Duzentos e sessenta e três profissionais receberam nesta quarta-feira (14), no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte, o diploma de conclusão do curso de Formação Técnico-Profissional para Agentes de Segurança Socioeducativos. O curso foi a última etapa do concurso público do edital 03/2008, realizado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Os formandos integrarão o corpo de servidores das unidades da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase) de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves.
Quarenta e quatro deles atuarão no Centro Socioeducativo Santa Clara e outros 29 no Centro de Reeducação Social São Jerônimo (CRSSJ). O Centro de Internação Provisória Dom Bosco será o local de trabalho de 14 dos formandos, o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA BH) receberá 16 dos novos profissionais, 27 seguem para o Centro Socioeducativo Santa Terezinha e outros 32 atuarão no Centro de Internação Provisória São Benedito. Dezenove integrantes da turma de formandos irão trabalhar no Centro de Atendimento ao Adolescente (Cead), 23 no Centro Socioeducativo Santa Helena, 11 no Centro de Encaminhamento de Semiliberdade e 48 no Centro Socioeducativo de Justinópolis.
Na avaliação do formando Luiz Eduardo Gonçalves Ferreira, 32 anos, que foi coordenador do Grupo de Intervenções Táticas (GIT), da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Seds, o novo trabalho será uma importante oportunidade de colaborar com o sistema e dar sequência ao que aprendeu na antiga função. “Antes eu era contratado pela Suapi e agora sou efetivo da Suase. Assim, pretendo levar para o sistema socioeducativo novas ideias e as experiências que adquiri enquanto coordenador do GIT.”
Formação
Os agentes se submeteram a seis etapas do concurso, divididas em prova de conhecimentos gerais, teste de aptidão física, avaliação psicológica, investigação social, exames pré-admissionais e, por fim, o curso de formação, com carga horária de 200 horas/aula, além de cumprir 12 horas de estágio em unidades socioeducativas. “A cada etapa do concurso, os sentimentos de emoção e angústia me acompanhavam. Eu vigiava todas as divulgações na internet para saber se tinha passado para a próxima fase. O processo de seleção foi muito rigoroso, mas também muito eficiente. Por isso, me sinto tranquila para assumir a função”, relatou a formanda Márcia Parreiras.
O curso de formação profissional, ministrado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento do Sistema Prisional e Socioeducativo (Efap), teve caráter eliminatório e classificatório. Respeitando o número de cargos e vagas criadas e os critérios para aprovação (90% de frequência e 70% de aproveitamento na prova escrita), todos os candidatos aprovados no curso foram nomeados e empossados.
A diretora de Formação e Capacitação do Sistema Socioeducativo da Efap, Lilian Guerra Lemos, explicou que os temas abordados no curso procuraram criar uma interface com a realidade dos adolescentes, na medida em que foram tratados assuntos como saúde mental, toxicomania, mediação de conflitos, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), modelo de gestão da Suase e gerenciamento de crises. “Nos preocupamos em elaborar uma grade de temas, pensando nessa fase complexa e desafiadora que é a juventude. Foram abordados aspectos como o acolhimento desses jovens em conflito com a lei e até o trabalho com os egressos e suas famílias, depois de saírem das unidades”, pontuou.
Agência Minas