Ribeirão das Neves perdeu pelo menos 2.555 doses de vacinas contra a Covid-19 por causa da seringa utilizada no processo de imunização. A informação é da coordenadora de vacinação município, Viviane Pinheiro, em relato ao portal G1.
De acordo com Viviane, estão sendo utilizadas seringas de 3 mililitros, que não tem o mesmo aproveitamento do imunizante. "O governo de Minas comprou seringas compatíveis com qualquer vacina que a gente usa na rotina de sala de vacina. Mas especificamente da Coronavac, de alguns lotes para cá, em determinado momento, os frascos começaram a render nove doses", afirmou.
A bula da Coronavac, especificamente, indica a necessidade de seringas de 1 mililitro. No documento consta que, caso a seringa utilizada seja diferente de 1 mililitro, pode haver perda excessiva de volume e impossibilidade de retirada das dez dozes disponíveis no frasco.
A dose da Coronavac tem 0.25 mililitros. O Instituto Butantan envazava frascos com 6,2 mililitros, com uma sobra suficiente para recompensar eventuais perdas. Quando é utilizada a seringa adequada, é possível retirar até doze doses de cada frasco. Mas, em março, a Anvisa autorizou a redução da quantidade para 5,7 mililitros, o que diminuiu também a margem de sobra. Na oportunidade, diversas prefeituras reclamaram que não estavam conseguindo tirar dez doses de cada recipiente.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que enviou quase 12 milhões de seringas aos municípios, incluindo as de 1 ml com agulha 25X6, dentro das padronizações para aplicação da Coronavac, Pfizer e Astrazeneca, com o registro na Agência Nacional de Vigilência Sanitária (Anvisa) e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).