A Controladoria Geral do Estado (CGE) de Minas Gerais afirma ter encontrado irregularidades em três órgãos do Estado, que teriam sido praticadas em períodos compreendidos nas gestões anteriores, entre 2011 e 2014, ocupadas pelos então governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP).
Apenas os problemas apontados no contrato de concessão patrocinada para a gestão e construção do Complexo Penal de Ribeirão das Neves seriam responsáveis por um rombo de cerca de R$ 42,5 milhões. De acordo com a CGE, a Secretaria de Estado e Desenvolvimento Social (Seds) teria recebido e arcado com responsabilidades que na verdade seriam da concessionária do serviço.
Os controladores do Estado afirmam que os supostos problemas no Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop) e no Instituto de Geoinformação e Tecnologia (Igtec), somados aos da Seds, podem ter causado danos de aproximadamente R$ 72,5 milhões ao patrimônio público.
Em julho de 2015, o jornal Folha de S. Paulo já apontava denúncia de superfaturamento no contrato da gestão do ex-governador Antonio Anastasia com empresas que constroem e administram penitenciárias público-privadas em Ribeirão das Neves. À época, todos os envolvidos negaram irregularidades à reportagem da Folha.