A Polícia Federal (PF), com o apoio das polícias Civil, Militar, Penais Estadual e Federal, realizou, nesta quinta-feira (5), a Operação Panóptico para combater a compra e venda de vagas no sistema penitenciário de Minas Gerais.
De acordo com a PF, as investigações tiveram como ponto de partida a apreensão de drogas com um detento na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Com ele, havia ainda um celular com mensagens e cópias de comprovantes bancários em favor da mulher de um policial penal, forte indício de participação de servidores da unidade prisional em suposto esquema de corrupção dentro do presídio.
Ainda segundo a corporação, os servidores púbicos alvos da operação ocupam cargos de direção dentro do sistema prisional mineiro. As investigações, que começaram há cerca de um ano, mostraram a participação de advogados, detentos e familiares, servidores públicos do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e um ex-assessor de um ex-deputado estadual.
Havia 23 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão e cinco medidas cautelares de afastamento de função pública para serem cumpridos em diversas cidades mineiras, incluindo Ribeirão das Neves. Os autos tramitam em segredo de Justiça.