O Move Metropolitano completou, nesse domingo (14), um ano de operação na estação Justinópolis, em Ribeirão das Neves. O que era para ser um benefício para a população acabou se transformando em motivo de queixa constante dos usuários do serviço de transporte público.

Para começar, a estação Justinópolis começou com instalações provisórias sobre um córrego que recebe esgoto. Na época, a Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou que as obras da estação definitiva já haviam começado e deveriam ser concluídas em um ano. Hoje é fácil perceber que a promessa não foi cumprida, pois não há sequer previsão de conclusão do terminal definitivo.

Com cerca de um mês de operação, os usuários do Move Metropolitano já reclamam de superlotação, atrasos e das passagens, pois quem não tinha o cartão utilizado no sistema tinha que pagar a tarifa duas vezes: na linha alimentadora e ao chegar na estação.

O tempo foi passando e nada de melhorias. No fim do ano passado, as queixas contra a falta de organização, o quadro de horários e o número de ônibus continuavam. Além disso, a superlotação da estação nos horários de pico causava nos usuários o receio de a estrutura provisória não aguentar o peso.

O ano virou e, com o aumento do preço das passagens em Janeiro, moradores protestaram contra o reajuste e cobraram melhorias na estação. Em março, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promoveu uma audiência pública com participação de lideranças de várias cidades sobre o funcionamento do Move Metropolitano. A conclusão dos deputados foi de que havia necessidade urgente de ajustes no sistema.

O secretário de estado de transportes e obras públicas de Minas Gerais, Murilo Valadares, criticou, em março, a forma como o Move foi implantado, em 2014, sem a devida discussão com os usuários e afirmou que a nova gestão do governo de Minas já tem agido para minimizar os impactos negativos do sistema na vida dos cidadãos.

"Neste ano vamos reestudar todo o sistema de transporte metropolitano, incluindo reavaliação do cálculo da tarifa.  Criaremos, também, uma comissão de usuários do sistema metropolitano", afirmou o secretário.

A ver.