Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada no Quilombo Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, na cidade de Ribeirão das Neves/MG, com o objetivo de compreender de que forma a participação de crianças e adolescentes nas atividades culturais, sociais e educacionais contribui para a construção de sua identidade e senso de pertencimento. Por meio de entrevistas, observações participantes e aplicação de questionários, foram ouvidas crianças e adolescentes quilombolas entre 6 e 15 anos. Os resultados revelam que a vivência no quilombo se dá de forma orgânica e voluntária, fortalecendo o vínculo comunitário e a valorização das tradições ancestrais. A análise demonstra que a cultura vivida e transmitida no espaço do quilombo desempenha papel fundamental na formação subjetiva dessas juventudes e aponta para a urgência de políticas públicas que reconheçam e apoiem essas experiências.
Palavras-chave: Educação quilombola; Juventude; Patrimônio cultural imaterial; Identidade; Pertencimento.
Foto: Rodolfo Ataíde
Introdução
As comunidades quilombolas representam importantes territórios de resistência, ancestralidade e afirmação cultural da população negra no Brasil. Com o passar das gerações, esses espaços têm se mantido vivos não apenas pela presença dos mais velhos, mas também pelo protagonismo das crianças e adolescentes que neles vivem e atuam. O Quilombo Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, situado em Ribeirão das Neves/MG, é um exemplo concreto de como a cultura e os saberes tradicionais continuam a ser transmitidos e atualizados pelas novas gerações.
Diante de um cenário em que as infâncias negras são constantemente invisibilizadas nos discursos educacionais e culturais hegemônicos, este estudo busca lançar luz sobre as práticas e percepções dos jovens quilombolas, valorizando suas narrativas e vivências. Parte-se do pressuposto de que a participação ativa em diversas formas de expressão coletiva constitui um importante processo de construção identitária e fortalecimento de vínculos comunitários.
Assim, este artigo tem como objetivo investigar de que forma se dá a participação de crianças e adolescentes nas atividades do Quilombo, buscando compreender os sentidos que atribuem às suas vivências nesse espaço. Pretende-se também analisar as possíveis relações entre os saberes tradicionais e o universo escolar, bem como entender por que, mesmo diante de tantas oportunidades externas — como jogos, internet e outras manifestações culturais —, essas crianças e adolescentes continuam engajados nas práticas quilombolas.
Metodologia
A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, centrada na escuta e na observação participante como forma de acessar significados e experiências. O trabalho de campo foi realizado no Quilombo Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis/MG, espaço de referência histórica e cultural de Ribeirão das Neves.
Foram entrevistadas 11 crianças e adolescentes quilombolas, com idades entre 6 e 15 anos, também foram feitas observações durante atividades culturais, como o Congado, as festas tradicionais, a capoeira e celebrações religiosas, além de diálogos informais com membros da comunidade. O material empírico foi analisado a partir da técnica de análise de conteúdo, com o intuito de identificar categorias relacionadas à identidade, pertencimento e educação.
Referencial Teórico
A educação em contextos quilombolas vai além dos limites da escola formal. Trata-se de uma prática cotidiana de resistência e de preservação de saberes, que envolve valores, espiritualidade, oralidade e coletividade. Segundo Nilma Lino Gomes (2007), pensar a educação quilombola é reconhecer a centralidade da cultura e da ancestralidade na formação do sujeito negro, especialmente na infância, quando os vínculos com o território e com as práticas tradicionais são intensamente construídos.
No mesmo sentido, Brandão (2007) destaca que a educação popular é um instrumento potente para fortalecer o sentimento de pertencimento das populações às suas histórias e territórios, sendo essencial nos processos de valorização das culturas afro-brasileiras. Ela deve ser compreendida como parte de uma pedagogia da ancestralidade, onde o aprender ocorre na relação com os mais velhos, nas práticas coletivas e nos rituais que marcam a vida comunitária.
A infância quilombola, nesse contexto, não é apenas um momento de passagem, mas um tempo de protagonismo na manutenção das tradições. Caldart (2004) afirma que as comunidades tradicionais educam por meio da convivência, da participação ativa e da oralidade. Nesse sentido podemos pensar que é nesse convívio que os mais jovens aprendem o respeito, os saberes do congado, os cantos e os gestos que sustentam a identidade do Quilombo.
A construção da identidade, conforme Stuart Hall (2006), não é um processo fixo, mas uma construção contínua, especialmente nas comunidades que vivem sob múltiplas pressões sociais. Para as crianças e adolescentes quilombolas, essa identidade se forja na convivência com a cultura local, mas também em diálogo (por vezes em tensão) com os espaços institucionais, como a escola. Muitos jovens vivem o desafio de transitar entre dois mundos: o da escola, com sua estrutura eurocentrada e muitas vezes excludente, e o do quilombo, onde sua identidade é afirmada e reconhecida.
Dessa forma, compreende-se que a participação de crianças e adolescentes nas atividades culturais do Quilombo Irmandade Nossa Senhora do Rosário é parte constitutiva de seu processo de formação como sujeitos históricos, sociais e políticos. Ao participarem do congado, dos rituais, cantarem, cozinharem e cuidarem do espaço, esses jovens não apenas preservam a tradição, mas atualizam-na com suas próprias experiências e sentidos.
Apresentação e Análise dos Resultados
1. Participação nas atividades culturais e o protagonismo infantil
Todos os participantes relataram que frequentam o quilombo desde que nasceram e que sua participação nas atividades culturais é contínua e espontânea. Entre as atividades mencionadas, o Congado destacou-se como a principal manifestação, sendo praticada por todos os entrevistados. Também foram citadas outras práticas, como o Coral, a Capoeira, a Folia de Reis e o auxílio em tarefas cotidianas, como a limpeza e o preparo de alimentos.
Esse envolvimento direto revela uma vivência comunitária que se distancia da lógica da imposição. A participação das crianças ocorre de forma orgânica e prazerosa, como demonstrado por uma das falas: “Pra mim aqui é tudo perfeito. A gente aprende com os mais velhos, pode brincar com outras crianças, participar das festas”. Como aponta Caldart (2004), essa integração entre gerações é um dos fundamentos da educação em comunidades tradicionais, em que os sujeitos aprendem fazendo junto.
Vale destacar que, tanto pelas observações realizadas quanto pelas conversas com as crianças e adolescentes, ficou evidente que eles não estão isolados das experiências externas ao Quilombo. Pelo contrário, têm acesso a tecnologias, como celulares e internet, consomem conteúdos da mídia, participam de eventos e interações para além dos limites territoriais e culturais da comunidade. Ou seja, vivem plenamente a contemporaneidade, com todas as suas múltiplas influências e estímulos.
No entanto, mesmo diante dessa ampla exposição ao mundo externo, chama atenção o fato de que esses eles não apenas continuam participando ativamente das práticas tradicionais do Quilombo, como também demonstram grande valorização por elas. Há um reconhecimento, por parte das crianças e adolescentes, da importância dos saberes ancestrais, das práticas culturais e dos rituais comunitários na construção de suas identidades e no fortalecimento dos vínculos afetivos e coletivos.
Esse movimento revela uma convivência possível e potente entre tradição e modernidade, em que a presença das tecnologias e das dinâmicas contemporâneas não anula o valor das práticas ancestrais. Trata-se, portanto, de uma juventude que transita entre diferentes mundos, mas que escolhe, com orgulho e afeto, manter viva a memória e a história de sua comunidade.
2. Sentidos atribuídos à experiência no quilombo
Ao serem perguntados sobre o que aprendem no Quilombo, os jovens destacaram valores como respeito ao próximo, respeito às religiões, aprendizados com os avós, canto, dança, instrumentos musicais, capoeira, conhecimento dos fundamentos do Congado e ancestralidade. Uma das respostas que se destacou foi: “No Quilombo a gente aprende a respeitar os mais velhos e nem sempre fazer o que você quer pois nem sempre é o certo”.
Tais relatos indicam que o quilombo funciona como um espaço formativo no qual se constroem não apenas habilidades culturais, mas também dimensões éticas e relacionais, muitas vezes negligenciadas pelos currículos escolares. Isso reforça a análise de Brandão (2007) e Gomes (2007) sobre o papel da cultura como eixo estruturante da educação em territórios tradicionais.
3. Quilombo e escola: intersecções e distâncias
Apesar de todos os participantes frequentarem a escola formal, as respostas indicam uma percepção clara de diferença entre os dois espaços. A maioria afirmou que não fala sobre o Quilombo na escola, ainda que alguns gostariam de fazê-lo. Entre os motivos, destacam-se o medo do preconceito e a sensação de que “lá não se fala sobre a nossa cultura”.
Houve também quem expressasse desejo de que os colegas conhecessem o Quilombo. A vivência na escola é associada a conteúdos “das matérias”, enquanto o Quilombo é percebido como um espaço que “ensina para a vida”. Esse contraste reforça a pouca representatividade da cultura afro-brasileira nos currículos escolares.
4. Afetos e pertencimento
Quando perguntados sobre como se sentem ao participar das atividades do quilombo, a resposta mais recorrente foi “paz”. Esse dado chama atenção justamente por contrastar com a concepção mais comum e difundida do termo, muitas vezes associada à ideia de silêncio, tranquilidade e ausência de agitação. No entanto, as práticas vivenciadas no Quilombo estão longe de serem silenciosas: são marcadas pelo som intenso dos tambores, pelas festas animadas, pelas rezas entoadas em coro, pelas cantorias vibrantes e pelos encontros coletivos repletos de movimento e expressão.
Ainda assim, é nesse ambiente pulsante que os jovens afirmam encontrar paz. Isso revela uma dimensão subjetiva e relacional do conceito, que se afasta da noção eurocêntrica de paz como quietude e retraimento. Para eles, a paz está no pertencimento, na conexão com os ancestrais, na partilha de saberes, na liberdade de ser e de estar com os seus. É uma paz que se constrói na coletividade, na ancestralidade viva e nas práticas culturais que resistem e se renovam.
Além da paz, muitos também mencionaram sentimentos como alegria, leveza e uma espécie de energia inexplicável que o lugar proporciona. Alguns relataram que as atividades os acalmam, mesmo quando envolvem movimento e som. Isso reforça a ideia de que o Quilombo é vivido como um espaço de acolhimento, de proteção simbólica e afetiva, onde é possível experienciar bem-estar e equilíbrio emocional, ainda que em meio à efervescência das expressões culturais afro-brasileiras.
O sentimento de pertencimento é notável, como na fala de um menino de 9 anos: “Eu nasci aqui, cresci aqui e pretendo morrer aqui”. A força dessa identidade comunitária evidencia o papel do quilombo como referência afetiva e cultural insubstituível. Conforme Hall (2006), a identidade cultural é construída no entrelaçamento das vivências, símbolos e práticas que fazem sentido para os sujeitos.
5. Tradição, continuidade e futuro
Todos os entrevistados afirmaram que consideram as tradições do quilombo importantes para suas vidas e que pretendem transmiti-las para seus filhos. Isso demonstra uma conexão intergeracional sólida, sustentada não por obrigações externas, mas por um vínculo afetivo e simbólico com o território e suas práticas.
Curiosamente, nenhum dos jovens apontou desafios para participar das atividades do quilombo, tampouco mencionou que sua presença ali fosse forçada. Em tempos de dispersão digital e ofertas massivas de entretenimento externo, o engajamento espontâneo desses jovens com a cultura de seus ancestrais evidencia uma profunda valorização das raízes e do coletivo.
Considerações Finais
A pesquisa realizada no Quilombo Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis revela que a participação de crianças e adolescentes nas atividades culturais, sociais e educacionais do território se dá de maneira espontânea, afetiva e profundamente enraizada. Mais do que espaços de reprodução cultural, as práticas vividas no Quilombo se constituem como verdadeiros processos formativos, nos quais os jovens constroem sua identidade, desenvolvem senso de coletividade e fortalecem o pertencimento à sua ancestralidade.
Ao contrário do que muitas vezes é retratado nos discursos hegemônicos, essas infâncias não são passivas nem distantes das tradições: são protagonistas da continuidade cultural. A educação que se dá no quilombo é viva, prática, comunitária, e dialoga com valores éticos, religiosos e históricos que estruturam a vida em comunidade.
O contraste com a escola formal evidencia as lacunas da educação tradicional em relação à valorização da diversidade cultural e do reconhecimento das histórias negras no Brasil. Mesmo com esse distanciamento institucional, os jovens quilombolas resistem e reafirmam, em suas falas e práticas, o orgulho de pertencer ao Quilombo e o desejo de manter vivas suas tradições.
Esse estudo aponta, portanto, para a necessidade urgente de políticas públicas que respeitem e valorizem os saberes das comunidades tradicionais, especialmente no campo da educação. O reconhecimento do papel formativo dos quilombos pode contribuir para uma educação mais plural, inclusiva e conectada à realidade dos povos que historicamente têm sido silenciados.
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Referências Bibliográficas
● BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação popular. São Paulo: Brasiliense, 2007.
● CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do movimento sem terra. Petrópolis: Vozes, 2004.
● GOMES, Nilma Lino. Educação e identidade negra: pesquisa e práticas pedagógicas em espaços escolares e não-escolares. In: GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
● HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
● UNESCO. Diretrizes para a educação intercultural. Paris: UNESCO, 2006.
ESTE ARTIGO FOI FINANCIADO PELA LEI ALDIR BLANC ATRAVÉS DO EDITAL N° 118/2024 NOS TERMOS DA LEI Nº 14.399/2022 (PNAB), DO DECRETO N. 11.740/2023 (DECRETO PNAB) E DO DECRETO 11.453/2023 (DECRETO DE FOMENTO), DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO DAS NEVES.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania de Ribeirão das Neves, por meio do programa Capacita Neves, anuncia a abertura de inscrições para o curso gratuito de Assistente de Logística. A iniciativa, realizada em parceria com o Senac Minas, oferece 26 vagas e visa qualificar profissionais para atuação em um setor com crescente demanda no mercado de trabalho.
As inscrições estarão disponíveis no período de 04 de junho a 26 de julho de 2025. Os interessados devem se inscrever exclusivamente por meio do formulário online, acessível através do link disponível no site da Prefeitura
O curso é direcionado a maiores de 18 anos e tem previsão de início das aulas em 04 de agosto de 2025, com término previsto para o final de setembro. As aulas ocorrerão de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, na sede do Capacita Neves, localizada na Rua Carmélia Loff, 195, Centro de Justinópolis.
A capacitação em Assistente de Logística busca oferecer aos participantes conhecimentos práticos essenciais para ingressar ou se aprimorar nesse segmento em constante expansão. O conteúdo será ministrado por instrutores especializados do Senac Minas, o que representa uma oportunidade para o desenvolvimento profissional e o aumento das chances de empregabilidade.
Serviço:
Curso: Assistente de Logística
Inscrições: De 04 de junho a 26 de julho de 2025
Período do curso: De 04 de agosto a 29 de setembro de 2025
Horário: Segunda a sexta-feira, das 13h às 17h
Local: Capacita Neves – Rua Carmélia Loff, 195 – Centro de Justinópolis
A Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura de Ribeirão das Neves informam o início das atividades do Vacimóvel no município. O veículo, adaptado para o armazenamento e aplicação de vacinas, tem como objetivo principal expandir a cobertura vacinal e contribuir para a proteção da população contra diversas doenças.
Neste mês de junho, o Vacimóvel concentrará em diversas escolas estaduais da cidade, atendendo a uma demanda da Secretaria de Estado de Saúde. A iniciativa visa imunizar estudantes da rede estadual, faixa etária considerada prioritária para o aumento das taxas de vacinação. Este projeto complementa o Programa de Saúde na Escola (PSE), já em andamento nas escolas municipais.
Para a vacinação, é indispensável a apresentação de documento de identidade, CPF ou Cartão SUS, e o cartão de vacina. No caso de estudantes, além dos documentos mencionados, será exigido o Termo de Autorização de Vacinação, devidamente assinado pelos pais ou responsáveis legais.
Confira o cronograma do Vacimóvel nas Escolas Estaduais de Ribeirão das Neves:
04/06: Escola Estadual Maria da Glória Assunção
05/06: Escola Estadual do Bairro Rosaneves
09/06 e 10/06: Escola Estadual Antônio Rigueira da Fonseca
12/06: Escola Estadual Nossa Senhora das Neves
13/06: Escola Estadual João Gonçalves Neto
16/06 e 17/06: Escola Estadual João Corrêa Armond
23/06 e 24/06: Escola Estadual Pedro de Alcântara Nogueira
27/06 e 30/06: Escola Estadual José Bonifácio Nogueira
Atendimento em Bairros da Cidade:
Além da programação nas escolas, o Vacimóvel também realizará atendimentos em bairros para alcançar a população em geral.
18/06: Bairro Paraíso das Piabas, na região de Justinópolis. O atendimento será na Rua José Maria de Menezes, 60, próximo à entrada do Monte de Oração.
26/06: Bairro Belvedere, também na região de Justinópolis. O veículo estará na Rua Manoel Luciano Pio, 701.
Nos atendimentos nos bairros, o serviço estará disponível das 9h às 16h.
A Secretaria Municipal de Saúde reitera a importância da vacinação como medida fundamental para a prevenção de doenças e a manutenção da saúde pública. A colaboração da população, comparecendo com a documentação necessária, é essencial para o sucesso da campanha.
A Cia Coordenadas anuncia a abertura de novas vagas de emprego para diversas funções. Os interessados em fazer parte da equipe terão a oportunidade de concorrer a posições em diferentes áreas. As vagas disponíveis são para:
Manobrista: Com ganhos potenciais de até R$ 3.403,57, incluindo salário base de R$ 1.817,70 e ticket de R$ 800,00. Não é necessário experiência prévia, e adicionais são proporcionais à escala de trabalho.
Lubrificador: Ganhos de até R$ 2.617,70, com salário base de R$ 1.817,70 e ticket de R$ 800,00.
Agente de Estação: Ganhos de até R$ 2.318,00, com salário base de R$ 1.518,00 e ticket de R$ 800,00.
Zelador e Polidor: Ganhos de até R$ 2.469,02, com salário base de R$ 1.669,02 e ticket de R$ 800,00.
Áreas da Manutenção: Vagas para mecânica, elétrica, lanternagem, borracharia e pintura, com salário a combinar, proporcional ao plano de cargos e salários.
A empresa oferece um pacote de benefícios que inclui Carteira Assinada (CLT), ticket alimentação, passe livre (transporte urbano de Belo Horizonte e região metropolitana), plano de saúde, convênio farmácia, convênio Sest Senat (com acesso a odontologia, psicologia, fisioterapia, nutricionista e cursos), outros convênios, seguro de vida, ótimo ambiente de trabalho e ticket adicional no retorno de férias (aplicam-se condições internas).
A contratação é imediata, e os testes são realizados no local. É necessário apresentar documento de identificação e carteira de trabalho no momento da entrevista. Há vagas também para Pessoas com Deficiência (PcD), sendo que a habilitação (CNH D ou E) é imprescindível para algumas funções.
Para se candidatar, os interessados devem comparecer na unidade da Cia coordenadas localizada na Rua Henrique Saporí, nº 580, Bairro Florença, neste domingo, 9 de junho, a partir das 8h às 10h ou enviar seu currículo via WhatsApp para o número (31) 99958-2594.
O Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, uma das vias mais importantes de Belo Horizonte, foi oficialmente transferido do governo federal para a gestão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na última terça-feira (2). A mudança visa garantir à cidade maior autonomia para realizar melhorias e intervenções na rodovia sem depender de autorizações federais.
O termo de transferência foi assinado pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Na ocasião, o prefeito Damião também anunciou que enviará à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) um projeto de lei para alterar o nome da via para Fuad Noman, em homenagem ao ex-prefeito falecido em março.
Com 26,5 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário é composto pelas BRs 262, 381 e 040. A municipalização é vista como um passo fundamental para solucionar os problemas de segurança e fluidez do tráfego na região. Dados recentes mostram a urgência de intervenções: somente entre janeiro e abril de 2025, foram registrados 1.417 acidentes na via, resultando em 206 feridos e cinco óbitos.
Inicialmente, foram transferidos 22,4 km do Anel Rodoviário para a PBH. Os 4,1 km restantes permanecerão sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) até a conclusão das obras de ampliação e melhorias na BR-381, entre a capital e Caeté, previstas para os próximos três a quatro anos.
O contrato de municipalização prevê que o Dnit continue responsável pelas obras de manutenção e conservação em andamento, como o recapeamento e a sinalização, com um investimento estimado em R$ 50 milhões.
Com a transferência, a PBH poderá agora dar andamento à construção de dois novos viadutos no Anel, um no cruzamento com a BR-040 e outro sobre a Via Expressa, próximo à Arena MRV. A União repassará R$ 63 milhões para o município executar essas obras, com projetos que devem ser entregues até 2026. O prefeito Damião mencionou que futuras intervenções, incluindo seis viadutos já anunciados, poderão ser custeadas pela própria PBH ou em parceria com o governo federal.
Prefeitura de Ribeirão das Neves inaugura o Estádio Valdir Miguel Aleixo, conhecido como Arena Girassol, em Justinópolis. A cerimônia de abertura ocorreu na última sexta-feira, 23 de maio, e marcou a entrega de uma estrutura projetada para atender às demandas do futebol amador e de lazer no município.
A Arena Girassol apresenta uma estrutura que inclui arquibancadas, vestiários e um gramado recém-instalado, com o objetivo de sediar campeonatos locais, projetos sociais e eventos comunitários, além de incentivar a prática de atividades físicas.
O evento de inauguração contou com a presença de moradores e representantes de clubes esportivos.
Dirigentes de clubes locais também expressaram suas expectativas. Domilson de Oliveira Pereira, presidente do Esperança Atlético Clube, ressaltou a importância do esporte como ferramenta de transformação social, enquanto Bruno Ferreira, presidente do Menezes Esporte Clube, destacou os benefícios do estádio para a comunidade em termos de lazer e prática de atividades físicas.
Durante a inauguração, houve uma homenagem a Valdir Miguel Aleixo, que dá nome ao estádio. Maria das Graças Ribeiro Costa, viúva de Aleixo, expressou sua emoção ao ver o reconhecimento de seu marido, descrito como um entusiasta do esporte e mobilizador da comunidade.
A gestão da Arena Girassol ficará a cargo da Secretaria Municipal de Esporte e Cultura, que já está desenvolvendo uma programação para a utilização do estádio pela população de Ribeirão das Neves.
Pautas sociais são muito complexas para serem resolvidas com uma única ação, mas precisamos começar de algum lugar.
No mês em que dedicamos um dia - 18 de Maio - para promover campanhas, ações e debates sobre o Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, se faz necessário lembrar que essa deve ser uma luta diária e coletiva. A segurança de crianças e adolescentes é uma responsabilidade de toda a sociedade.
É desanimador olhar ao redor e sentir que caminhamos pouco ou quase nada nesse assunto.
Só se alcança a maioridade no Brasil aos 18 anos, só se pode dirigir e ingerir bebidas alcoólicas com essa idade, e votar só aos 16, e eu acho que deve ser assim mesmo, especialmente quando os jovens parecem amadurecer cada vez mais devagar. No entanto, acho de uma covardia e hipocrisia gritante que a idade de consentimento para relações sexuais seja 14 anos.
Em um país historicamente pautado por e para homens, não me choca que esse público seja o menos indignado com esse assunto, mas muito me entristece que a voz dos decentes seja tão abafada. Não creio que somos poucos, mas sei que jamais colocarão um microfone para ecoar nossa voz, jamais nos darão destaque.
Não é que não tenhamos políticas e ações voltadas para este assunto, temos, mas não é o suficiente. Não é, porque as estatísticas ainda são alarmantes.
Se a política é o retrato da sociedade, então devemos nos assustar e lamentar, pois há grupos políticos conservadores e progressistas dizendo que lutam pelas crianças, enquanto membros dos seus partidos se casam com adolescentes, são investigados por abusos sexuais contra menores, e eles pouco fazem em propostas e ações para combater este cenário de violência.
E não se engane: ambos os grupos são bons em prometer, e melhores ainda em se omitir. Em um mês onde dedicamos um dia para tratar de um assunto tão importante, em qualquer democracia saudável deveria haver um grito uníssono, uma indignação real e sem ideologias, uma luta que é de todos. Mas o que temos no Brasil - que é um país democrata, mas está longe de ser saudável - é uma caça às bruxas, uma guerra de narrativas.
Os políticos "que representam o povo" estão mais preocupados em jogar a culpa no colo uns dos outros, como se jogassem batata quente, sem jamais encontrar e punir culpados, sem jamais tocar em assuntos reais e problemáticos, como a idade de consentimento e os relacionamentos entre adultos e adolescentes (como o caso do médico de 29 anos que matou - acidentalmente, segundo ele - a namorada de 15).
Abusos e violência apresentam muitas características sutis, e se não estivermos atentos, as coisas "passam batido". Um clássico são os homens adultos que se aproximam de adolescentes afirmando que elas são mais maduras do que as meninas da mesma idade, que elas são diferentes, especiais. Outros dizem que hoje em dia as meninas não aparentam mais ter a idade que têm, seus corpos parecem de mulheres maduras e isso justifica a atração de homens adultos por garotas adolescentes. Há ainda aqueles que se envolvem em lutas sociais para mascararem seus crimes, como o caso do pastor que abusava de adolescentes, mas era envolvido com ONGs que visam proteger esse público desse tipo de situação. São lobos em peles de cordeiro, são criminosos de palavras gentis. Enquanto sociedade devemos nos atentar aos sinais, desconfiar e nos dispor a ouvir. Enquanto cidadãos devemos nos indignar. Com um corpo politico tão caro aos cofres públicos, defender a segurança das crianças e adolescentes deveria ser o mínimo. E se o mínimo tem faltado - E TEM! - usemos da democracia para dispor aqueles que trocaram a espada da justiça pelos anéis do poder.
Maio chegou, dia 18 passou e o cansaço seguiu.
Pautas sociais são complexas, há muitas camadas para descascar e resolver. Vamos acelerar o passo?
A empresa Alvorada Ambiental está com vagas abertas em Ribeirão das Neves para os cargos de Auxiliar de Produção/Auxiliar de Expedição e Porteiro. Os interessados devem comparecer para entrevista nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025.
As entrevistas serão realizadas das 14h30 às 16h00. É necessário que os candidatos estejam munidos de documento de identidade e CPF.
A Alvorada Ambiental está localizada na Rodovia BR-040, km 514, Vereda, Ribeirão das Neves/MG, ao lado da Vipal Pneus. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (31) 2010-5910.
A empresa informa que há preferência por candidatos do sexo masculino para ambas as vagas.
O show de comédia stand-up "2 Mineiros e Meio", com Paulo Araújo, Stevan Gaipo e Bruno Berg, chega a Ribeirão das Neves no dia 07 de junho (sábado). A apresentação será realizada no Teatro da Cidade dos Meninos, localizado na Rua Ari Teixeira da Costa, 1500, Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo.
Os ingressos para o espetáculo estão à venda exclusivamente online, através da plataforma Sympla. O valor antecipado é de R$50,00 (preço único). Quem preferir comprar na hora do show, os valores serão R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia entrada).
Para mais informações sobre o evento, você pode entrar em contato pelo telefone/WhatsApp: (11) 98638-9853.
A classificação etária do show é de 12 anos. Garanta já seu ingresso e prepare-se para uma noite de muita diversão!
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