Integrantes da Prefeitura de Ribeirão das Neves estiveram reunidos, na última sexta-feira (13) com representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) para discutir as reivindicações das categorias, especialmente sobre concessão de aumento para os trabalhadores.
A Prefeitura apresentou uma proposta de 3,15% de aumento nos salários, retroativo a maio deste ano. Segundo a administração municipal, esse valor foi calculado com base no limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), além da elevação dos auxílios Transporte (de R$131 para R$147,40) e Alimentação (de R$154 para R$ 200) para os trabalhadores que tiverem salário até R$2.534, cerca de 83% da classe.
O Sind-UTE se posicionou favorável à proposta do executivo, condicionada ao envio imediato do projeto de lei que altera a carreira do educador para ser votado na Câmara Municipal e da aprovação da lei de eleições diretas para diretor das escolas municipais. Já o Sind-Saúde foi contrário à proposta e afirmou que a classe havia decidido, em assembleia na última terça-feira (10), que se o governo não negociasse pelo menos a revisão geral anual, a categoria optaria por greve, que pode ser deflagrada em assembleia a ser realizada nesta terça-feira (17).
Em nota, a Prefeitura destacou que, apesar de não haver um acordo neste momento, "é uma política desta administração ouvir os servidores e, por isso, a Prefeitura segue à disposição para estabelecer um diálogo franco e aberto com as categorias, visando sempre o bem-estar dos servidores". O órgão também lamentou a possibilidade de greve e reconheceu que "os valores apresentados não são o ideal, mas é o que é possível disponibilizar neste momento".