Estratégias de mobilização da comunidade, ferramentas da gestão na melhoria dos processos e técnicas de resolução de conflitos de forma pacífica foram alguns dos temas aprendidos pelos formandos do curso de agentes de Polícia Comunitária, que receberam em solenidade no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, os certificados de conclusão, pins e brevês, após frequentarem o curso, com carga horária de 40 horas.
As aulas tiveram início em julho do ano passado em Belo Horizonte, Santa Luzia, Contagem, Betim e Ribeirão das Neves. Além de policiais militares, policiais civis, bombeiros e guardas municipais, participaram do curso também membros da comunidade, principalmente pessoas que fazem parte de Conselhos Comunitários de Segurança Pública (Consep). Para a coordenadora do Projeto Mediar, da Polícia Civil, Letícia Gamboge, essa foi a grande inovação do curso, contribuindo para a aproximação entre a comunidade e as forças policiais.
Como gerente do Projeto Estruturador de Avaliação e Qualidade, da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), José Francisco da Silva, destaca que a participação da comunidade é fundamental para o desenvolvimento da política. “Sem a comunidade é impossível levar qualquer política que tenha como base a prevenção. Não se concebe, hoje, ações de uma polícia moderna e cidadã sem essa participação”, avalia.
Parceria
O curso de Polícia Comunitária é desenvolvido metodologicamente pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e, por meio do Acordo de Cooperação Técnica, é executado pela Subsecretaria de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social e pela Diretoria de Integração de Ensino e Pesquisa. O objetivo é a familiarização com a filosofia de Polícia Comunitária, proporcionando uma nova parceria entre a população e as instituições de Defesa Social.
Para o subchefe do Estado Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel José Anísio de Moura, a integração com a comunidade é um viés novo, mas extremamente importante. “É a evidenciação de que somos pessoas, trabalhamos com pessoas e para as pessoas. O policiamento comunitário está na essência da formação dos nossos policiais militares. É básica e necessária para todos nós, do soldado ao coronel”, conclui.
Agência Minas