O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou nesta quinta-feira (8) que Eliza Samudio apanhava no sítio do goleiro Bruno Fernandes, em Esmeralda, região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o delegado, os gritos da jovem eram abafados porque Bruno ligava um aparelho de som em volume alto.
- Somos levados a concluir que ela apanhava e o som ficava alto.
Moreira ainda afirmou que, com base nos depoimentos colhidos até agora, é possível dizer que Bruno estava na casa em Vespasiano (MG), local onde supostamente Eliza foi morta. Os investigadores cruzaram informações do registro de entrada e saída de carros do sítio de Bruno, para saber que o jogador saiu do local na noite do dia 8 de junho um pouco antes dos comparsas, mas voltou com eles.
- Ele levou Eliza para o sacrifício.
Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão) e um adolescente primo do goleiro teriam levado a jovem para a casa em Vespasiano, onde o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, estrangulou-a. Na sequência, Santos mandou que os outros três fossem embora que ele cuidaria do corpo.
Na volta ao sítio, Bruno e os comparsas ainda queimaram uma mala de Eliza perto de uma cisterna.
Quanto ao paradeiro do corpo da jovem, outro delegado do caso, Wagner Pinto, contou que ainda pode fazer buscas em outros locais. A polícia encontrou marcas "semelhantes a sangue" no porta-malas do carro de Santos. Questionado se o corpo poderia ter sido levado para outro local, Pinto disse que a nada está descartado.
Outra hipótese que a polícia tenta provar, considerando o depoimento do adolescente, é que Eliza foi esquartejada e parte do corpo teria sido dada como alimento para cães. Os cachorros encontrados na casa de Vespasiano passarão por exames.