O prefeito Junynho Martins (PSC) e o vice Vitório Junior (PDT) convocaram, na manhã desta terça-feira (11), uma entrevista coletiva para avaliar os 100 primeiros dias de governo. O principal anúncio foi a redução de 30% do salário do prefeito, 15% do vice e 7% do secretário. O reajuste anterior, realizado na virada da antiga para a nova gestão, que beirou os 50%, foi bastante críticado pela população.

Além da medida, a dupla também ressaltou alguns atos da gestão, como a reabertura da UPA Joanico, inauguração do laboratório do Hospital São Judas Tadeu e do Centro Odontológico no bairro Sevilha B; reforma de 9 escolas e liberação de recursos para a creche no bairro Santinho; redução de secretarias, funcionamento da prefeitura em horário integral e pagamento em dia; limpeza da cidade, operação tapa buraco e pavimentação de mais de 30 ruas.

Foto: Reprodução / Rede Record Minas

Em silêncio sobre o generoso reajuste dos salários do prefeito, vice e secretários, o chefe do Executivo nevense, Junynho Martins (PSC), falou rapidamente sobre o tema em entrevista à Rede Record Minas.

"Eu já diminuí seis secretários, vamos cortar 200 funcionários fantasmas, isso vai dar uma economia de R$ 500 mil ao mês. Isso é muito menor do que reajuste salarial que não fui eu quem fiz, foi votado pela Câmara", disse o prefeito.

A reportagem mostra os moradores de Ribeirão das Neves revoltados com o aumento do salário do prefeito. Apesar da calamidade financeira em que o município vive, os valores dos subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários, que até dezembro passado eram de R$ 17.978,01, R$ 11.985,90 e R$ 10.026,74, passaram para R$ 26.778,74, R$ 17.852,50 e R$ 14.934,31, respectivamente, conforme informações oficiais divulgadas pela Prefeitura.

Além dos vencimentos, a divulgação da Folha de Pagamento sem o nome dos funcionários no Portal de Transparência, apenas com a matrícula, também tem incomodado os nevenses.

A reportagem na íntegra está disponível no site da Rede Record Minas.