A Penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves, será desativada. A intenção do governo, segundo o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana de Vasconcellos, é realocar os 1.833 detentos da unidade nos próximos três anos e destinar o terreno, de 925 hectares, a outra finalidade, ainda não definida.
Um dos motivos para a desativação é a localização, no centro da cidade, o que dificulta adoção de medidas de segurança, como o bloqueio do sinal de celular. Além disso, o prédio do primeiro presídio de Minas Gerais, inaugurado em 1938, já não atende os padrões de segurança, disse o secretário em entrevista ao jornal O Tempo.
Segundo Vasconcellos, a intenção é criar zonas de penitenciárias. "O melhor é transferir aquelas vagas para outros lugares e transformar aquilo em um espaço para outras finalidades, talvez cultural. Daqui a dois anos teremos reduzido muito as pessoas. Em três anos é nosso objetivo entregar o prédio para outro conceito", afirmou.
Um dos destinos para os presos cogitados pelo Estado é a Dutra Ladeira, hoje com 2.109 pessoas, que tem espaço interno para isso, segundo o secretário. Além disso, unidades prisionais que estavam desativadas e passam por recuperação da infraestrutura também podem abrigar os presos da José Maria Alkimin.