Dezenas de pessoas se reuniram em frente ao Residencial Roma, no bairro Tony, em Justinópolis, para protestar contra acabamento feito pela Construtura Passos. Os futuros moradores compraram acabamento em teto de gesso e pintura látex, mas a construtora quer entregá-lo com teto selado e pintura texturizada, mais a instalação completa do interfone de brinde, que não estava no pacote.
Segundo a empresa, as mudanças ficaram R$ 553,23 mais caras em relação ao que estava previsto. No entanto, muitos dos 544 compradores alegam que não foram consultados sobre a alteração e preferem o teto com gesso ao interfone.
A Caixa Econômica enviou uma engenheira à obra do Residencial Roma e, após vistoria, orientou a construtora a cumprir o que está prometido no memorial ou colher um consentimento dos mutuários, comprovando a anuência dos compradores em relação ao que foi substituído.
O diretor da empresa, Carlos Augusto Rique Passos, justifica que a substituição de materiais está prevista em contrato e que a troca foi feita por um produto que garante desempenho técnico melhor. Além do interfone, ele diz que outra "melhoria" foi feita no banheiro: em vez de forro em PVC, foi feito forro de gesso, que não estava na especificação.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Leandro Pacífico, mesmo que a construtora tenha feito melhorias e gastado mais, ela tem que comunicar os compradores, para dar opção de escolha.
Por meio da assessoria de imprensa, a Passos afirmou que "todas as mudanças estão sendo negociadas com os moradores, de acordo com instrução da própria Caixa". "Dos 544 moradores, somente uma cliente preferiu o acabamento conforme o Memorial. Com isso, retornaremos as especificações originais somente para ela", afirma.
Os moradores alegam que em momento algum a construtora entrou em contato para consultar sobre as mudanças. Outra insatisfação dos compradores dos imóveis é em relação à medição individualizada de água. Além disso, a entrega estava prevista para março deste ano, mas a empresa tem margem de atraso de 180 dias para obtenção de documentos. Já foi expedido o Habite-se.
As informações são de O Tempo.