O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) começou a investigar as supostas contratações sem licitação da Câmara de Ribeirão das Neves. De acordo com a promotoria da comarca, a investigação começou a partir de uma denúncia anônima. O legislativo tem 15 dias para prestar esclarecimentos.
Segundo a denúncia, entre fevereiro e agosto deste ano, a Casa teria pago R$ 82 mil com dispensa de pregões, sendo que a maioria dos serviços foi prestado por pessoas físicas, e não por empresas. Entre os gastos suspeitos estão R$ 26.467 para a manutenção de computadores e da rede elétrica. Os serviços foram executados por três pessoas físicas. Só com alimentação dos vereadores, o Legislativo de Neves desembolsou R$ 12.632 entre fevereiro e agosto. Em um único dia foram R$ 3.805 em um restaurante da cidade.
A Câmara ainda autorizou o pagamento de duas notas que somaram R$ 1.081 para lavar os carros da Casa. Segundo os cadastros da Receita Federal, o CNPJ da empresa que prestou o serviço tem como principal atividade o comércio varejista de carnes. No local, funcionariam um açougue e um armarinho.
Os lançamentos estão no Portal da Transparência da Câmara, que disponibiliza as informações até agosto deste ano.
Em contato com o RN.net, o presidente da Câmara, Juarez Carvalho (PSB), disse que tudo foi feito dentro da legalidade e se comprometeu a apresentar toda a documentação. O vereador também afirmou que tem suspeitas de que a denúncia foi feita em resposta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde instaurada para investigar supostas irregularidades na Prefeitura.