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Cultura

Pela primeira vez em 10 anos, Ribeirão das Neves recebeu pontuação na casa de 0 (zero) no ranking de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) Cultural do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), conforme dados divulgados pelo Iepha-MG nessa terça-feira (23).

Com base na pontuação alcançada pelo município, o Governo de Minas Gerais destinará verbas destinadas ao ICMS Cultural da cidade. Para receber os recursos, o município deve construir e colocar em prática a política de proteção ao patrimônio cultural, trabalhando para que ela se efetive como política pública.

Para chegar à nota, o Iepha-MG analisa a documentação enviada pelos próprios municípios. Ao todo, 804 cidades foram pontuadas este ano. A pontuação final será encaminhada à Fundação João Pinheiro, que será responsável por calcular os valores que as prefeituras receberão em novembro.

A avaliação considera principalmente as ações e as políticas que o gestores públicos realizam para preservar e proteger o patrimônio cultural do município. Conforme o Iepha-MG, Ribeirão das Neves saiu de uma nota 8,50 em 2017, para uma nota de 0,24 em 2019. Em 2018, o município alcançou 3,00 pontos.

Atualmente, Ribeirão das Neves tem nove bens culturais reconhecidos pelo Iepha-MG. Com essa redução, a cidade, que já chegou a receber mais de R$ 127 mil de ICMS Cultural em um ano, receberá menos de R$ 5 mil em 2020, conforme previsão no site do instituto.

Nota e valor de repasse por ano do ICMS de Patrimônio Cultural para Ribeirão das Neves - Fonte: Fundação João Pinheiro

De acordo com  o secretário de Esportes e Cultura, Erick Lucas, a redução da pontuação se deve à fusão de secretarias no início do atual mandato. "Com a junção da Secretaria, a gente não tinha um setor específico para cuidar dessa área. A partir de julho, fizemos uma reformulação e designamos uma servidora efetiva, o que vai ter um reflexo (no indicador) no ano que vem", afirmou.   

Ainda segundo o chefe da pasta, a Secretaria vai abrir novos editais para fometar a cultura na ponta, o que também vai refletir no ICMS. "Alguém apresenta um projeto, o conselho, que é deliberativo, aprova o plano de execução e depois vem para a Secretaria e a gente faz a execução. Isso conta mais pontos do que simplesmente investir todo o recursos em eventos de grande porte, como poderíamos estar fazendo", explicou.

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Ribeirão das Neves recebe, entre os dias 15 e 31 de março, a segunda edição do Festival Neves Encena. Moradores da cidade e da Região Metropolitana poderão assistir a espetáculos gratuitos de teatro e dança, além de participar de oficinas. Neste ano, o evento será voltado para os espetáculos de rua, contemplando as três regiões da cidade: Centro, Justinópolis e Veneza, atendendo um total de 13 bairros.

O objetivo do Festival, segundo os organizadores, é descentralizar o acesso à arte, dando aos mais diversos públicos a oportunidade de ter contato com o Teatro e a Dança. A programação inclui peças de teatro infantil e adulto, além de espetáculos de dança.

Além de assistir aos espetáculos, o público também pode participar das oficinas de formação. Neste ano, serão oferecidas as oficinas de iniciação circense, fabricação de bonecos com material reciclável, dança contemporânea e uma oficina que aborda a iconografia de Ribeirão das Neves, além de uma palestra voltada para profissionais da área cênica.

O Festival Neves Encena - Festival de artes cênicas da periferia tem o patrocínio do Fundo Estadual de Cultura, projeto nº 055/02/2016/FEC. Todas as atividades são gratuitas.

Programação

15 de Março - 19h
La Noche é Cênica - Abertura
Ateliê - Rua José Cassimiro Nogueira, 77, Várzea Alegre

16 de Março - 18h
Espetáculo Chão de Pequenos
Coletivo Casa dos Livros - Rua Ponte Nova, 44, Vila Delma

17 de Março - 10h
Espetáculos Michael Carlos Henrique e Projeto RUA
Residencial Alterosa - Rua 38, entre as quadras 48 e 49

17 de Março - 18h
Espetáculo Carregando a Lua
Rua Mal. Floriano Peixoto, 603 (Praça da Igreja), bairro Rosana

19 de Março - 14h
Oficina de iniciação circense com Marcelo Castilho
Ocupação Tomás Balduino - Rua dos Cravos, 140, bairro Santa Margarida

22 de Março - 18h
Oficina Iconografia de Ribeirão das Neves com Lucilene França
Nuances Estúdio de Dança - R. Raimundo Nonato de Souza, 42, 3º andar, Centro

23 de Março - 10h
Oficina de como fazer bonecos com materiais reciclados
Instituto Camará - R. Helena Augusta de Oliveira, 191, Veneza

23 de Março - 18h
Espetáculo Asikatáli - Não é tarde demais
Av. Madressilva, Sevilha B, Praça do Rosaneves

24 de Março - 10h
Seria trágico se não fosse cômico - Romeu e Julieta
Mina da Cultura - Rua Airton Senna, nº 60 - Bairro Sônia

27 de Março - 18h
Oficina de dança contemporânea com Rachel Miranda
Rua Machacalis, nº 125 - Sevilha A

29 de Março - 18h
Espetáculo Ubuntu
E.E. Professor Paulo Freire - Rua 54, 1042, Metropolitano

30 de Março - 10h
Histórias de lá e de cá
Praça Nossa Senhora do Santana, bairro Areias

30 de Março - 18h
Espetáculo Nakho
Rua Francisco Augusto Vieira, Praça Sevilha A

31 de Março - 10h
A história da cidade onde a mata virou rio e a névoa virou santa
Avenida E - Em frente a Igreja Católica - bairro Liberdade.

10 anos do Coletivo Semifusa

O Festival faz parte das comemorações dos dez anos de existência do Coletivo Semifusa em Ribeirão das Neves. O Coletivo foi criado em 2009 com o foco na produção de arte em uma cidade estigmatizada negativamente e durante esses anos trabalhou a perspectiva de dar um contraponto a esse estigma.

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Uma mistura de estilos hip hop, house, popping, locking, jazz e contemporâneo, samba e capoeira. A coreografia criada pelo bailarino Breno Igino, diretor do Grupo Gestos de Dança, surgiu para mostrar a necessidade de como passa despercebida alguns momentos de nossa vida, e o que acontece de importante e que marcam a história de cada indivíduo e de formas diferentes se dá o rumo e a trajetória de vida de cada pessoa na sociedade.

No novo trabalho, 8 bailarinos se revezam no palco. Moradores de Ribeirão das Neves entre 18 e 30 anos, eles abordam as diferenças e aspectos vividos por cada um levando pra dentro do espetáculo sentimentos próprios ou experiências próximas a eles como moradores de periferia, dando um toque de veracidade ao espetáculo.

Além do cuidado com a veracidade das histórias no palco, o diretor Breno Igino, ressalta que o projeto está sendo construído nos moldes que atenda a vários ambientes, "Não queremos ficar limitado somente a teatros, podendo ser apresentado também em praças, escolas e espaços culturais", salientou.

Nakho significa vivências na língua zulu que é uma das 11 línguas oficiais da África do Sul, sendo falada principalmente na província de KwaZulu-Natal, não apenas pela população de etnia zulu, mas também por grande parte da população de origem asiática e européia residente nesta província.

Fala do conhecimento adquirido através da experiência vivida. Não é lido, não é contado, é experimentado, fato de viver, de ter vida e existência. Um processo psicológico consciente no qual o indivíduo adota uma posição de valor, que não é apenas passiva e emocional, pois inclui também uma participação intelectual ativa.

O processo criativo vem sendo desenvolvido desde março de 2017 e o desenvolvimento do espetáculo se dispôs a formular um enredo com trilhas e poemas sonoros baseadas na história de vida dos personagens vividos durante o espetáculo. Com origens bem peculiares e humildes o Gestos grupo de dança busca inspiração para as coreografias em histórias contadas por amigos e documentários que falem de histórias de comunidades que se superaram e venceram de alguma forma na vida.

Grupo Gestos de Dança

O grupo foi criado em 2003 e completa 16 anos de estrada em 2019, sempre com intuito de promover a cultura Hip Hop em Ribeirão das Neves e pelo Brasil a fora.

Ficha técnica

Diretor e coreográfo: Breno Igino
Bailarinos: Luiza Doche, Cristopher de Paula, Jeysiane Coimbra, Felipe Pereira, Leka Pádua, Wagner dos Santos, Rafael Ribeiro e Ivo Igino.

Contatos para shows: (31) 9 8803-4641
Facebook: Gestos Grupo de Dança

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