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O governador Antonio Anastasia tomou posse, neste sábado (1º), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para seu segundo mandato como chefe do Executivo do Estado, tendo como vice-governador Alberto Pinto Coelho, também empossado. Em seu pronunciamento, Antonio Anastasia fez um chamamento para que se inicie no país um novo ciclo de governança a partir de uma reforma da gestão pública brasileira.
“É bem provável que tenhamos que conviver com um crescimento muito menor das maiores economias do mundo. Isso significa menos investimento produtivo e mais concorrência nos mercados, com reflexos importantes no equilíbrio da nossa balança comercial. Essa nova realidade também obrigará a todos, e não apenas ao governo central, a governar com mais austeridade e com foco preciso nas grandes tarefas que precisamos cumprir. A densa experiência de Minas nesses últimos oito anos de transformações nos obriga a recolocar o tema, como uma das mais importantes reformas que se impõem neste novo ciclo de governança que se inicia em todo o país: a reforma da gestão pública brasileira”, afirmou Antonio Anastasia.
Pacto federativo
O governador também cobrou a urgência de um fortalecimento do pacto federativo para que, aliado a uma gestão de qualidade dos recursos públicos, o País possa reduzir suas desigualdades. Ele lembrou que a carga tributária no Brasil é uma das mais altas do mundo.
“Não seremos capazes de atingir o pleno desenvolvimento sem desonerar a produção e os cidadãos, para assim elevar a produtividade e o consumo e domar aquela que é uma das maiores cargas tributárias do planeta. Não seremos capazes sem ajustar com coragem os gastos com a máquina pública, reorientando sempre os recursos para os investimentos. É nosso dever governar cada vez mais compartilhando responsabilidades, o que nos obriga fortalecer o pacto federativo, redimensionando direitos e deveres de forma justa e republicana. Somos, em essência, uma federação. Tendo essa natureza, sabemos que cada passo que os estados puderem dar na direção do efetivo desenvolvimento, significa que o país inteiro estará também mais próximo dele. Não o alcançaremos diferenciando cidades, estados e extensas regiões. Só o alcançaremos juntos, fazendo o Brasil avançar como um todo”, destacou o Anastasia.
Ele também afirmou que Minas Gerais não fugirá sua responsabilidade frente a agenda nacional. “Minas não fugirá às suas responsabilidades e nem tampouco ignorará o seu papel central no processo de desenvolvimento nacional. Estamos hoje e estaremos amanhã onde sempre estivemos: ao lado do país e solidários com as causas e lutas dos brasileiros do nosso tempo”, afirmou.
Compromisso com os mineiros
Após a cerimônia da Assembleia Legislativa, o governador seguiu para a Praça da Liberdade, onde aconteceu a solenidade comemorativa à sua posse. Ele foi recebido na Alameda da Travessia por 300 crianças da rede e 250 jovens do programa Valores de Minas, que o conduziram até o Palácio da Liberdade. Ao lado do vice-governador Alberto Pinto Coelho e do senador eleito Aécio Neves, nas sacadas do Palácio da Liberdade, o governador saudou as 5.000 pessoas presentes à solenidade. Em um pronunciamento emocionado, Antonio Anastasia defendendo a ética e a transparência na gestão pública. Ele também reafirmou seu compromisso com o trabalho sem trégua para garantir condições de vida dignas a todos os mineiros.
“As razões de Minas não nos permitem descanso e trégua ou qualquer conivência com a imensa dívida social que se acumula à nossa porta e que nos imputa responsabilidade compartilhada para extirpar a miséria, a fome, a ignorância; o desemprego, a exploração e o crime; a injustiça e a desigualdade que nos submetem como organização social e amesquinham as prerrogativas do próprio Estado”, disse o governador.
Combate às desigualdades
Antonio Anastasia destacou que liberdade e autonomia são as grandes bandeiras de Minas Gerais. Ele e afirmou que o combate às desigualdades regionais seguirá sendo o principal objetivo de seu governo.
“Liberdade e autonomia são as nossas grandes bandeiras fincadas no topo dos nossos justos anseios por igualdade, que torna coletivo e solidário o combate permanente que travamos contra as desigualdades que ainda diferenciam os nossos irmãos e distanciam as nossas grandes regiões. Não há tarefa maior que esta. Nenhuma mais honrosa”, destacou.
O governador encerrou seu pronunciamento agradecendo a confiança dos mineiros ao reelegê-lo para um segundo mandato. “Minhas últimas palavras neste ato solene, mineiros, pretendem traduzir o amplo sentido de entrega e dedicação que me toma nesta hora. Entrego-lhes o meu amor por Minas. E a ela e a suas causas, estou pronto a dedicar o que há de melhor em mim. E convoco-lhes: é hora de seguir em frente. Vamos escrever, juntos, as próximas páginas da nossa história”, disse Anastasia.
Agência Minas
Dilma Rousseff e Michel Temer foram empossados como presidenta e vice-presidente do Brasil em cerimônia realizada no Congresso Nacional. A mineira fez o primeiro pronunciamento como presidenta da República. Emocionada, ela foi muito aplaudida pelos presentes e disse que ter sido eleita para comandar o país é uma homenagem a todas as mulheres brasileiras. “Não venho para enaltecer minha biografia, mas para glorificar cada mulher brasileira. Meu compromisso é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos”, completou.
Dilma ainda fez uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e garantiu que dará continuidade ao trabalho dele. “Venho, antes de tudo, para dar continuidade ao maior processo de afirmação que esse país já viveu nos tempos recentes, para consolidar a obra transformadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem tive a mais vigorosa experiência política da minha vida e o privilégio de servir ao país nos últimos anos”, disse.
O discurso foi feito logo depois do juramento e da assinatura do termo de posse no plenário da Câmara dos Deputados. Dilma discursou na presença dos presidentes do Congresso, José Sarney (PMDB-AP); da Câmara, Marco Maia (PT-RS); do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso; e de demais integrantes da Mesa do Congresso Nacional.
Depois do Congresso, Dilma Rousseff seguiu para o Palácio do Planalto, onde recebeu a faixa presidencial de Lula. Ao subir a rampa com o vice-presidente, Milchel Temer, ela foi recebida pelo ex-presidente. A presidenta chegou no Rolls-Royce presidencial e foi ovacionada por milhares de pessoas que estão em frente ao Palácio do Planalto para assistir a transmissão da faixa presidencial. Dilma também foi aplaudida de pé pelos convidados que estão no salão do palácio.
Além dos 37 novos ministros, o presidente do Senado, José Sarney, ministros do Supremo Tribunal Federal e autoridades nacionais como ex-ministros, ex-parlamentares e generais das Forças Armadas. Após chegar ao Palácio, Dilma seguiu em direção ao parlatório, de onde fez seu discurso e recebeu a faixa presidencial.
A presidenta agradeceu a honra de ter recebido o apoio de Lula e a oportunidade de ter participado do seu governo. “A alegria que sinto pela minha posse se mistura com a emoção da despedida. Mas Lula estará conosco, sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é desafiadora. Eu saberei honrar este legado e consolidar e avançar nessa obras de transformação”, disse.
Dilma também lembrou o ex-vice-presidente José Alencar, que não pôde comparecer à posse. Ele faz tratamento contra um câncer e está hospitalizado em São Paulo, “A força dessa transformação permitiu que o poco brasileiro tivesse uma nova ousadia: colocar pela primeira vez uma mulher na presidência do Brasil”, afirmou.
Depois de receber a faixa presidencial do agora ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de discursar para a população, Dilma Rousseff recebeu cumprimentos de autoridades nacionais e estrangeiras que participaram das cerimônias de posse.
Agência Brasil
Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 99,99% dos votos apurados, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 56,05% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 43,95%.
Na campanha eleitoral, Dilma contou com o engajamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo registrou recordes de aprovação – na pesquisa Datafolha do último dia 27, a avaliação positiva do governo alcançava 83%. Lula participou de vários comícios e declarou repetidamente o apoio à candidata, o que inclusive rendeu a ele multas por propaganda eleitoral antecipada.
Antes da deflagração da campanha, o presidente também se empenhou em montar uma grande aliança política, que, além da adesão de aliados históricos do PT, como PSB e PC do B, incluiu o PMDB, um dos maiores partidos do país. O PMDB indicou o vice de Dilma, o deputado federal Michel Temer, presidente da Câmara. Nos últimos dias da campanha do primeiro turno, Lula chegou a dizer que esteve em mais eventos do que quando ele próprio foi candidato e disputou a reeleição, em 2006. No segundo turno, a aliança contava com 11 partidos: PT, PMDB, PC do B, PR, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC,PTN e PP, o último a anunciar apoio.
Biografia
A presidente eleita nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte (MG). Durante o regime militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, foi presa e torturada. No Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Filiou-se ao PT em 2001. Formada em economia, Dilma foi secretária de estado no Rio Grande do Sul.
Como ministra da Casa Civil, Dilma assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de 'mãe do PAC’. Na Casa Civil, ela sucedeu, em 2005, José Dirceu, homem forte do governo, que deixou o cargo atingido pelo escândalo do mensalão, em que parlamentares teriam recebido dinheiro para votar a favor de projetos do governo – ele sempre negou participação no suposto esquema. No governo, Dilma também ocupou o cargo de ministra das Minas e Energia. Quando Lula se elegeu presidente para o primeiro mandato, sucedendo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela participou da equipe que formulou o plano de governo do PT na área energética e do governo de transição.
Antes de tornar-se candidata, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto em abril de 2009 a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial. Dilma concluiu o tratamento de radioterapia e disse estar curada. Ela chegou a raspar o cabelo devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses. Boletim médico de agosto deste ano indicou que o estado de saúde da presidente eleita é considerado “excelente”.
Evolução nas pesquisas
Em fevereiro deste ano, o instituto de pesquisa Ibope apontou Dilma com 25% das intenções de voto contra 36% de seu principal adversário, José Serra. Após o início oficial da campanha eleitoral, quando ela passou a ter a imagem colada à do presidente Lula, a candidatura decolou. No fim de agosto, ela atingiu 51% das intenções de voto contra 27% do tucano, o que indicava uma vitória no primeiro turno para a petista.
Dilma chegou a oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto. Se, no começo do horário eleitoral, Serra usou imagem de Lula na televisão e chegou a utilizar o nome do presidente em um jingle, o tucano passou a relembrar fatos críticos para o PT, como o escândalo do mensalão. Figura importante do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quase não apareceu na campanha de Serra. Na reta final, o PSDB colocou na internet vídeos com ataques a Dilma.
Durante toda a campanha, a estratégia de Dilma foi afirmar que, caso eleita, daria continuidade ao governo do presidente Lula. Ela propôs ampliar programas que se tornaram populares no atual governo, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e Prouni. Como propostas de governo, Dilma registrou no TSE, de início, um documento polêmico.
Em busca dos quase 20 milhões de votos obtidos por Marina Silva no primeiro turno, a petista apresentou 13 compromissos de sua política ambiental. Oficialmente, o PV declarou neutralidade, embora representantes do partido tenham participado de ato em apoio a Dilma. Em outro evento no segundo turno, a presidente eleita também recebeu apoio de um grupo de artistas e intelectuais, entre eles Chico Buarque e o teólogo Leonardo Boff.
A seis dias do segundo turno, a candidata apresentou um documento com 13 “compromissos programáticos”, que chamou de diretrizes de governo. Os 13 itens são: fortalecer a democracia política e econômica; expansão do emprego e renda; projeto que assegure sustentável transformação produtiva; defender o meio ambiente; erradicar a pobreza absoluta; atenção especial aos trabalhadores; garantir educação para a igualdade social; transformar o Brasil em potência tecnologia; garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS); prover habitação e vida digna aos brasileiros; valorizar a cultura nacional; combater o crime organizado; e defender a soberania nacional.
A candidata do Partido dos Trabalhadores à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, esteve em Ribeirão das Neves, onde fez carreata junto lideranças regionais e correligionários
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