O Brasil tem 294 agrupamentos de municípios com forte integração entre as suas populações, ou seja, com grande número de pessoas que se deslocam dentro dessas áreas para trabalhar e estudar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 55,9% da população brasileira, ou seja 106,8 milhões de pessoas, residem nos 938 municípios que integram esses agrupamentos, chamados de "arranjos populacionais".
O fluxo daqueles que trabalham e estudam entre Ribeirão das Neves e Belo Horizonte está entre os maiores do Brasil, com 80.201 pessoas, ocupando a 11ª posição no ranking. O maior deles foi registrado entre Guarulhos e São Paulo, com 146 mil pessoas em trânsito, seguidos por Niterói e São Gonçalo (120 mil) e Belo Horizonte e Contagem (119 mil).
As informações são do estudo inédito do IBGE Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil, que buscou mapear as interações entre as cidades brasileiras, com base em dados do Censo Demográfico de 2010. O estudo é uma importante fonte de informação para o planejamento de políticas públicas conjuntas e de investimentos privados.
Segundo o IBGE, os arranjos populacionais se formam principalmente por motivos econômicos, já que, em geral, habitantes de municípios menores e mais pobres buscam alternativas de emprego e estudo em vizinhos. Há ainda situações em que a causa da formação do arranjo é política, no caso de municípios que são separados, mas mantêm ligação histórica como se ainda fossem um só.