Representantes do movimento "Acorda Neves" participaram, nesse sábado (16), do programa "Chamada Geral", na rádio Itatiaia, com o jornalista Eduardo Costa, para falar sobre a atuação do grupo em Ribeirão das Neves e os problemas enfrentados pela população nevense no dia a dia. O advogado Gabriel Wirz e a pedagoga Patrícia Fernanda comentaram a situação do sistema de saúde e o estado de greve em que se encontram os profissionais da educação.
Para Gabriel, a Saúde enfrenta o caos já que, de acordo com ele, o hospital está "sucateado", a UPA Centro é um "elefante branco" e na UPA Justinópolis os moradores levam de "6 a 7 horas para conseguir atendimento". Para Patrícia, o estado de greve na Educação dá dimensão da situação das escolas, já que, segundo ela, falta o "piso salarial nacional", a estrutura física das escolas não é boa, falta de vagas na rede municipal e eleição direta para diretores das escolas.
Os representantes do movimento ainda levantaram suspeitas sobre a falta de repasse do INSS que é recolhido dos funcionários para a União e o descaso do Governo do Estado com as obras de duplicação da LMG-806 e com a possível vinda do aterro sanitário metropolitano para Ribeirão das Neves.
Gabriel e Patrícia também explicaram que o "Acorda Neves" é um movimento de controle sociail, apartidário, criado para fiscalizar o executivo e o legislativo nevense, sem o apoio de empresários e políticos.
Prefeitura rebate acusações
Em nota, a Prefeitura disse que, em relação à Saude, o Hospital São Judas Tadeu já está passando por reforma parcial, que já vai trazer melhorias para os pacientes e pessoas que trabalham no prédio, e que o atendimento na UPA Justinópolis é de responsabilidade do Hospital da Baleia.
No que diz respeito à Educação, a Secretaria informou que sabe das dificuldades que alguns pontos apresentam e que, por isso, tem trabalhado para realocar crianças ou encontrar espaços que ofereçam melhor qualidade para os alunos da rede municipal. Sobre a falta de vagas e merenda, a Prefeitura se colocou à disposição caso haja este problema, orientando todos a acionar a Ouvidoria. Sobre a questão dos diretores e demais servidores das escolas, a administração municipal disse todos os selecionados, sejam por indicação ou não, passam por um rigoroso processo de seleção, onde é comprovada a capacidade de cada um e o cargo que podem ocupar.
Sobre as dívidas com o INSS, a Prefeitura alegou que a administração atual recebeu dívida de cerca de R$ 80 milhões por conta do INSS e, baseado na Lei federal 12.810, foi autorizado o parcelamento dessa dívida. Segundo a nota, a Prefeitura adotou essa postura para colocar em dia os atrasados das administrações passadas e paga em dia o imposto na atual administração, fato que pode ser comprovado com a Certidão Negativa de Débito do INSS.
Ouça abaixo as duas partes da entrevista na rádio Itatiaia
Parte 1
Parte 2