A Copasa inicia na semana que vem, a obra que é a principal aposta da empresa de abastecimento e saneamento para livrar a Região Metropolitana de BH de um colapso no abastecimento e evitar que medidas como o racionamento
e rodízio sejam adotadas. Com recursos de R$ 180 milhões assegurados pelo governo do estado, o projeto de transposição
das águas do Rio Paraopeba, em Brumadinho, pode incrementar em até 4 mil litros por segundo no reservatório do Sistema
Rio Manso, assegura a empresa.
Para a transposição, será construída uma adutora de 4 km de extensão, desde o Rio Paraopeba até a estação de tratamento de
água do Rio Manso. A expectativa é de que a obra termine antes de dezembro.
O projeto de transposição das águas foi finalizado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) em março,
depois de avaliação da viabilidade jurídica por parte da força-tarefa criada pelo governo do estado para combater a crise hídrica na Grande BH. O parecer foi necessário, já que um adendo precisaria ser feito ao contato da parceria público-privada (PPP) que administra o sistema Rio Manso.
Por causa da crise, a Copasa recorreu a várias manobras, algumas delas radicais, como a redução em 825 da captação do Sistema Serra Azul, que ontem tinha apenas 15,9% de seu volume total, 40,5% menos que em abril do ano passado, quando chegou a 39,2%.
A operação preserva o reservatório de uma seca antecipada, mas sobrecarrega outros mananciais, como o Rio das Velhas e o Rio Manso.
A captação média no Sistema Serra Azul caiu para 430 litros por segundo, o que representa 18% do que estaria sendo retirado normalmente nesta época do ano. De acordo com a Copasa, "a compensação dessas vazões vem dos outros sistemas produtores, que fazem parte do sistema integrado da RMBH, entre eles os sistemas Rio das Velhas e Rio Manso.