O Corpo de Bombeiros foi acionado no início da tarde desta quarta-feira (18) para controlar um incêndio sem vítimas em um galpão da Rua José Pedro Pereira, no centro de Ribeirão das Neves, próximo à Igreja Universal do Reino de Deus, e mobilizou quatro viaturas para atender a ocorrência.
No entanto, ao chegar no local, a corporação constatou que não havia incêndio algum. Após tentar contato telefônico sem sucesso com o solicitante, as viaturas retornaram à base. Um exemplo clássico de "trote".
De acordo com os bombeiros, das ligações recebidas pelo 193, cerca de 30% eram trotes e 25% pedidos de informação. A corporação esclarece que 193 é uma Central de Emergência e deve ser acionado em caso de acidentes com vítimas, incêndios, afogamentos, soterramentos, ou qualquer situação onde haja um risco iminente.
Quando o bombeiro sai para atender um trote, ele deixa de atender uma vítima que pode estar realmente precisando de socorro. O custo com o atendimento de um trote quem paga é o cidadão. Segundo os militares, as crianças e adolescentes são os principais responsáveis pelos trotes. Os horários que antecedem a entrada nas escolas e após a saída são os mais usados por eles para fazer as ligações.
Além do prejuízo para a sociedade, o trote é crime. O artigo 266 do Código Penal Brasileiro prevê pena de um a três anos, além de multa, para os casos de perturbação do serviço telefônico de emergência.