Edson Alves, o Fera, foi o primeiro técnico do goleiro Bruno, sendo um dos responsáveis pela formação do atleta que brilhou com as camisas do Atlético-MG e do Flamengo. Acompanhando de longe o drama vivido pelo atleta, Edson concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, onde, apesar de não acreditar na participação do arqueiro no sumiço de Eliza Samúdio, ressalta que as más influências levaram o jogador a esta situação delicada. Confira abaixo a entrevista completa do treinador.
Conte um pouco sobre o início de sua relação com o Bruno?
O Bruno começou comigo na Escolinha de Futebol Palmeiras, que era no campo em frente à penitenciária. Ele tinha 13 anos, jogou comigo um ano e pouco e o levei para o Democrata de Sete Lagoas. Foi onde conviveu com o Gomes (goleiro da seleção brasileira na Copa de 2010), que agarrava no time de juniores. Mas logo veio embora para jogar no Venda Nova, de lá foi para o Tombense e chegou ao Atlético-MG.
E como era o Bruno que você conheceu? Apresentava algum tipo de comportamento que lhe chamasse a atenção, mudou o tratamento depois da fama?
Enquanto ele estava no juniores do Atlético-MG ainda tinha uma cabeça boa, era um menino tranquilo. Depois eu não sei. Subiu para o profissional, perdi o contato. Quando ele vinha a Ribeirão nos víamos na rua e somente nos cumprimentávamos. Perguntava se estava tudo bem.
Te surpreende a acusação de envolvimento em um crime? O que o senhor acha que pode tê-lo levado a isso?
Na minha opinião, ele tinha uma vida inteira de sucesso pela frente. Não sei o que aconteceu. Ficou rico muito rápido e passou a se envolver com pessoas que queriam apenas extorqui-lo, tirar proveito da fama dele. Talvez isso tenha gerado o que está acontecendo. Não sei. Quem vai dizer é a polícia.
Qual o peso do envolvimento de um ídolo da cidade para pessoas, como você, que realizam trabalhos sociais com crianças? A decepção com um ídolo pode atrapalhar a construir novas histórias?
Depois de Piazza, que é nascido aqui e foi campeão da Copa de 70, só ele deu certo. Muita gente jogou bola, inclusive eu, mas ninguém teve esse sucesso. Para mim, o Bruno era um ponto de referência. Era um menino pobre, que nasceu na favela, não teve cultura, não teve pai nem mãe próximos e venceu. Muito aqui estão assim. Não têm nem pai nem mãe. Era um exemplo. Mas não acredito que esse tipo de problema que tenha afetado a parte psicológica. Acredito que tudo isso é influência de terceiros, de pessoas que não o levaram para o bom caminho. Se ele tivesse tido contato com pessoas boas, seria a promessa para 2014.
O senhor acredita que o deslumbramento com o mundo do futebol pode ter sido o principal causador disso tudo? Como orientar aos jovens para que não repitam essa trajetória?
O meu trabalho não é para formar um jogador profissional, é para formar um cidadão. Depois dos 15 anos, o jogador não permanece mais na escolinha. Não faço nada esperando retorno, senão me tornaria empresário. O que eu prego é o seguinte: se a criança quer ter um carro e uma casa, basta estudar e trabalhar. Se quer fama, é diferente. Hoje os meninos querem jogar bola pela fama. É importante jogar futebol por gostar, não por fama. Casa, dinheiro e mulher vêm naturalmente para quem estuda e trabalha.
Sendo assim, na sua opinião, faltou esse tipo de estrutura para o Bruno ao longo da carreira?
Quando não há alguém para dar estrutura para isso, a pessoa se perde, se envolve com coisa ruim. Foi o que aconteceu. O dinheiro é exorbitante. É muito.
Mais uma noite de muita música boa na cidade de Ribeirão das Neves, no dia 25 de julho de 2010 as bandas Karkaça (Neves), Extremental (Neves), Us mula preta (Belo Horizonte) e Festenkois (Belo Horizonte), disputarão uma vaga para a participação no Festival Pá na Pedra que acontecerá no mês de agosto em Ribeirão das Neves. Para fechar a noite as bandas Ganga Bruta (Sete Lagoas) e Vandaluz, grupo de Patos de Minas que está em turnê por Minas Gerais, serão responsáveis pelo bom e velho rock’n roll da melhor qualidade. Vale à pena conferir!
A Noite Fora do Eixo será no Sítio Gigidad - R. Espinosa, nº 22, B. Sevilha B (próximo do final da rua Cataguases). O evento começa as às 16hs. Os ingressos podem ser encontrados na Emotive Tatoos, a R$5, ou por R$7 na portaria do evento.
Com o envolvente toque de bola de volta na semifinal contra a Alemanha, a Espanha acabou chegando à vitória em uma jogada pouco comum: a bola aérea. Depois de passar todo o jogo pressionando quase dentro da área do rival, a equipe de Vicente Del Bosque construiu o histórico triunfo por 1 a 0 com uma cabeçada potente de Carles Puyol, que apenas confirmou o grande domínio na partida realizada em Durban.
Com o resultado, a Espanha garantiu a vaga na final da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 e vai disputar o título com a Holanda no dia 11 de julho, em Johanesburgo, no Estádio Soccer City. No primeiro Mundial no continente africano, a certeza é de que haverá um campeão inédito, o oitavo da história da competição.
No duelo que poderia servir como revanche da final da Euro 2008 para os alemães, foram os espanhóis que acabaram repetindo a história, com uma partida novamente impecável sobretudo no meio-campo. Sem contar com Thomas Müller, a Alemanha perdeu muito de sua força ofensiva, e o ataque mais eficiente da competição até então, com 13 gols, acabou não funcionando.
Para a Alemanha, que disputava sua 11ª semifinal, o filme de 2006 se repete: depois de grande campanha nas fases anteriores, com goleadas sobre Inglaterra e Argentina, a tricampeã parou na semi e agora vai tentar igualar a campanha de quatro anos atrás no duelo com o Uruguai, no dia 10.
Domínio total da Fúria
Insatisfeito com a produção de Fernando Torres ao longo do Mundial, Del Bosque trocou o jogador do Liverpool por Pedro, que havia se mostrado mais eficiente no segundo tempo do duelo contra o Paraguai, nas quartas de final. O resultado foi um ataque mais leve e um time com nada menos que sete jogadores do Barcelona.
Pelo lado alemão, a suspensão do meia do Bayern de Munique, autor de quatro gols na Copa, deu dores de cabeça a Joachim Löw. A opção por Piotr Trochowski pela direita não rendeu o resultado esperado, e a equipe perdeu velocidade e se viu forçada a defender em muitas ocasiões com oito ou nove jogadores atrás da bola.
Mais ofensiva, a Espanha foi aos poucos ganhando terreno e criou as duas primeiras boas oportunidades aos sete e aos 14 minutos, a primeira com David Villa aparecendo cara a cara com o goleiro Manuel Neuer, que impediu o gol de forma corajosa. Em seguida, Puyol quase marcou de cabeça próximo da pequena área, após cruzamento de Andrés Iniesta.
Acuada, a Alemanha apareceu pouco nos primeiros 30 minutos. Os contra-ataques que mataram Inglaterra e Argentina desta vez não eram efetivos, com Bastian Schweinsteiger, Lukas Podolski e Mesut Özil jogando longe de Miroslav Klose. Assim, os únicos momentos de real lucidez da equipe vieram aos 32, com um chute de Trochowski, e aos 38, quando Özil apareceu na área e caiu pedindo pênalti.
Até o final da primeira etapa, porém, foram os espanhóis que retomaram o controle, com Pedro, Xavi e Iniesta dando trabalho aos grandalhões da defesa.
Segundo tempo ainda melhor
Na volta do intervalo a postura de ambas as equipes seguiu a mesma. Em menos de 15 minutos, a Espanha já havia chegado quatro vezes com perigo, duas em chutes de Xabi Alonso e outra com Villa, também arriscando de fora da área. Na mais clara delas, Pedro obrigou Neuer a grande defesa. Na sobra, Iniesta recebeu de calcanhar de Xabi Alonso, invadiu a pequena e cruzou rasteiro sem que ninguém chegasse a tempo.
Vendo o grande domínio rival, Löw trocou Trochowski por Toni Kroos. E foi exatamente o jogador do Bayer Leverkusen, aos 24 minutos, que teve a melhor chance para os alemães, após receber cruzamento de Podolski dentro da área. Sozinho, ele chutou de primeira e Iker Casillas fez grande defesa.
O troco da Espanha, no entanto, foi fatal. Aos 28 minutos, uma jogada que tanto caracterizou os alemães acabou servindo aos rivais: no escanteio de Iniesta, Puyol apareceu quase na marca do pênalti e cabeceou sem marcação e com força, sem chances para Neuer.
Sem força para avançar tocando a bola, a Alemanha passou a tentar as jogadas aéreas com Mario Gomez, que entrou no lugar de Sami Khedira. Por sua vez, a Espanha ainda teve a oportunidade de definir em um contra-ataque, mas Pedro deu um drible a mais quando Torres pedia livre no meio da área. Até o final, a vez foi de a defesa espanhola conter o ímpeto dos rivais.
Com o apito, a festa dos jogadores explodiu dentro do gramado: resta agora uma vitória para que a geração confirme sua supremacia e se torne apenas a terceira seleção na história a unificar os títulos europeu e mundial, repetindo a Alemanha (1972 e 1974) e a França (2000 e 1998, respectivamente).
FIFA.com
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