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Educação

A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) divulgou edital de um processo de consulta pública simplificada para definar a destinação de emenda impositivas de bloco para obras e reformas de escolas da rede estadual de Ribeirão das Neves.

De acordo com a assessoria da deputada, a iniciativa objetiva garantir a publicidade, transparência e participação na distrituição dos recursos. Ao total, serão destinados R$ 542 mil para esse fim, sendo que cada escola pode pleitear o valor mínimo de R$ 100 mil e máximo de R$ 275 mil.

As inscrições podem ser feitas até 28 de fevereiro. Membros da direção escolar e do corpo docente podem inscrever suas unidades escolares para reforma de salas, refeitórios e espeços multiuso, além de obras de acessibilidade de pessoas com deficiência e outros fins.

Na internet estão disponíveis o regulamento completo da consulta e a ficha de inscrição das escolas, que deverá ser enviada para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMG) vai ofertar 1038 vagas para cursos de graduação na edição do primeiro semestre de 2020 do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu. Em Ribeirão das Neves são oferecidas 17 vagas para o curso de Tecnologia em Processos Gerenciais e 20 vagas para o curso de Bacharelado em Administração.

O edital, com as oportunidades divididas por curso e por campus pode ser acessado na página do Processo Seletivo. As inscrições serão abertas em 21 de janeiro e seguem até o dia 24 do mesmo mês. O cronograma foi divulgado pelo Ministério da Educação nesta quarta-feira, 4 de dezembro.

Para participar do Sisu em 2020, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano e não ter tirado nota zero na prova de redação. A nota do Enem 2019 será divulgada em meados de janeiro, segundo informou o Inep, responsável pela execução do exame.

Com a nota, os candidatos podem se inscrever, no site do Sisu, para até duas opções de vaga. Durante o período de inscrição, o Sisu divulga as notas de corte parciais em cada curso de modo que os interessados possam verificar as chances de aprovação e, com isso, poderem remanejar suas inscrições. Ao final, o sistema seleciona os mais bem classificados em cada curso, de acordo com as notas no Enem e eventuais ponderações, como pesos atribuídos às notas ou bônus. Caso o desempenho do candidato permita o ingresso nos dois cursos, prevalecerá a primeira opção, com apenas uma chamada para matrícula.

O resultado do Sisu será divulgado em 28 de janeiro. Um dia depois, 29, começam os prazos para matrícula nas instituições participantes (até 4 de fevereiro). É preciso ficar atento à documentação exigida. O IFMG divulgará o cronograma e locais de matrícula na página do Processo Seletivo e nos sites dos campi.

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A Prefeitura de Ribeirão das Neves disponibilizou, nesta sexta-feira (29), em seu site oficial, edital de para realização  de  Processo Seletivo  Simplificado  (PSS)  destinado  a  selecionar candidatos para vagas no âmbito da Secretaria Municipal de Educação (SMED).

De acordo com o edital, serão designados profissionais para os cargos de Educador Infantil II, Intérpretes de libras (Língua Brasileira de Sinais), Instrutor  de  libras  (Língua  Brasileira  de  Sinais),  Secretário  Escolar,  Pedagogo,  Professor  de Educação Básica - (Educação Infantil e Séries Iniciais), Terapeuta Ocupacional, Assistente Social, Fonoaudiólogo, Psicólogo e Professor de Educação Básica – Disciplinas.

As  inscrições  serão  realizadas somente via  internet,  através  de  preenchimento  do formulário de inscrição disponibilizado no site wwww.ribeiraodasneves.mg.gov.br, entre 9 de dezembro de 2019 e 1º de janeiro de 2020. Não haverá cobrança de taxa de inscrição

Os vencimentos variam de R$ 998 para os cargos de instrutor e intérprete de libras e secretário escolar, até R$ 1.969 para terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo e fonoaudiólogo, com carga horária que varia entre 20 e 24 horas semanais.

As fases do processo seletivo, os critérios de classificação e seleção, e os requisitos e documentos exigidos para a designção estão disponíveis no Edital PSS/RN nº 001/2019.

 

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Em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada nesta segunda-feira (25), estudantes, professores, pais e mães de alunos do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) pediram mais visibilidade e valorização da única instituição pública de ensino superior da cidade.

A comunidade escolar reivindica mais atenção do poder público para uma série de problemas que vão desde a necessidade de expansão do campus e continuidade de projetos de pesquisa e extensão, atingidos pelo corte de verbas por parte do governo federal, até transporte público, asfalto e iluminação nas vias de acesso.

"Aqui não é Ribeirão das Trevas", protestou a aluna Vitória Amaral, no encerramento da audiência, destacando a importância do IFMG não só para a comunidade escolar, mas também para o desenvolvimento da cidade, e resumindo o sentimento dominante entre os participantes da audiência.

Ela e outros alunos e professores lamentaram que o poder público não se interesse em divulgar o IFMG. Segundo eles, se a instituição fosse valorizada, poderia mudar até a forma quase sempre negativa como o município é visto, na maioria das vezes associado à existência do complexo formado por cinco penitenciárias.

"Não recebemos nenhum apoio da prefeitura nem para divulgação do processo seletivo", protestou o aluno Vítor Cardoso, afirmando que a falta de visibilidade do campus é tanta, que "grande parte da população sequer sabe que Ribeirão das Neves tem uma escola como essa e 50% dos alunos do IFMG vêm de BH". Na sua opinião, a instituição deveria servir prioritariamente à comunidade local, carente de recursos em quase todas as áreas.

Escola tem capacidade para 1.400 alunos

Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

A diretora do IFMG, professora Maria das Graças Oliveira, fez um resgate da história da instituição, que se instalou em Ribeirão das Neves no final de 2010, inicialmente em espaços provisórios, até mudar-se para o campus próprio, em 2016. Atualmente, a escola tem 860 alunos, devendo chegar a mais de 900 em 2020.

Conta também com 34 professores e 32 servidores técnico-administrativos. Mas o local tem capacidade para 1.400 alunos, 70 professores e 45 funcionários da área técnico-administrativa. Além de cursos técnico-profissionalizantes, a instituição oferece também cursos de graduação e pós-graduação.

Apesar desse potencial, o IFMG enfrenta problemas estruturais sérios mas que poderiam ser de fácil solução, segundo a diretora. Uma das principais demandas diz respeito à necessidade de asfaltamento e iluminação de apenas 300 metros da via que leva à portaria 1. O projeto de iluminação prevê a instalação de 12 postes e já se encontra na Cemig, à espera de aprovação.

Ainda segundo a diretora, a portaria 1 é a única que permite o acesso de ônibus, pois, devido às condições topográficas da região, os coletivos não têm condições de chegar à segunda portaria. A concessionária de ônibus da região explica que, para criar uma linha até a portaria 1, seria necessário o asfaltamento da via. Enquanto isso não acontece, os alunos são obrigados a percorrer uma longa distância, enfrentando, às vezes condições climáticas adversas, sob sol ou chuva.

Diretora lamenta falta de interesse pela educação

Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

"Várias vezes estivemos na prefeitura com delegação de alunos, professores e pais, mas até agora só ouvimos promessas. Na verdade, não há preocupação com a educação. O IFMG é a única escola pública de qualidade que temos na região e precisa de expansão", diz ela, afirmando que o projeto de iluminação e asfaltamento não passam de R$ 950 mil.

Márcio Rosa, um dos professores presentes, recordou que o projeto de construção do IFMG em Ribeirão das Neves foi uma decisão do ex-presidente Lula, após visita realizada ao município, em 2008. "Essa é uma região carente, que se transformou com a implantação dessa escola", frisou. "Até então, a única coisa que se construía aqui era cadeia. A escola contribui muito para o desenvolvimento do município", diz.

"Não queremos uma cidade lembrada apenas pela penitenciária. Este lugar é um patrimônio da cidade", frisou o professor da rede estadual e representante do Sind-UTE, Adriano José de Paula.

Deputada promete valorizar instituição e celebrar seus dez anos em 2020

Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

A reunião foi convocada a requerimento da presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), que se comprometeu a contribuir para dar mais visibilidade à instituição com uma grande celebração, em 2020, na Assembleia, quando o IFMG completa 10 anos.

"É pela educação que a gente transforma a vida da gente e da cidade", afirmou a parlamentar, defendendo a escola pública e assumindo o compromisso de cobrar das autoridades o atendimento das demandas.

A deputada também assumiu o compromisso de solicitar providências ao Ministério da Educação para ampliação do número de matrículas e expansão do campus, além de solicitar orçamento para assistência estudantil.

Lamentando a ausência de representantes do poder público local, a deputada disse que vai propor uma visita técnica da comissão ao prefeito Junynho Martins (PSC), a fim de cobrar providências que são da alçada do município, como asfaltamento e iluminação da via de acesso ao campus, além de transporte público.

Outro encaminhamento a ser feito, este no âmbito estadual, diz respeito à expansão física do campus, com um pedido de cessão do terreno vizinho, que seria de propriedade do Estado.

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O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira (21) a localização das 54 escolas públicas selecionadas para o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares em 2020. Destas, 38 são escolas estaduais e 16 municipais, localizadas em 23 estados e no Distrito Federal.

Em Minas Gerais, foram selecionados os municípios de Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena. No início de outubro, o prefeito Junynho Martins (PSC) divulgou a adesão de Ribeirão das Neves ao programa do Governo Federal. "Este modelo é um importante caminho para melhorar o ensino nas escolas públicas, com base no alto nível dos colégios militares", afirmou Junynho à época.

De acordo com o MEC, cerca de 1.000 militares, tanto da reserva como da ativa, vão participar do projeto-piloto, atuando na gestão educacional das instituições. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a escolha das escolas levou em conta a localidade, a partir de "uma equação com variáveis com base em critério absolutamente técnico".

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A comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou mais duas visitas técnicas, nesta segunda-feira (18), em escolas de Justinópolis, em Ribeirão das Neves. Pais de alunos, professores e diretores lamentam o fechamento de vagas de tempo integral, o que teria deixado centenas de famílias desamparadas.

A primeira escola a receber a presidente da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), e a deputada Andréia de Jesus (PSOL) foi a Escola Estadual Francisco Labanca, que oferece as séries de 1º ao 5º ano do ensino fundamental e tem hoje 600 alunos. Até ano passado, havia quatro turmas e 120 vagas de tempo integral que este ano, com o novo governo do Estado, foram cortadas sumariamente, de acordo com o diretor Carlos Eduardo Moreira.

Mães de alunos relataram o drama de não poder contar mais com o ensino de tempo integral na Francisco Labanca. A doméstica Maria do Socorro Lopes dos Reis, que trabalha em Belo Horizonte, agora tem que pagar uma pessoa para ficar em casa com o filho Davi, de 8 anos, e tem que levar a filha menor com ela, para o trabalho. "Aqui ele tinha atividades variadas, aula de música e uma boa alimentação, agora está todo desregulado, não tenho como pagar outras atividades para ele fora da escola", lamentou.

Deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus - Foto: Luiz Santana / ALMG

O diretor Carlos Eduardo Moreira diz que já enviou pedidos à Secretaria de Estado de Educação (SEE), para a volta do projeto, mas infelizmente não obteve resposta. Assim, não haveria, até o momento, nenhuma perspectiva de que as turmas de tempo integral sejam retomadas em 2020.

O diretor da unidade também pediu ajuda das deputadas para que a comunidade escolar seja ouvida pela Secretaria de Educação, antes da tomada de decisões. "A intenção do governo pode ser boa, mas tem que ouvir as pessoas que estão aqui no dia-a-dia, para saber das reais necessidades delas", enfatizou.

A deputada Andréia de Jesus, que é moradora de Neves, destacou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município já é baixo e que, com o corte nas vagas de tempo integral, a situação tende a piorar. "Quando a criança deixa de frequentar a escola, ela corre risco de vida. Há 30 anos não se constrói nenhuma nova escola pública no município, só se constróem presídios aqui", disse ela, referindo-se aos altos índices de criminalidade e mortalidade da juventude, principalmente entre os negros e mais pobres.

Município também corta vagas nas creches

A segunda instituição visitada foi a Escola Municipal Jandir Clemente Rocha, também em Justinópolis. A instituição, que atende a 340 crianças de 0 a 5 anos, tinha várias turmas de tempo integral até 2017, tanto no berçário quanto no maternal. Hoje restaram apenas duas turmas de bercário integral, com 24 alunos cada.

Para trabalhar a sustentar a família, a vendedora Elizabeth Palmeira passou a deixar a filha de 4 anos com a sogra, já idosa. "Muitas mães param de trabalhar, porque não têm onde deixar as crianças, mais aí, sem trabalhar, elas também não têm como cuidar dos filhos", disse, emocionada.

A superintendente municipal de ensino de Neves, Marisa de Resende, explicou que a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 2016, obrigou os municípios a ofertarem ensino público para as crianças de 4 a 5 anos. Com a situação financeira precária, sem os repasses regulares de verbas do Estado, a administração municipal teve que cortar as turmas de ensino integral das creches.

Foto: Luiz Santana / ALMG

A situação, que já era precária, pode piorar ainda mais, admitiu a superintendente, com a decisão do governo do Estado de municipalizar o ensino fundamental. Algumas escolas estaduais localizadas na cidade já não estão recebendo mais matrículas para o 1º ano do fundamental.

Segundo ela, serão, no mínimo, 1.400 crianças da rede estadual, que agora deveriam ser matriculadas na rede municipal. "Nós não temos nenhuma condição de atender mais essas crianças. O Estado está forçando os municípios a assumirem uma coisa que eles não conseguem de jeito nenhum", lamentou a superintendente.

A deputada Beatriz Cerqueira alertou à superintendente e à comunidade que é preciso mais mobilização das prefeituras, para evitar um caos ainda maior. "O governo está querendo passar a responsabilidade de todo o ensino fundamental para os municípios, não só das séries iniciais", afirmou a parlamentar.

Beatriz Cerqueira lembrou que já foram realizadas audiências públicas para discutir o assunto, e enviados diversos requerimentos e pedidos de providências ao governo do Estado. "Nós do Legislativo estamos fazendo a nossa parte, mas os municípios precisam reagir também, porque a situação é muito grave", concluiu.

Audiência

As atividades fazem parte de uma série de visitas requeridas pelas deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus após uma audiência realizada na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves, em setembro, que tratou de problemas relacionados à educação no município.

Deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus - Foto: Luiz Santana / ALMG

 

Com informações da ALMG.

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