A promotoria de Execução Penal do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) reuniu-se, nessa terça-feira (13), com a direção do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, em virtude da greve de fome que os detentos iniciaram nessa segunda-feira (12) por melhorias no presídio e a saída do atual diretor.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), alguns detentos voltaram a se alimentar no mesmo dia, por volta de 15h. Porém, familiares de presos que estão acampados no local negaram. Os familiares estavam receiosos por não saber o que aconteciam dentro da unidade.
Familiares de presos, principalmente, mulheres e mães, acamparam ao lado de fora do presídio. A Seds negou que houve uma rebelião no local. Em nota, o órgão afirmou que o ato foi feito por uma parte dos detentos, que voltaram a se alimentar na segunda. A unidade prisional seguiu sua rotina normalmente. Já o Ministério Público de Minas Gerais informou que uma promotora de Execução Penal afirmou que a situação foi controlada e que não há mais greve de fome.
Funcionários do presídio afirmaram que atualmente a cadeia está superlotada, com cerca de 2300 detentos, apesar de ter capacidade para receber 1200 presos, e que aproximadamente 500 detentos participaram da movimentação que reivindica melhorias na cadeia, quando alguns colchões chegaram a ser queimados.
A motivação da greve, segundo os familiares dos detentos é, principalmente, a falta de água e a comida que eles consomem, muitas vezes, estragada e azeda. Há queixa de que os detentos também não recebem medicamentos nem atendimento médico quando necessário.
Ainda segundo familiares, os presos pedem pela saída do atual diretor do presídio, já que as reclamações começaram a acontecer depois da entrada dele na administração.