do texto.
Votaram a favor do veto os vereadores Lelo (PRTB), Pastor Dário (PSC), Mazinho da Quadra (PSC), Pastor Edson (DEM), Léo de Areias (PDT), Marcelo de Jesus (PSC), Vanderlei Delei (PTC) e Weberson Diretor (PSC). Foram contra o veto Carlinhos Figueiredo (PMDB), Messias Veríssimo (PT), Neuza do Depósito (PPS) e Ramon do Girico (PMDB), além de Fabio Caballero e Vicente Mendonça, autores da proposta.
Para o vereador Vanderlei Delei, que defendeu a manutenção do veto, os artigos são inconstitucionais. "A gente nota que os vereadores direcionaram para entidades ligadas diretamente a eles e sabe-se lá o que foi colocado para essas pessoas. A inclusão dessas entidades na lei fere o principio da impessoalidade, um dos nortes da administração pública". Para Delei, a emenda não foi construída de forma coletiva. "O projeto foi viciado e o MP (Ministério Público) poderia contestar sua constitucionalidade", afirmou.
Fabio Caballero afirmou que o veto exclui a participação de um segmento que há anos participa da discussão sobre habitação. "Claro que existem outras formas de participar, como os conselho de habitação, mas iriamos garantir a participação desses grupos", destacou. Para ele, que também é advogado, o texto não é inconstitucional. "A questão política contra a participação desse segmento e a sociedade civil teve uma grande derrota aqui hoje", lamentou.
Já Vicente Mendonça afirmou que o objetivo era incluir famílias de baixa renda que já lutam nessa área há vários anos. "É desigual, eles foram o pilar da luta desse terreno da Cohab. A gente consegue trazer esse investimento para a cidade e agora fomos excluídos", avaliou. Mendonça também rechaçou a tese de inconstitucionalidade do texto. "É um direito garantido de participação, pois só existem duas entidades para participar do conselho de habitação", finalizou.
A ex-prefeita de Ribeirão das Neves Daniela Corrêa (PT), recebeu o RibeiraoDasNeves.net na última terça-feira (24) para uma entrevista exclusiva, a primeira depois de deixar o comando do Poder Executivo no município. Atualmente gestora de um pólo de uma universidade de ensino a distância no Shopping Justinópolis, a petista não economizou nas palavras e fez avaliação sobre temas polêmicos, como a "paternidade" das obras do PAC e do fechamento de escolas, entre outros assuntos. A entrevista completa você assiste em nosso canal no Youtube.
Bloco 1>
Petista fala sobre o que anda fazendo após deixar a Prefeitura, se posiciona sobre a "paternidade" das obras do PAC, avalia seu desempenho nas urnas em 2016, revela dificuldades no trato com os vereadores e refuta ter sonegado informações à equipe de transição da nova gestão.
Bloco 2
Ex-prefeita faz avaliação sobre a dívida do município anunciada pela nova gestão, quebra o silêncio sobre os funcionários fantasmas, analisa o mérito das dívidas de 13º e salários de dezembro último não pagos, fala sobre o fechamento de escolas, justifica a não entrega da prometida maternidade e justifica a reversão do terreno às margens da BR-040 de volta à Cohab.
Bloco 3
No último bloco, a ex-prefeita fala sobre os problemas com o ICISMEP, analisa as críticas recebidas ao longo do mandato e das ações mais marcantes, faz uma avaliação sobre os primeiros meses de mandato do prefeito Junynho Martins e revela se será candidata a deputada nas próximas eleições.
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (25), por 251 votos a 233, a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir processo criminal contra o presidente da República, Michel Temer, por crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça, seguindo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Na primeira denúncia, por crime de corrupção passiva, o presidente havia conseguido 263 votos a favor e 227 contra.
Dos deputados de Minas Gerais que votaram, 32 foram contra a autorização das investigações, 19 foram queriam o prosseguimento do processo e 1 se absteve do voto. Um deputado mineiro esteve ausente da sessão e não votou.
A reportagem fez uma levantamento sobre como votaram os 10 parlamentares eleitos com maior quantidade de votos em Ribeirão das Neves nas eleições de 2014. Quem votou SIM, votou para que a investigação não prosseguisse, quem votou NÃO queria que o processo fosse ao STF. Veja a seguir:
Após meses de discussão, deputados e senadores aprovaram no fim do prazo a reforma política. As novas regras foram sancionadas pelo presidente Michel Temer e algumas já passarão a valer para as eleições de 2018.
Entre as novidades estão a criação de um fundo com recursos públicos para financiar campanhas para compensar o fim das doações de empresas (proibida pelo Supremo Tribunal Federal), a adoção de uma cláusula de desempenho para os partidos, o fim de coligações partidárias a partir de 2020 e a determinação de um teto de gastos para candidaturas.
Ao sancionar a reforma, o presidente vetou proposta que determinava que os sites suspendessem, em no máximo 24 horas, sem decisão judicial, a publicação de conteúdo denunciado como "discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa em desfavor de partido ou candidato". A proposta foi alvo de críticas de parlamentares e de várias entidades do setor de comunicação.
Confira o que muda a partir das eleições de 2018:
Cláusula de desempenho
Como era: todos os partidos recebiam uma parcela do fundo partidário, e o tempo de propaganda em emissoras de televisão e de rádio era calculado de acordo com o tamanho da bancada de cada legenda na Câmara dos Deputados. Agora: os partidos precisam atingir um desempenho eleitoral mínimo para ter direito a tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário. Para 2018, os partidos terão que alcançar, pelo menos, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em, no mínimo, nove estados, com ao menos 1% dos votos válidos em cada um deles. Como alternativa, as siglas devem eleger pelo menos nove deputados, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da Federação. As exigências aumentarão gradativamente até 2030.
Fundo eleitoral
Como era: não existia. Partidos e candidatos podiam receber doações somente de pessoas físicas e não havia verba pública destinada diretamente a campanhas eleitorais. Agora: foi criado um fundo eleitoral com dinheiro público para financiamento de campanhas eleitorais. O fundo, estimado em R$1,7 bilhão, terá a seguinte distribuição: 2% igualmente entre todos os partidos; 35% entre os partidos com ao menos um deputado na Câmara, 48% entre os partidos na proporção do número de deputados na Câmara em 28 de agosto de 2017 e 15% entre os partidos na proporção do número de senadores em 28 de agosto de 2017.
Arrecadação
Como era: os candidatos podiam iniciar a arrecadação apenas em agosto do ano da eleição, mas o acesso ao dinheiro estava condicionado ao registro da candidatura. Agora: os candidatos podem arrecadar recursos em campanhas online (crowdfunding) a partir de 15 de maio do ano eleitoral. Além disso, os partidos podem vender bens e serviços e promover eventos de arrecadação. Empresas estão proibidas de financiar candidatos.
Limite para doações
Como era: as pessoas físicas poderão doar 10% do rendimento bruto declarado no ano anterior à eleição. Agora: não mudou. O presidente Michel Temer vetou item que previa um teto de 10 salários mínimos.
Limite para gastos
Como era: sem limite. Agora: haverá limite de gasto com valores distintos conforme o cargo que o candidato almeja:
Presidente: R$ 70 milhões no primeiro turno e metade desse valor em caso de segundo turno.
Governador: entre R$ 2,8 milhões e R$ 21 milhões, dependendo do número de eleitores do estado.
Senador: entre R$ 2,5 milhões e R$ 5,6 milhões, dependendo do número de eleitores do estado.
Deputado federal: R$ 2,5 milhões.
Deputado estadual/distrital: R$ 1 milhão.
Debates
Como era: emissoras de televisão e rádio eram obrigadas a convidar candidatos de partidos com mais de nove deputados na Câmara dos Deputados. Agora: esse número foi reduzido para cinco.
Voto impresso
Como era: não havia. O voto dos eleitores ficava registrado apenas na urna eletrônica. Agora: o voto deverá ser impresso a partir da eleição de 2018, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já comunicou que não terá orçamento para implementar a medida em todo o Brasil no próximo ano.
A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal parecer favorável ao pedido de um político para que a Corte considere constitucionais as candidaturas avulsas, ou seja, sem filiação partidária. O parecer foi encaminhado porque o tema está na pauta de julgamento do STF desta quarta-feira (4).
Conforme o parecer, o Pacto de São José da Costa Rica, de 1992, assinado pelo Brasil, prevê que todo cidadão possa participar de assuntos públicos, "diretamente ou por meio de representantes livremente eleitos". Nesse ponto, para a procuradoria, a exigência de filiação partidária confronta com o pacto e não é uma cláusula pétrea da Constituição, que só diz que não podem ser alterados o "voto direto, secreto, universal e periódico".
Na argumentação, a PRG diz que "não parece haver incompatibilidade entre a norma internacional aludida e as restrições a emendas constitucionais ou à incorporação do pacto aludido na ordem brasileira. Daí que os partidos representados no Congresso Nacional abriram mão, validamente, da função de organizações intermédias exclusivas entre governantes e governados, ao terem aprovado o Pacto de São José".
O prefeito Junynho Martins (PSC) participou, na manhã desta terça-feira (26), do quadro Café com Política, do programa Primeiras Notícias, da Rádio Super, onde concedeu entrevista e falou sobre sua gestão à frente do Executivo nevense nestes primeiros 9 meses, citando as dificuldades que encontrou e as medidas impopulares que teve de tomar no primeiro ano de mandato, pedindo paciência e compreensão à população.
Questionado como estão sendo os primeiros meses, Junynho confessou que as dificuldades estão sendo até maiores do que esperava e citou as negociação para obter apoio dos governos estadual e federal. “O Pimentel ficou de pagar a divida social que o Estado tem com o município, mas ainda não tivemos nada. No Governo Federal, conseguimos alguns recursos a fundo perdido”, disse. “No início, foquei em Saúde e Educação. Peguei a cidade com "nome sujo", não temos grandes empresas, vivemos com poucos recursos”, acrescentou.
O prefeito comentou sobre a situação do Hospital São Judas Tadeu e revelou que o município arca com 75% do custeio do equipamento, mas não especificou de onde vem o restante. “No hospital municipal, são 12 milhões (de custeio) por ano, e a gente só recebe R$ 3 milhões por ano, eu tenho que pagar R$ 9 milhões”, afirmou.
Em relação à criminalidade, Junynho disse que é um mito que o presídio leva a violência e repudiou o projeto de instalação de um novo anexo na Dutra Ladeira. “O Pimentel anunciou mais uma unidade, pedi ao governador que não faça isso. Eu pedi a desativação da penitenciária José Maria Alkimin, para dar mais segurança às pessoas. 70% dos presos não são de Neves. Estatisticamente, Neves é menos violenta que as cidades no entorno. Os presídios é que desgastam a nossa imagem”, avaliou.
Perguntado sobre um possível aumento dos servidores, o prefeito foi taxativo ao dizer que o município não tem condições de fazer isso agora. “Eu peguei a prefeitura sucateada. 80% dos funcionários são efetivos. Ano passado houve um reajuste histórico. Mês passado tive que demitir vários servidores da educação. Cortei meu salário, do vice. Não tem como falar de aumento sendo que estou custando para pagar em dia”, ponderou. “A reforma administrativa tirou vários penduricalhos de cargos comissionados, cortamos várias secretarias”, acrescentou.
Sobre a política nevense, o prefeito alfinetou seus adversários por agirem no esquema “quanto pior, melhor” e afirmou que não tem oposição Câmara Municipal. “Tem candidato que não tem maturidade para entender que a eleição passou e é hora de ajudar. Eu perdi em 2012, como vice, e não critiquei (o governo). Alguns fazem oposição irresponsável, não aceitaram o resultado, fizeram campanha suja. Isso não atrapalha o Junynho Martins, e sim o município”. E finalizou o assunto política. "Os 14 vereadores estão alinhados com o governo".
Quanto ao asfalto, grande demanda da população, Junynho afirmou que o município tem cerca de 300 km de ruas por fazer. “Já asfaltamos 70 ruas. Pedi ao governador socorro. Não é só asfalto, é esgoto e saneamento, dar condições de ir e vir ao cidadão. É inimaginável”.
Sobre as finanças do município, o prefeito revelou que dos R$ 5 milhões de Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que a cidade recebe por mês, R$ 4,8 milhões estavam sendo bloqueados por dívidas. “Isso tem que ser revisto, principalmente na saúde e educação. Nós temos que ter um aporte muito maior que o que temos hoje. O Governo do Estado deve olhar com mais carinho. Ninguém quer esmola. Queremos levar grandes empresas, nossa geografia é privilegiada, mas a contrapartida tem que começar pelo básico”, ponderou.
Sobre a demissão dos professores, Junynho disse que não teve escolha e afirmou que em sua gestão não existe funcionário fantasma. “Eu sou professor, doeu muito pra mim (demitir professores), mas não tem nenhum aluno desassistido, alguns professores de apoio foram desligados, mas se não fizesse isso, não conseguiria pagar em dia e nem o 13º salário. Cargos comissionados com cabide de emprego hoje não existe. Fizemos um censo, descobrimos mais de 200 funcionários fantasmas, que vamos entregar ao Ministério Público”, garantiu.
Em relação aos problemas urbanos, o prefeito afirmou que a questão data da década de 70. “As fazendas foram sendo loteadas. Estamos criando o Plano de Expansão, para crescer ordenadamente. Vamos fazer o Plano Diretor, ainda não temos, é um absurdo, foi o maior ônus que peguei ao assumir”, avaliou.
Sobre o projeto da Cohab Minas que prevê a construção de um projeto habitacional, industrial e comercial às margens da BR-040, Junynho foi taxativo ao discordar do modelo proposto, com cerca de 5 mil moradias. “Não concordo, não damos conta disso mais. Fiz uma nota de repúdio à Cohab e me encontrei com o presidente Alessandro (Marques). Nessa área queremos implantar um Centro industrial, com no máximo 1.5000 moradias”, disse.
Em relação ao desenvolvimento econômico, o prefeito disse apostar em duas frentes. “Estou conversando com as empresas que já estão na cidade para ampliações e com as interessadas em se instalar na cidade. Nosso comércio é muito bom e muito forte. Eu tenho que avançar em empresas de médio e grande porte para que a gente deixe de ser cidade dormitório”, finalizou.
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